Vasco: Vegetti no banco? Goleada histórica muda planos de Diniz

A recente e avassaladora vitória do Vasco por 6 a 0 sobre o Santos, em pleno território adversário, não foi apenas um triunfo expressivo; ela redefiniu a discussão em torno da formação ofensiva da equipe. Sem seu artilheiro, Pablo Vegetti, o time de Fernando Diniz exibiu uma fluidez e mobilidade tática que resultaram na melhor performance do ano. Este cenário intensificou uma questão que paira sobre São Januário desde a chegada do novo comandante: qual o papel de um centroavante tradicional como Vegetti no esquema de jogo dinizista, que privilegia a movimentação constante e a troca de passes?

O momento atual de Pablo Vegetti no clube de São Januário é, inegavelmente, o mais delicado desde sua chegada em 2023. Apesar de sua reconhecida capacidade goleadora, a posição do atacante argentino como titular absoluto nunca esteve tão vulnerável. A atuação dominante contra o Santos, construída sobre um ataque mais leve e dinâmico, colocou em xeque a presença constante do camisa 99, gerando um debate crucial sobre as escolhas táticas que se apresentam a Fernando Diniz.

A Adaptação Tática de Fernando Diniz

Desde que Fernando Diniz assumiu o comando técnico do Vasco , uma das principais incógnitas residia na integração de Pablo Vegetti ao seu sistema. O estilo de jogo do treinador, marcado pela busca incessante por posse de bola, triangulações e uma dinâmica ofensiva que exige que todos os jogadores participem ativamente da construção das jogadas e da movimentação sem a bola, naturalmente levanta questionamentos sobre a adaptabilidade de um atacante de área mais posicional. Curiosamente, a presença de Vegetti em campo historicamente leva o Vasco a quase triplicar suas tentativas de cruzamentos, um indicativo de uma estratégia ofensiva distinta.

A análise aprofundada das performances individuais sob a batuta de Diniz revela um panorama preocupante para o centroavante argentino. Dados compilados de todas as atuações do Vasco sob a gestão do novo técnico apontam que Vegetti possui a segunda pior média de notas entre os atletas que participaram de mais de cinco confrontos. Sua pontuação está à frente apenas da de Loide Augusto, sublinhando um período de rendimento abaixo do esperado e que contrasta com a imagem de artilheiro decisivo que o acompanhava.

Desempenho Individual: Os Números de Vegetti

Para ilustrar a fase atual dos jogadores vascaínos sob a orientação de Fernando Diniz, apresentamos a tabela de médias de desempenho. Os números refletem a performance de cada atleta nos jogos em que atuaram por mais de cinco vezes, oferecendo uma perspectiva clara sobre as contribuições individuais.

O Dilema do Treinador: Manter ou Mudar?

A questão central que agora se impõe à comissão técnica é se a manutenção de Vegetti no onze inicial ainda se justifica, diante da evidência de que a equipe demonstrou maior desenvoltura e eficácia ofensiva sem ele. A goleada contra o Santos não foi um evento isolado, mas um catalisador que trouxe à tona a discussão sobre a composição ideal do ataque vascaíno.

O desafio de Diniz reside em equilibrar a necessidade de um artilheiro comprovado com a busca por uma identidade tática que valorize a movimentação e a criação de espaços. A semana que antecede a Copa do Brasil, período em que o clube também busca reforços, torna essa decisão ainda mais premente, exigindo uma reflexão estratégica profunda sobre o melhor caminho para o Vasco nas próximas competições.