Leandrinho no Vasco: Talento Esquecido por Diniz e o Cenário para 2025

O debate sobre o aproveitamento de jovens talentos no Vasco da Gama ganha novos contornos a cada desafio enfrentado pelo elenco. A recente lesão de Lucas Piton, por exemplo, não apenas expôs uma fragilidade no setor defensivo, mas também relançou a discussão acerca do inexplicável ostracismo de Leandrinho. Um atleta que, vale lembrar, defendeu a Seleção Brasileira como titular no Mundial Sub-20, um feito que, aparentemente, não ressoa na comissão técnica cruzmaltina.

Desde seu retorno das obrigações com a seleção nacional, a presença de Leandrinho em campo tem sido quase nula. Sua única aparição significativa ocorreu nos momentos finais da partida contra o Grêmio, uma entrada ditada mais pela contingência ? a concussão sofrida por Victor Luís? do que por uma escolha estratégica do treinador. Tal cenário evidencia uma clara falta de confiança ou, no mínimo, uma desconexão entre o potencial do jogador e os planos táticos de Fernando Diniz.

O Esquecimento de um Talento Promissor

A trajetória recente de Leandrinho sob a batuta de Diniz é marcada por uma ausência notável. Antes do breve período contra o Grêmio, o lateral-esquerdo havia sido acionado apenas em julho, durante o segundo tempo do confronto com o Independiente del Valle, em São Januário. Além da escassez de minutos em campo, o jovem frequentemente se vê fora até mesmo do banco de reservas em diversas ocasiões, uma situação que levanta sérios questionamentos sobre sua real valia dentro do elenco .

Nos bastidores, o estafe que gerencia a carreira de Leandrinho manifesta um profundo descontentamento. A percepção é de que o atleta está sendo subutilizado e, consequentemente, desvalorizado. Essa sensação se intensifica ao observar a preferência do técnico por improvisar Puma Rodríguez na lateral esquerda, inclusive para suprir a ausência de Lucas Piton , que agora se recupera de uma lesão no joelho esquerdo. A opção por adaptar um jogador de outra posição, em detrimento de um especialista da base com experiência internacional, é um sinal claro da posição de Leandrinho no planejamento atual.

Futuro Incerto: A Busca por Novos Horizontes

Diante desse panorama, os representantes de Leandrinho já sinalizam o desejo de encontrar um novo destino para o lateral na próxima janela de transferências. A busca por um clube onde ele possa ter a sequência de jogos necessária para seu desenvolvimento é prioridade. Até o momento, o que se tem são apenas sondagens, sem propostas concretas que possam materializar essa mudança.

Apesar do cenário de incerteza, Leandrinho possui um vínculo contratual com o Vasco da Gama que se estende até o dia 31 de janeiro de 2027. Sua estreia no profissional ocorreu no ano anterior, em 2023, marcando um gol na vitória por 2 a 0 sobre o Boavista, um início promissor. No segundo semestre daquele ano, sob o comando de Rafael Paiva, o jogador teve mais espaço, sendo inclusive adaptado e utilizado como ponta, demonstrando sua versatilidade.

O Dilema da Base Cruzmaltina

Este caso de Leandrinho , portanto, transcende a situação individual do atleta. Ele se insere em um debate mais amplo sobre como o Vasco tem gerido seus talentos formados em casa. A aposta em jogadores da base, muitas vezes, é vista como um pilar para o futuro do clube, tanto em termos esportivos quanto financeiros. Contudo, a falta de oportunidades e a aparente desconfiança em momentos-chave podem minar não apenas a confiança dos jogadores, mas também a própria credibilidade da transição entre a base e o profissional.

A diretoria e a comissão técnica têm o desafio de equilibrar a necessidade de resultados imediatos com o desenvolvimento de seu patrimônio. A decisão sobre o futuro de Leandrinho será um termômetro importante para avaliar a estratégia do Vasco em relação aos seus jovens e promissores atletas, e o impacto dessa gestão na percepção de outros talentos da base.