Vegetti no Vasco: Artilheiro Questionado e Titularidade Ameaçada

Os números, em sua frieza implacável, desenham um cenário de destaque para o Vasco em 2025: seu principal goleador ostenta a marca de 24 gols em 46 confrontos, uma média que se traduz em um tento a cada duas partidas, colocando-o como o artilheiro do país. Tais estatísticas, à primeira vista, deveriam garantir a este atleta um posto inabalável no time e um prestígio indiscutível. Contudo, esta não é a realidade de Pablo Vegetti, o camisa 99 cruzmaltino, que paradoxalmente atravessa seu período mais desafiador desde sua chegada a São Januário.

A performance recente do centroavante tem sido objeto de intenso escrutínio. Nos últimos 15 jogos, um recorte temporal que coincide com o reinício das competições após a Copa do Mundo de Clubes, Vegetti balançou as redes em apenas cinco ocasiões. Embora a média de um gol a cada três partidas não seja, por si só, alarmante, a percepção de parte da torcida e de analistas aponta para uma contribuição que tem comprometido a dinâmica ofensiva da equipe, com críticas focadas na sua alegada carência de refinamento técnico e velocidade, atributos essenciais no futebol moderno.

É um fato que a velocidade e o apuro técnico não figuram entre as qualidades mais proeminentes de Vegetti . Surpreendentemente, essa característica não representava um impedimento em momentos anteriores de sua passagem pelo clube. Em um período inicial da gestão do técnico Fernando Diniz, por exemplo, o camisa 99 exibiu um desempenho notável, anotando quatro gols em sete partidas. O detalhe relevante é que todos esses tentos foram marcados com a bola rolando, sem a utilização da cabeça, evidenciando uma versatilidade que agora parece menos presente em seu jogo.

Vegetti: O Artilheiro Sob o Escrutínio da Torcida

A despeito da fase atual, a moral de Vegetti junto ao técnico Fernando Diniz permanece elevada. O atacante não é apenas o capitão da equipe, mas também reconhecido como uma das referências técnicas e de liderança dentro do elenco. A convicção interna é de que o argentino, cujo histórico comprova uma capacidade goleadora rara no cenário nacional, está meramente atravessando um momento de menor inspiração, e que sua recuperação é uma questão de tempo e resiliência.

Entretanto, a confiança do comandante técnico não se traduz, necessariamente, em uma garantia de titularidade. A posição do centroavante está em xeque, e a possibilidade de Vegetti iniciar a próxima partida contra o Flamengo no banco de reservas é considerável. Uma decisão como essa não seria inédita na atual gestão; Diniz já havia optado por deixar o camisa 99 entre os suplentes no confronto contra o Corinthians, uma ocasião que resultou na derrota vascaína por 3 a 2 em São Januário, demonstrando que o treinador não hesita em buscar alternativas táticas.

O Dilema da Camisa 99: Diniz e a Titularidade em Xeque

Para ilustrar o cenário de desempenho de Pablo Vegetti , apresentamos um comparativo de seus números em diferentes momentos: