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Vasco x Corinthians: Análise Crítica das Piores Atuações e Erros Táticos de Diniz
Por Redação FutVasco em 24/08/2025 18:21
A recente partida do Vasco contra o Corinthians, que culminou em mais um revés para o clube carioca, deixou um rastro de questionamentos sobre a performance coletiva e individual dos atletas, além da estratégia adotada pela comissão técnica. O confronto, longe de ser um mero tropeço, revelou carências profundas e performances preocupantes que merecem uma análise minuciosa e crítica. O placar desfavorável foi apenas o reflexo de um time que, em diversos momentos, pareceu desorganizado e sem a capacidade de responder à altura do desafio.
A Estratégia Falha e o Desempenho do Comando Técnico
O comando técnico do Vasco, representado por Fernando Diniz, foi um dos principais alvos da insatisfação. Sua atuação foi avaliada com a nota mais baixa, um 2.0, ecoando a percepção de que a equipe foi superada taticamente do início ao fim. As escolhas de Diniz, especialmente as substituições, não apenas falharam em reverter o cenário adverso, como em alguns casos, agravaram a situação em campo. A decisão de deslocar Nuno Moreira para a função de volante ainda no primeiro tempo, por exemplo, é um dos pontos que exemplificam a falta de soluções eficazes para os problemas que se apresentavam. A "avenida" que se abriu no lado direito da defesa, resultado da falta de cobertura de Puma e Rayan, nunca encontrou um reparo sob sua gestão durante o jogo.
O Lado Direito Fragilizado: A Atuação de Puma Rodríguez
No panorama individual, poucos jogadores tiveram uma noite tão infeliz quanto Puma Rodríguez. O lateral-direito também recebeu uma nota 2.0, refletindo uma atuação desastrosa. Seu confronto direto com Matheus Bidu, do Corinthians, transformou-se em um pesadelo particular, culminando em falhas gritantes na marcação que contribuíram diretamente para os gols adversários. A ineficiência defensiva de Puma, somada aos erros até mesmo em lances básicos como um lateral, expôs uma vulnerabilidade que o Corinthians soube explorar com maestria. A falta de atenção e o espaço concedido repetidamente foram determinantes para o desequilíbrio do setor.
Meio-Campo Desencaixado e Zaga Exposta
A falta de consistência no meio-campo do Vasco foi um fator crucial para a exposição da linha defensiva. Jogadores como Jair, apesar de sua participação na saída de bola, demonstraram um empenho insuficiente na marcação, deixando lacunas significativas à frente da zaga. Essa fragilidade foi evidente nos dois primeiros gols corintianos. A situação piorou quando ele se viu como o único volante. Tchê Tchê, por sua vez, após uma sequência de boas atuações, teve um desempenho aquém do esperado, saindo lesionado antes do intervalo e falhando no acompanhamento do marcador no gol inicial. A dupla de zaga, composta por Hugo Moura (improvisado) e Lucas Freitas, atuou constantemente no limite, sem a proteção adequada do meio-campo e das laterais. Ambos, com notas 4.5, tiveram dificuldades, especialmente Hugo Moura na marcação de Gui Negão, e Lucas Freitas na bola aérea, evidenciando as consequências da desorganização tática.
O Setor Ofensivo sem Conexão e Lances Isolados
O ataque vascaíno também não conseguiu engrenar, com o quarteto titular mostrando pouca sintonia e efetividade. David, que recebeu um 3.0, não correspondeu à confiança do treinador, começando com movimentação, mas caindo drasticamente de produção e cometendo muitos erros. Philippe Coutinho, com a mesma nota, teve um chute perigoso no início, mas sua atuação foi "bem fraca" no restante, com facilidade em ser desarmado e sem criar oportunidades concretas. Rayan , apesar de ter marcado um gol nos acréscimos e ter um chute perigoso que bateu no travessão, teve uma atuação geral dispersa, com falhas na recomposição e decisões erradas em contra-ataques cruciais. A entrada tardia de Vegetti (5.5), que converteu um pênalti e deu maior presença de área, e de Andrés Gómez (5.5), que descolou uma assistência em sua primeira jogada, mostraram lampejos, mas não foram suficientes para mudar o panorama.
Notas Individuais: O Reflexo de Uma Noite Infeliz
A seguir, apresentamos um detalhamento das notas atribuídas aos jogadores e ao técnico do Vasco , com um breve resumo de suas atuações na partida contra o Corinthians, conforme avaliação da equipe de especialistas:
Posição | Jogador | Nota GE | Resumo da Atuação |
---|---|---|---|
GOL | Léo Jardim | 4.5 | Não conseguiu espalmar o chute que originou o segundo gol, mas não teve culpa direta nos gols. |
LAT | Puma Rodríguez | 2.0 | Atuação desastrosa, falhou no gol do Corinthians e deu muito espaço a Matheus Bidu. |
MEI | Hugo Moura | 4.5 | Improvisado na zaga, teve dificuldades na marcação, mas sofreu com a exposição do setor. |
ZAG | Lucas Freitas | 4.5 | No mesmo nível de Hugo Moura, bem na distribuição, mas sofreu na bola aérea. |
LAT | Lucas Piton | 3.0 | Pouco ativo no ataque e sofreu na defesa, com falta de atenção no segundo gol. |
MEI | Jair | 3.5 | Ativo na saída de bola, mas negligente na marcação, abrindo espaços na frente da zaga. |
MEI | Barros | 5.0 | Entrou tarde, poderia ter sido uma alternativa para equilibrar o meio-campo. |
MEI | Tchê Tchê | 3.5 | Saiu lesionado após atuação fraca, sem acompanhar Maycon no primeiro gol. |
ATA | Vegetti | 5.5 | Entrou e converteu pênalti, deu mais presença de área, mas teve dificuldade em dar sequência a passes. |
MEI | Philippe Coutinho | 3.5 | Um chute perigoso isolado, mas atuação fraca, desarmado com facilidade. |
ATA | Rayan | 4.5 | Fez um gol e teve um chute perigoso, mas atuação dispersa, falhas na recomposição e decisões erradas. |
ATA | David | 3.0 | Começou com movimentação, mas caiu de produção, terminando com muitos erros. |
ATA | Andrés Gómez | 5.5 | Demorou a entrar, mas descolou uma assistência em sua primeira jogada. |
MEI | Nuno Moreira | 3.0 | Começou mal, piorou como volante, dando espaços na marcação do segundo gol. |
ATA | GB | 3.0 | Entrou muito mal, com erros de passe, falha na marcação do terceiro gol e tentativa de drible inoportuna. |
TEC | Fernando Diniz | 2.0 | Superado taticamente, com substituições que não resolveram os problemas da equipe. |
A performance geral do Vasco contra o Corinthians foi um espelho das dificuldades que o clube tem enfrentado. A desorganização tática, as falhas individuais e a ineficácia das mudanças promovidas pelo técnico Diniz culminaram em uma derrota que expõe a urgência de uma reavaliação profunda. O caminho para a recuperação exige não apenas ajustes pontuais, mas uma reformulação na abordagem e na busca por um equilíbrio que atualmente parece distante.
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