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Vasco Falha em Casa Contra Ceará: Z4 Assombra Novamente no Brasileirão
Por Redação FutVasco em 14/09/2025 22:52
A jornada do Gigante da Colina no Campeonato Brasileiro continua marcada por uma preocupante falta de regularidade, um fator que se manifestou de forma gritante no último domingo, em São Januário. As oscilações apresentadas pela equipe ultrapassaram o limite do razoável, culminando em um resultado que frustra e mantém o clube perigosamente próximo da zona de rebaixamento. A disparidade de desempenho entre o início e o fim da primeira etapa, e a incapacidade de segurar uma vitória com um jogador a mais até os instantes finais, ilustram a fragilidade que impede o Vasco de alcançar uma posição mais tranquila na tabela.
A aspiração por uma campanha mais serena e a busca por ascender na classificação dependem intrinsecamente de equilíbrio e consistência, qualidades que a equipe de Fernando Diniz tem demonstrado em raras ocasiões. Em seis confrontos sob o comando do técnico no Brasileirão, dentro de seu próprio estádio, o Vasco conquistou apenas uma vitória. O Ceará, por sua vez, demonstrou resiliência notável. Embora não tenha exibido um futebol brilhante na etapa complementar, a fé na inconsistência adversária foi recompensada com um gol salvador nos acréscimos.
A Perigosa Flutuação Cruzmaltina em Campo
A torcida vascaína vivenciou mais uma vez um verdadeiro carrossel de emoções durante a primeira etapa. O time iniciou o duelo com ímpeto, inaugurou o placar e impôs seu ritmo ao Ceará. Contudo, uma sequência de erros cruciais fez com que o controle da partida se perdesse progressivamente, resultando no gol de empate dos visitantes. Essa queda abrupta de rendimento após os primeiros 25 minutos é um padrão que se repete ao longo da temporada, evidenciando a dificuldade da equipe em manter a intensidade e a concentração.
O setor esquerdo do campo foi, como de costume, o ponto focal das investidas cruzmaltinas. Com a concentração de jogadores como Rayan, que se deslocava para se juntar a Coutinho e Nuno Moreira, o Vasco conseguiu desorganizar a marcação cearense em algumas ocasiões. Philippe Coutinho, em uma cobrança de falta primorosa, abriu o marcador aos 11 minutos, e outras oportunidades de gol foram criadas, incluindo uma bola na trave do próprio camisa 10 e um lance em que Vegetti quase completou um cruzamento de Nuno Moreira após escorada.
Estratégias e Desafios Táticos Iniciais
Fernando Diniz enfrentou a ausência de Hugo Moura e optou por Robert Renan na zaga, formando uma dupla com dois defensores canhotos. Mateus Carvalho foi o escolhido para substituir Tchê Tchê no meio-campo. Do lado do Ceará, Léo Condé promoveu a estreia de Paulo Baya como titular e escalou Galeano na outra ponta. Lourenço retornou ao meio, na vaga de Mugni, e Matheus Bahia também foi reintegrado à equipe.
A seguir, uma visão das escalações iniciais:
Vasco | Ceará |
---|---|
Léo Jardim | Bruno Ferreira |
Puma Rodríguez | Matheus Bahia |
Robert Renan | Marcos Victor |
Lucas Freitas | Lucas Ribeiro |
Nuno Moreira | Lourenço |
Mateus Carvalho | Richardson |
Cauan Barros | Dieguinho |
Philippe Coutinho | Galeano |
Rayan | Paulo Baya |
Vegetti | Pedro Raul |
Paulo Henrique | David |
A dinâmica do jogo começou a se alterar após um erro de passe de Mateus Carvalho, em uma rara saída de bola pressionada pelos visitantes. Paulo Baya orquestrou a jogada que culminou no gol de empate de Galeano. Na sequência, o Ceará, com movimentos de marcação alta e pressões pós-perda, forçou novos equívocos dos cariocas, e a atmosfera em São Januário se transformou por completo.
A Virada de Mesa Tática e o Amargo Desfecho
O Vasco perdeu a energia e a confiança demonstradas no início da partida. O Ceará, por sua vez, aumentou seu tempo de posse de bola no campo de ataque, gerando impaciência na torcida, que chegou a pedir a substituição de Mateus Carvalho, que, ao lado de Cauan Barros, não conseguia oferecer o suporte necessário para o domínio da partida. Léo Jardim evitou a virada nordestina com duas defesas importantes em finalizações de Pedro Raul e Dieguinho, ambos pilares da reação visitante. Pedro Raul travou duelos físicos com os zagueiros, enquanto Dieguinho e Lourenço conferiram a dinâmica ideal para a circulação da bola.
Após cerca de 25 minutos sem produzir ofensivamente, o Vasco só voltou a ameaçar a defesa do Ceará nos acréscimos da primeira etapa. Fernando Diniz realizou uma substituição ousada no intervalo, colocando Andrés Gómez no lugar de Mateus Carvalho e deslocando Nuno Moreira para atuar como segundo homem de meio-campo. Essa alteração foi crucial para a melhora de produção do Cruzmaltino, que passou a variar mais as jogadas, não se limitando ao lado esquerdo. Robert Renan, com excelente distribuição de passes, acionou Paulo Henrique, que levou vantagem sobre Paulo Baya e Matheus Bahia. Vegetti quase marcou em uma jogada do lateral-direito, mas Bruno Ferreira fez uma ótima defesa.
Léo Condé respondeu trocando Lourenço por Rodriguinho, enquanto Diniz promoveu a estreia de Cuesta na vaga de Lucas Freitas, que estava amarelado, reorganizando a zaga. No entanto, aos 26 minutos, Rodriguinho foi expulso diretamente por uma entrada violenta no tornozelo de Cauan Barros. As equipes realizaram mais substituições: Richardson e Paulo Baya deram lugar a Fernando Sobral e Fernandinho no Ceará, e David entrou no Vasco , substituindo Cauan Barros. A ousadia de Diniz, que deixou o time sem volantes a partir dos 33 minutos, foi imediatamente recompensada: Andrés Gómez, após um rebote de falta, fez uma excelente jogada pela direita, e Carlos Cuesta completou o cruzamento rasteiro, recolocando o Vasco à frente do placar.
O time da casa ainda teve chances de ampliar o marcador com outras boas intervenções de Andrés Gómez, mas não conseguiu selar a vitória. Léo Condé lançou Pedro Henrique e Vina como últimas cartadas, e Diniz respondeu com Lucas Oliveira e Paulinho para tentar reequilibrar uma equipe excessivamente ofensiva. Contudo, em um erro fatal de Paulo Henrique ao tentar proteger uma bola dentro da área, Fernandinho desarmou, e Pedro Henrique deu números finais ao jogo nos acréscimos. Uma decepção imensa em São Januário. O Vasco , que ainda não conseguiu vencer duas partidas consecutivas na competição, permanece a apenas um ponto da zona de rebaixamento, em uma sina perigosa que se recusa a abandonar.
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