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Garré no Vasco: Investimento de Milhões, Pouco Tempo de Jogo com Diniz
Por Redação FutVasco em 26/05/2025 04:11
A chegada de Fernando Diniz ao comando técnico do Vasco da Gama inaugurou um período de reavaliação minuciosa do plantel. Em meio a essa observação atenta, a situação do atacante argentino Luca Orellano, conhecido como Garré, tem se destacado, especialmente diante do considerável aporte financeiro envolvido em sua contratação. A ausência do jogador nas recentes escalações e até mesmo entre as opções no banco de reservas tem provocado indagações, às quais o próprio treinador buscou responder em coletiva de imprensa.
Questionado sobre o escasso tempo de jogo de Garré, Diniz adotou uma postura cautelosa, indicando que seu conhecimento sobre o atleta de 24 anos ainda é limitado. Ele enfatizou que, nas sessões de treinamento, nem o argentino nem outros atletas ?não saltaram os olhos? a ponto de lhe conferir a confiança necessária para utilizá-los em campo. O comandante pediu tempo para uma adaptação mais aprofundada e uma análise mais pormenorizada.
"Estou aqui há praticamente dez dias. No primeiro momento, eu respeitei o que vinha sendo feito. Não é que o Garré não joga comigo, ele não jogava antes. Nos últimos jogos não tinha praticamente entrado. A opção pelo Mateus (Carvalho) é porque estava jogando mais, treinando mais, participando e entrando em todos os jogos. Tchê Tchê já havia jogado nessa posição, é a de origem dele. Achei que o time ia ganhar mais consistência, a gente sem tempo para treinar. Não posso responder ainda pelo Garré, conheço muito pouco dele. Do Garré, Sforza, Jean (David), Loide. São jogadores que vieram e eu não tenho o histórico do jogador. Desses atletas que estão no Vasco, conheço mais o Jair, que hoje não foi relacionado, Paulinho um pouco mais."
"O pouco que vi nos treinos não teve ninguém que me saltou os olhos para me dar confiança para botar ainda. Vai acontecer com o tempo. Pode ser que o Garré seja o titular a qualquer momento e melhor jogador do time. Preciso de tempo para ver", disse Diniz após derrota para o Fluminense.
A Adaptação e a Percepção do Novo Comando
Apesar da recente falta de oportunidades, a trajetória de Garré no clube de São Januário não começou assim. Contratado no final de fevereiro deste ano, o atacante chegou a ser uma figura constante entre os titulares nas primeiras semanas de sua passagem, ainda sob a batuta de Fábio Carille. O argentino era frequentemente escalado pelo lado direito do campo e iniciou cinco confrontos como titular. Contudo, sua performance inicial não conseguiu cativar plenamente nem a torcida nem a comissão técnica, que esperavam um impacto maior.
A partir de 19 de abril, data do empate em 0 a 0 contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro ? ainda com Carille no comando ?, Garré deixou de figurar entre os onze iniciais. Sob a gestão interina de Felipe Loureiro, o atleta foi acionado no segundo tempo em partidas contra Operário-PR, Palmeiras e Puerto Cabello, demonstrando um declínio em sua importância para o esquema tático.
Com a chegada de Diniz, a situação se agravou. O treinador estreou no comando do Vasco contra o Lanús, na Argentina, e desde então, Garré permaneceu no banco de reservas em todas as quatro partidas sob a nova direção. Neste período inicial, Diniz tem optado por Rayan e Nuno Moreira como titulares nas laterais do campo, enquanto Adson e Loide Augusto são as principais alternativas para o setor no decorrer dos jogos, relegando Garré a uma posição de menor prioridade.

O Investimento de Milhões e a Performance Aquém do Esperado
A aquisição de Garré representou um investimento significativo por parte do Vasco da Gama, um ponto que inevitavelmente pesa na análise de sua utilização. O atacante foi adquirido junto ao Krylya Sovetov, da Rússia, por 2,5 milhões de euros, o que na cotação atual equivale a aproximadamente 14,9 milhões de reais. Além desse montante inicial, o contrato prevê bônus adicionais de 1 milhão de euros (cerca de 5,9 milhões de reais) em caso de metas específicas serem alcançadas pelo clube.
Essas metas incluem a participação do jogador em 40% dos confrontos em 2025, seu envolvimento direto em gols (seja marcando ou assistindo), e a qualificação da equipe para a Copa Libertadores da América. Até o momento, o retorno desse investimento em campo tem sido modesto.
Para ilustrar, observe os dados de sua passagem até agora:
Aspecto | Detalhe |
---|---|
Custo da Aquisição | 2,5 milhões de euros (R$ 14,9 milhões) |
Bônus Potenciais | 1 milhão de euros (R$ 5,9 milhões) |
Metas para Bônus | 40% de jogos em 2025, participação em gols, vaga na Libertadores |
Partidas Pelo Vasco | 13 |
Gols Marcados | 0 |
Assistências | 1 |
O Futuro e as Próximas Oportunidades
Com um histórico de 13 aparições pelo Vasco , registrando uma única assistência e nenhum gol, a pressão sobre Garré é evidente. A próxima chance para o atacante argentino reverter essa situação se apresenta nesta terça-feira, quando o elenco comandado por Fernando Diniz enfrentará o Melgar, pela rodada final da fase de grupos da Copa Sul-Americana. O confronto está marcado para as 19h (horário de Brasília), no Estádio de São Januário. Será uma oportunidade crucial para Garré demonstrar seu valor e justificar o investimento, buscando um espaço que, por ora, parece distante.
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