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Vasco x Corinthians: Recorde de Desarmes do Timão e o Impacto no Clássico
Por Redação FutVasco em 24/08/2025 20:20
A 21ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 foi palco de um confronto em São Januário que terminou com a vitória do Corinthians sobre o Vasco por 3 a 2, mas que revelou muito mais do que o simples placar. O embate ficou marcado por uma performance defensiva sem precedentes na competição, com a equipe paulista estabelecendo um novo recorde de desarmes, um feito que merece uma análise aprofundada sobre a estratégia e suas consequências para o Gigante da Colina.
O time visitante demonstrou uma intensidade defensiva notável, registrando impressionantes 33 desarmes ao longo da partida. Em contraste, o Vasco da Gama, jogando em seus domínios, conseguiu apenas 11 recuperações de posse de bola, uma disparidade que sublinha a dificuldade imposta pelo adversário e levanta questionamentos sobre a capacidade cruzmaltina de transpor tal barreira.
Estratégia Defensiva: A Muralha Corinthiana
A tática adotada pelo técnico Dorival Júnior foi um fator determinante para o desempenho defensivo recorde. Após uma goleada expressiva por 6 a 0 sobre o Santos no domingo anterior, o treinador optou por uma formação com quatro volantes no meio-campo para enfrentar o esquema de Fernando Diniz. Essa escolha estratégica visava fortalecer a marcação e sufocar as investidas do Vasco , transformando o setor central em uma verdadeira fortaleza.
O impacto dessa configuração tática foi imediatamente perceptível. Charles, um dos volantes escalados, destacou-se individualmente, sendo o jogador que mais desarmou na partida, com cinco roubadas de bola cruciais. A soma dos desarmes realizados pelos quatro meio-campistas titulares do Corinthians ? Breno Bidon, Charles, Maycon e Raniele ? atingiu a marca de 14, um número que, por si só, superou o total de desarmes de toda a equipe do Vasco durante os 90 minutos.
A substituição de Maycon por Ryan aos 17 minutos da etapa final apenas reforçou a solidez defensiva do Corinthians. Em apenas 36 minutos em campo, Ryan contribuiu com mais quatro desarmes, elevando o total de recuperações de posse do meio-campo corintiano para 18. Essa persistência na marcação foi um pilar fundamental para a vitória, evidenciando uma equipe focada em neutralizar o adversário antes de construir suas próprias jogadas ofensivas.
Um Novo Patamar de Desarmes no Brasileirão
O feito do Corinthians não apenas garantiu a vitória no confronto direto, mas também reescreveu a história do Campeonato Brasileiro de 2025. Com 33 desarmes, o clube paulista estabeleceu um novo recorde na competição, superando a marca anterior que pertencia ao Grêmio. O time gaúcho havia registrado 30 desarmes em uma partida contra o Internacional, pela quinta rodada, onde o rival acumulou 19 recuperações de bola.
A capacidade de desarmar do Corinthians foi uma demonstração de disciplina tática e empenho individual, elementos que, quando combinados, podem ser decisivos em jogos de alto nível. A seguir, detalhamos a contribuição de cada atleta corintiano para a quebra desse recorde:
Atleta | Posição | Desarmes |
---|---|---|
Charles | Volante | 5 |
Matheuzinho | Lateral | 4 |
Breno Bidon | Volante | 4 |
Raniele | Volante | 4 |
Ryan | Volante | 4 |
Félix Torres | Zagueiro | 3 |
André Ramalho | Zagueiro | 2 |
Matheus Bidu | Lateral | 2 |
Gui Negão | Atacante | 2 |
Gustavo Henrique | Zagueiro | 1 |
Maycon | Volante | 1 |
Vitinho | Atacante | 1 |
Fonte: Gato Mestre
O Peso da História: Um Retrospecto Desfavorável
Além do resultado da partida e do recorde defensivo, o confronto contra o Corinthians reacende uma discussão sobre o histórico recente entre as duas equipes no Campeonato Brasileiro de pontos corridos. Desde 2006, o Corinthians tem demonstrado um domínio significativo sobre o Vasco . Em 28 partidas disputadas, considerando os mandos de campo, o time paulista acumula 16 vitórias, contra apenas quatro do Vasco , além de oito empates.
Essa hegemonia se reflete na porcentagem de pontos conquistados: o Corinthians obteve 67% dos pontos disputados, enquanto o Vasco ficou com apenas 24%. Esses números não apenas contextualizam a derrota recente, mas também apontam para um desafio persistente que o clube cruzmaltino enfrenta ao longo dos anos diante do seu rival. A partida em São Januário, com a imposição de um adversário que quebrou um recorde defensivo, serve como um lembrete vívido da necessidade de o Vasco buscar soluções para superar não apenas os adversários em campo, mas também os padrões históricos que o desafiam.
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