Vasco: Reforços de R$ 40 Milhões e o Fracasso na Sul-Americana

A gestão do futebol no Vasco, sob a batuta da diretoria de Pedrinho, estabeleceu como prioridade a aquisição de um atacante de lado para fortalecer o setor ofensivo. Para cumprir essa meta, o clube se movimentou no mercado, trazendo inicialmente Maxime e Jean David. Posteriormente, no início do ano corrente, Nuno, Loide e Garré foram incorporados ao elenco. Contudo, a realidade em campo tem sido desanimadora: apenas Nuno Moreira conseguiu se firmar, enquanto o ataque vascaíno ainda carece de soluções efetivas.

O cenário se agrava ao observarmos o destino dos demais investimentos. Maxime, por exemplo, não faz mais parte do plantel principal, tendo sido emprestado. Jean David , por sua vez, está completamente fora dos planos da comissão técnica. Loide e Garré, apesar de estarem no elenco , tiveram uma participação insignificante na recente e dolorosa eliminação do Vasco na Sul-Americana, recebendo pouquíssimos minutos em campo nos momentos cruciais.

O dispêndio financeiro com estes atletas levanta sérias questões. No total, o Vasco desembolsou aproximadamente 5,5 milhões de euros, o que na cotação atual representa cerca de R$ 31,9 milhões, na contratação dos três atacantes que permanecem no elenco ? Nuno, Loide e Garré. Apesar do vultoso investimento, a comissão técnica não demonstra confiança significativa neles. O chileno (referindo-se a Jean David , contratado no ano passado), sequer foi relacionado para as fases decisivas do mata-mata da competição continental. Garré e Loide só foram acionados nos instantes finais do jogo de volta, quando o time já se encontrava em uma situação de desespero, buscando um milagre para avançar.

O Alto Preço de Um Retorno Mínimo

A conta pode se tornar ainda mais pesada. Os contratos de Loide e Garré preveem metas que, se alcançadas, podem elevar o valor total de suas aquisições em mais 1 milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões) para cada um. Isso significa um acréscimo potencial de R$ 12 milhões a serem desembolsados no futuro por uma dupla que, sob os comandos de Carille e, agora, Diniz, mal conseguiu demonstrar seu valor em campo.

A situação financeira se torna ainda mais preocupante ao incluir Maxime Domínguez. Adquirido por R$ 9 milhões junto ao Gil Vicente, de Portugal, o jogador suíço não conseguiu se adaptar na temporada anterior e foi cedido por empréstimo ao futebol norte-americano no início de 2025. Com a inclusão de seu custo, o montante total investido nos quatro atacantes ultrapassa a marca dos R$ 40 milhões, podendo se aproximar e até mesmo superar os R$ 50 milhões caso as metas contratuais dos outros atletas sejam atingidas.

Foto: ( Jorge Rodrigues/AGIF)

Investimento e Desempenho: Um Quadro Preocupante

A tabela a seguir detalha os valores investidos e o status atual dos principais reforços para o ataque, evidenciando a desproporção entre o custo e o impacto efetivo no desempenho da equipe:

A eliminação na Sul-Americana, onde esses vultosos investimentos foram praticamente figuras decorativas, serve como um alerta. O foco na busca por reforços para o ataque permanece, mas a análise do desempenho e do aproveitamento dos atletas já contratados é imperativa. A pergunta que ecoa nas arquibancadas é se a próxima rodada de contratações, que o técnico Diniz já adiantou que "não vai chegar um monte de jogador", trará o retorno técnico que os milhões investidos até agora não conseguiram proporcionar.