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Vasco: Diniz e a Ineficácia dos Reservas - Números Inéditos Revelam a Falta de Impacto!

Por Redação FutVasco em 21/07/2025 19:20

O Club de Regatas Vasco da Gama se prepara para um desafio monumental: reverter a desvantajosa goleada sofrida para o Independiente del Valle. Contudo, as recentes atuações da equipe, como o frustrante empate em 1 a 1 com o Grêmio no último sábado, em São Januário, expõem uma fragilidade persistente que merece atenção crítica: a limitada capacidade do banco de reservas em alterar o curso das partidas. Este cenário tem gerado questionamentos crescentes entre a torcida e a imprensa especializada.

A decisão do técnico Fernando Diniz de realizar apenas duas das cinco substituições permitidas no confronto contra o Grêmio, trocando David por Mateus Carvalho e, posteriormente, João Victor por Loide Augusto, provocou reações negativas nas redes sociais. Em sua defesa, o comandante vascaíno justificou sua postura, enfatizando que suas escolhas são pautadas exclusivamente pela busca por melhorias no desempenho coletivo.

Em coletiva de imprensa, Diniz foi categórico ao explicar sua filosofia:

"Eu não vou fazer substituições só porque há substituições. Não é nada obrigatório. Se o David não machuca, talvez eu nem fizesse, ou deixasse para fazer lá no finalzinho. Não está todo mundo ainda na mesma página da parte tática, é muito pouco tempo. E mesmo daqui a um tempo, se eu achar que precisa mudar, que o Vasco vá ficar mais forte para fazer o segundo gol e não tomar, eu vou mudar. Se não, não vou mudar. A minha apreciação do jogo é nesse sentido: mudo quando acho que vai melhorar o time, não mudo porque tenho substituições para fazer."

O Peso do Banco: Um Raio-X da Ineficácia Ofensiva

Apesar da retórica do treinador, a realidade dos números, conforme levantamento detalhado pelo Gato Mestre, pinta um quadro preocupante: em dez partidas sob a batuta de Fernando Diniz, nenhum jogador que ingressou no decorrer dos jogos conseguiu contribuir diretamente com um gol, seja marcando ou dando assistência. Este dado ressalta a escassa força do banco para impactar o placar e, consequentemente, reverter situações desfavoráveis ou consolidar vantagens.

Analisando o padrão de substituições, Diniz não utilizou todas as cinco trocas em apenas três dos dez confrontos. Além do empate com o Grêmio, o técnico realizou três alterações no empate em 1 a 1 contra o Operário-PR, pela Copa do Brasil, e quatro na derrota para o Fluminense, pelo Brasileirão. Curiosamente, das 44 substituições realizadas no total, 16 ocorreram após os 40 minutos do segundo tempo, indicando uma preferência por mexidas tardias, mesmo em momentos de necessidade de reação. Nas vitórias mais expressivas, como os 3 a 0 sobre o Fortaleza e os 3 a 1 contra o São Paulo no Morumbi, a maioria ou a totalidade das trocas foi feita nos minutos finais dos duelos.

Jogo Total substituições Trocas após os 40min do 2ºT
Lanús 1 x 0 Vasco 5 1
Vasco 3 x 0 Fortaleza 5 5
Vasco 1 (7 x 6) 1 Operário-PR 3 0
Fluminense 2 x 1 Vasco 4 1
Vasco 3 x 0 Melgar 5 0
Vasco 0 x 2 Bragantino 5 2
São Paulo 1 x 3 Vasco 5 4
Vasco 0 x 2 Botafogo 5 0
Independiente del Valle 4 x 0 Vasco 5 2
Vasco 1 x 1 Grêmio 2 1

Quem Entra e a Busca por Reforços

O jogador mais acionado para sair do banco de reservas sob o comando de Fernando Diniz é Mateus Carvalho. O volante foi utilizado em oito ocasiões, incluindo a partida contra o Grêmio, onde substituiu David . Essa substituição em particular gerou insatisfação entre os torcedores, que interpretaram a entrada de um volante como um recuo tático, pouco antes do Grêmio igualar o placar em jogada aérea. Diniz, contudo, defendeu sua escolha:

"Em relação às mudanças, não tem absolutamente nada a ver, o time não recuou porque o Mateus Carvalho entrou. O Tchê Tchê tem o domínio para fazer qualquer função, o Nuno voltou para a função dele. O time recuou porque recuou, chutou umas bolas para frente que não precisava chutar. O time poderia ter calma para buscar o segundo gol. Imagina só se eu tivesse colocado o Loide, que era o único atacante de lado era o Loide. O gol provavelmente ia sair do mesmo jeito, uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra. Aí o questionamento ia ser outro: você acha que perdeu porque entrou o Loide?"

Adson, com sete jogos vindo do banco, é o segundo mais utilizado, mas sua recente fratura na tíbia o afastará por um período considerável. Alex Teixeira e Loide Augusto seguem na lista dos mais acionados. A tabela abaixo detalha os atletas que mais entraram como substitutos:

Atleta Jogos como reserva
Mateus Carvalho 8
Adson 7
Alex Teixeira 5
Loide Augusto 5
Paulinho 4
Puma Rodríguez 3
Garré 3
David 2
Mauricio Lemos 2
Sforza 1
Victor Luis 1
GB 1
Lucas Freitas 1
Lucas Oliveira 1

A ausência de impacto ofensivo vindo dos jogadores que entram no decorrer das partidas tem sido um fator limitante para o Vasco . Diante dessa carência, a diretoria do clube, com a atualização de João Guerra sobre o mercado, tem priorizado a contratação de um atacante com bom histórico de participações em gols, buscando suprir essa lacuna crucial no setor ofensivo e, assim, oferecer a Diniz mais opções para mudar o curso dos jogos.

Os Mais Substituídos: Quem Sente o Peso do Jogo

Em contrapartida, o Gato Mestre também revela quem são os jogadores mais frequentemente substituídos por Fernando Diniz. Nuno Moreira lidera essa lista, tendo sido sacado em oito partidas. Embora seja um dos destaques do time desde sua chegada, o português tem enfrentado o desgaste de uma sequência intensa de jogos sem pré-temporada adequada. Na última partida contra o Grêmio, Nuno permaneceu em campo durante os 90 minutos, um indício de que o período de um mês sem partidas pode ter sido crucial para sua recuperação física.

Logo atrás de Nuno Moreira , Rayan, Philippe Coutinho e Tchê Tchê compartilham a segunda posição, com seis substituições cada. A lista completa dos atletas mais vezes substituídos por Diniz é apresentada a seguir:

Atleta Jogos substituído
Nuno Moreira 8
Rayan 6
Philippe Coutinho 6
Tchê Tchê 6
Luiz Gustavo 3
Paulo Henrique 3
Vegetti 3
Hugo Moura 2
Lucas Freitas 2
Jair 1
Mateus Carvalho 1
GB 1
David 1
João Victor 1

A análise dos dados do Gato Mestre e as explicações do próprio Fernando Diniz evidenciam um dilema tático no Vasco : a dificuldade em encontrar no banco de reservas jogadores capazes de alterar o cenário de uma partida, especialmente no ataque. Enquanto o treinador prioriza a manutenção da estrutura e só realiza trocas quando percebe uma melhora iminente, os números frios apontam para uma carência de peças que possam oferecer um "plano B" eficaz ou um fôlego renovado para a equipe. A busca por um atacante no mercado é, portanto, um reconhecimento tácito dessa lacuna e um passo fundamental para que o Vasco possa ter um banco de reservas que não seja apenas uma opção numérica, mas um verdadeiro diferencial competitivo.

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Comentado em 21/07/2025 21:30 Diniz só mexe se achar que muda o jogo, mas cadê o impacto dos reservas? Aff...
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