Vasco: Fim da Seca de Pênaltis no Brasileirão Após 158 Dias

A recente igualdade de 1 a 1 entre Vasco e Atlético-MG, no último domingo (10/8), trouxe à tona um dado peculiar que chamou a atenção dos observadores do futebol: a marcação de uma penalidade máxima a favor do Gigante da Colina, resultante de uma jogada envolvendo Philippe Coutinho. Este incidente, por si só, representou um momento de notável singularidade para o clube carioca no Campeonato Brasileiro de 2025, sendo a primeira oportunidade do tipo na competição.

A última vez que o Cruz-Maltino havia sido beneficiado com um lance de tal natureza remonta a uma data distante: 5 de março. Naquela ocasião, o Vasco superou o Nova Iguaçu por 3 a 0, em partida válida pela segunda fase da Copa do Brasil. Desde então, um extenso período de 158 dias, equivalentes a mais de cinco meses, e um total de 29 confrontos oficiais transcorreram sem que um único pênalti fosse assinalado a favor da equipe.

A Rara Ocorrência de Pênaltis para o Vasco

É fundamental ressaltar que essa estatística considera exclusivamente os lances ocorridos durante o tempo regulamentar dos jogos. Em 20 de maio, por exemplo, o elenco então comandado por Fernando Diniz necessitou da decisão por cobranças de pênalti para avançar na Copa do Brasil contra o Operário-PR, após dois empates consecutivos em 1 a 1. Naquela ocasião, Léo Jardim destacou-se ao defender três penalidades, garantindo a progressão vascaína, que converteu sete e errou duas das suas tentativas. Contudo, esses eventos não se encaixam na contagem de penalidades marcadas em campo.

A cobrança convertida por Vegetti no embate contra o Atlético-MG foi apenas a sexta penalidade a favor do Vasco em toda a temporada. O primeiro momento em que o time teve a oportunidade de balançar as redes da marca da cal foi contra o Bangu, logo na segunda rodada do Campeonato Carioca. Contudo, Jair, já nos acréscimos da etapa final, falhou na execução, resultando em um empate sem gols.

O Histórico das Penalidades Cruz-Maltinas na Temporada

Posteriormente, o Vasco obteve mais duas penalidades no Campeonato Carioca, ambas convertidas por Vegetti , contra Volta Redonda e Botafogo. O artilheiro argentino voltaria a ser decisivo da marca da cal diante do União Rondonópolis, pela Copa do Brasil. Na fase seguinte do mesmo torneio, o time teve outro pênalti a seu favor, desta vez batido e convertido por Philippe Coutinho , contribuindo para a vitória por 3 a 0 sobre o Nova Iguaçu ? a última penalidade mencionada antes do recente confronto com o Galo.

Para uma visão mais detalhada, segue a lista das penalidades máximas a favor do Vasco na temporada, desconsiderando as disputas por pênaltis:

Implicações da Escassez de Pênaltis

A escassez de pênaltis a favor do Vasco ao longo de quase seis meses de competição levanta questionamentos pertinentes sobre a dinâmica ofensiva da equipe e a percepção arbitral. O evento no jogo contra o Atlético-MG, mais do que um simples lance, sinaliza o fim de um jejum notável, marcando a primeira oportunidade do tipo no atual Campeonato Brasileiro para o Cruz-Maltino. A retomada dessas oportunidades pode ser um indicativo de maior penetração na área adversária ou de uma mudança na interpretação dos árbitros. Resta observar se este ponto de virada representará uma tendência ou apenas um fato isolado na trajetória do time.