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Vasco tem as lesões mais severas do futebol brasileiro em 10 anos
Por Redação FutVasco em 26/12/2025 07:13
Um levantamento detalhado sobre a saúde física no futebol brasileiro, que completa uma década de monitoramento, trouxe dados preocupantes para a gestão médica de São Januário. Embora o Vasco da Gama não figure entre os clubes com o maior volume de atendimentos clínicos, o Cruz-Maltino ostenta uma marca negativa alarmante: é a equipe onde os jogadores passam mais tempo afastados para recuperação. Em média, um atleta vascaíno leva 49,79 dias para retornar aos gramados após uma contusão, o que evidencia a gravidade dos problemas enfrentados pelo elenco.
Essa estatística coloca o Vasco no topo de um ranking indesejado, superando clubes como Bragantino e Cruzeiro, que também apresentam períodos longos de inatividade para seus jogadores. O cenário é reflexo de casos emblemáticos de longa duração que marcaram a última década no clube. O zagueiro Breno, por exemplo, viveu um calvário clínico iniciado em 2017, acumulando 1.086 dias sob cuidados médicos. Outro caso notório é o do lateral Ramon, que somou mais de mil dias em tratamento durante sua passagem.
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O peso da gravidade: Vasco no topo do tempo de recuperação
Diferente de rivais que sofrem com uma alta rotatividade no departamento médico, o problema em São Januário parece ser a profundidade das lesões. Enquanto o Vasco ocupa apenas a 18ª posição em números absolutos de casos (242 registros em nove temporadas analisadas), a demora no retorno sugere que as patologias enfrentadas são complexas ou que o processo de transição para o campo demanda um tempo superior à média nacional.
Para ilustrar essa disparidade, basta observar que o Corinthians, terceiro colocado em volume de lesões, possui um tempo médio de recuperação de apenas 31,42 dias ? quase 18 dias a menos que o Vasco por ocorrência. Essa diferença impacta diretamente no planejamento técnico, uma vez que o treinador perde peças fundamentais por períodos muito mais extensos, dificultando a manutenção de uma base titular ao longo das competições.
| Clube | Média de dias no DM | Total de Lesões |
|---|---|---|
| Vasco | 49,79 | 242 |
| Bragantino | 44,37 | 254 |
| Cruzeiro | 44,22 | 337 |
| Chapecoense | 43,89 | 244 |
| Botafogo | 40,99 | 428 |
Volume de casos: São Paulo e Grêmio lideram estatísticas
Se a gravidade é o calcanhar de Aquiles vascaíno, o volume absoluto de problemas físicos assombra o São Paulo. O clube paulista lidera o ranking nacional com 483 lesões em dez anos, uma média superior a 48 casos por temporada. Grêmio e Corinthians completam o pódio de equipes mais afetadas pela frequência de idas ao departamento médico. No caso do Tricolor Paulista, a situação gerou sucessivas reformulações nas áreas de fisiologia e preparação física na tentativa de estancar as baixas.
O Grêmio, segundo colocado, teve picos críticos em 2017 e 2018, anos em que liderou a lista de contusões na Série A. Já o Corinthians viu em 2022 o seu pior momento, com 64 afastamentos clínicos. Esses números mostram que, independentemente da estrutura tecnológica, os grandes clubes brasileiros ainda lutam para encontrar um equilíbrio entre a intensidade do calendário e a preservação da integridade física dos atletas.
Atletas que mais tempo passaram sob cuidados médicos
O estudo também individualiza o sofrimento dos jogadores. Ruan Oliveira, do Corinthians, é o recordista de inatividade no período, ultrapassando a marca de 1.300 dias no DM. Logo atrás, aparecem Dedé (Cruzeiro) e o vascaíno Breno . A recorrência de lesões no joelho e problemas ligamentares são os principais vilões para esses profissionais, muitas vezes abreviando carreiras ou impedindo a continuidade em alto nível.
| Jogador | Clube Principal | Dias no DM |
|---|---|---|
| Ruan Oliveira | Corinthians | 1386 |
| Dedé | Cruzeiro | 1296 |
| Breno | Vasco | 1086 |
| Henrique | Cruzeiro | 1083 |
| Ramon | Vasco | 1012 |
O mapa da dor no futebol nacional
Ao analisar as regiões do corpo mais afetadas, a coxa surge como a principal vilã, acumulando mais de 3.500 ocorrências na elite do futebol brasileiro. Especialistas apontam que a alta exigência de velocidade e as frenagens bruscas explicam a predominância de lesões musculares nessa área. O joelho aparece em segundo lugar, com 1.290 casos, sendo geralmente responsável pelos afastamentos de maior duração, como os observados frequentemente em São Januário.
Apesar do histórico de gravidade, o Vasco apresentou uma melhora significativa em 2024, registrando apenas 18 lesões na temporada, um dos menores índices do ano. Esse dado traz uma ponta de esperança para a torcida e para a diretoria, sugerindo que novos protocolos de prevenção podem estar finalmente surtindo efeito, reduzindo o tempo de ociosidade de um elenco que já sofreu demais com desfalques prolongados.
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