Vasco x Fluminense: Desafios Cruciais no Duelo da Copa do Brasil

Neste domingo, a equipe do Vasco da Gama enfrentará um desafio de proporções significativas em sua busca por um lugar na final da Copa do Brasil. Após uma vitória por 2 a 1 no confronto de ida, a vantagem é estreita, e o adversário, apesar do revés inicial, demonstra confiança. A declaração do comentarista Phill ecoa como um lembrete da mentalidade do rival:

Vou manter: o Fluminense está na final

Essa convicção, mesmo após uma derrota, sublinha a complexidade da tarefa que aguarda o Gigante da Colina. O jogo de ida, marcado por uma virada nos acréscimos, evidenciou que a partida está longe de ser decidida. O Vasco precisa de um desempenho impecável para confirmar sua vaga.

A Muralha Experiente e o Retorno de uma Peça Chave

Para o Vasco , a missão de avançar implica em não ceder gols e, idealmente, ampliar sua vantagem. Nesse cenário, o adversário conta com um pilar de experiência no gol: Fábio. Aos 45 anos, o goleiro possui um histórico vitorioso, sendo bicampeão da Copa do Brasil pelo Cruzeiro. Sua capacidade em momentos decisivos e seu histórico em disputas de pênaltis, caso o placar exija, representam um fator de estabilidade e confiança para o rival, demandando atenção redobrada do ataque vascaíno.

Além da solidez defensiva, o setor ofensivo do rival será reforçado com o retorno de Canobbio. O jogador uruguaio, que cumpriu suspensão no primeiro embate, será uma presença crucial no ataque. Sua importância é inegável, sendo o terceiro jogador com mais participações em gols pelo time na temporada, com 18 (13 gols e cinco assistências), ficando atrás apenas de Serna (22) e Cano (21). A capacidade de Canobbio em jogos eliminatórios é notória, e sua presença ao lado de Serna e Everaldo adiciona uma nova camada de perigo que o Vasco precisará neutralizar com rigor tático.

Resiliência em Mata-Mata e Histórico de Viradas

A equipe adversária consolidou, ao longo de 2025, uma reputação de time resiliente em competições eliminatórias. Essa característica foi particularmente evidente na campanha da Copa do Mundo de Clubes, onde alcançaram a semifinal ao superar adversários como a Inter de Milão e o Al Hilal. Os números confirmam essa força em torneios de mata-mata: em 29 jogos, registraram 16 vitórias, sete empates e sete derrotas, resultando em um aproveitamento de 63,2%. Os maiores feitos foram alcançados, muitas vezes, em cenários onde eram considerados azarões, o que serve de alerta para a postura do Vasco .

A capacidade de reverter placares adversos é outra faceta do rival que exige máxima vigilância. Membros do elenco atual estiveram envolvidos em reviravoltas históricas que culminaram em títulos em 2023. Um exemplo marcante foi a final do Campeonato Carioca, onde, após perder o jogo de ida por 2 a 0, o time goleou por 4 a 1 na volta. Ainda mais impressionante foi a semifinal da Libertadores, quando, perdendo por 3 a 2 no placar agregado até os 36 minutos do segundo tempo, conseguiram a virada com gols de John Kennedy e Cano, garantindo a vaga na final da Conmebol Libertadores.

O Desafio do Maracanã e o Retrospecto Recente

O palco da segunda partida, o Maracanã, será um fator de peso. O adversário atua como mandante, e seu desempenho neste cenário desde a chegada do técnico Zubeldía inspira otimismo em suas fileiras. Sob o comando do argentino, foram nove jogos em casa, com nove vitórias, 19 gols marcados e apenas um sofrido. Este retrospecto impecável no próprio campo representa uma barreira significativa para o Vasco , que precisará de uma estratégia robusta para enfrentar a força do rival em seus domínios.

Adicionalmente, o histórico recente no clássico, quando o adversário atua como mandante, também aponta para um cenário desafiador. A última derrota do rival para o Vasco em seus domínios ocorreu em 2018. Desde então, foram nove encontros, com cinco vitórias para o Fluminense e quatro empates. É crucial lembrar que um empate no placar agregado, após o tempo normal, classificaria o Vasco , mas a necessidade de manter a vantagem impõe uma tarefa árdua diante de um adversário que se mostra resiliente em casa.