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Vasco Empata com CSA Fora de Casa: Análise Profunda da Oitavas da Copa do Brasil

Por Redação FutVasco em 30/07/2025 21:22

O Club de Regatas Vasco da Gama enfrentou um desafio considerável em sua jornada pela Copa do Brasil, retornando de Maceió com um empate sem gols diante do aplicado CSA. A partida, válida pelas oitavas de final do torneio, revelou as dificuldades do Gigante da Colina em converter seu volume ofensivo em chances claras, esbarrando em uma defesa alagoana abnegada e bem postada. O placar zerado mantém o confronto completamente aberto para o embate de volta, onde qualquer novo empate levará a decisão para a tensa disputa de penalidades.

A performance cruzmaltina foi marcada por uma notável pressão inicial, que, no entanto, não se traduziu em efetividade. O time finalizou em 20 ocasiões ao longo dos 96 minutos de jogo, com seis tentativas na direção do gol, mas a qualidade dessas investidas foi questionável. Para complicar o cenário, o Vasco encerrou o duelo com um atleta a menos em campo, após a expulsão de João Victor nos instantes finais, resultado de um segundo cartão amarelo que sublinhou a instabilidade do defensor ao longo de sua participação.

O Dilema Tático e as Escolhas Iniciais

Na sua primeira aparição à frente do CSA, o técnico Marcio Fernandes optou por uma formação que guardava semelhanças com os confrontos anteriores contra o Grêmio. A principal modificação residiu na inclusão de Luciano Naninho no meio-campo, ao lado de Camacho e Gustavo Nicola. Naninho, que se juntou ao elenco no início de junho, assumiu uma posição mais avançada, atuando à frente da dupla de volantes e desbancando Silas na titularidade.

Do lado vascaíno, Fernando Diniz promoveu o retorno de João Victor à zaga, relegando Lucas Freitas ao banco de reservas, enquanto Maurício Lemos manteve sua posição como titular. Philippe Coutinho, embora recuperado e disponível, iniciou a partida entre os suplentes, com o restante da equipe permanecendo inalterado em relação ao último jogo contra o Internacional. As escolhas refletiam a busca por solidez defensiva e a manutenção de uma base tática.

Primeiro Tempo: Pressão Cruzmaltina Sem Efetividade

A etapa inicial testemunhou a capacidade do CSA de neutralizar a ofensiva vascaína. Apesar de momentos de sufoco, especialmente nos primeiros 25 minutos, a equipe alagoana soube resistir e, inclusive, ameaçar a retaguarda cruzmaltina com rápidos contra-ataques, expondo a defesa adversária. O goleiro Gabriel Félix demonstrou segurança e posicionamento adequado, mesmo sem ser submetido a defesas de alta complexidade, um indicativo da falta de contundência do ataque do Vasco .

A dupla de zaga do Azulão, Islan e Betão, foi fundamental, interceptando arremates e cortando passes que prometiam perigo. Islan, em um raro lapso, perdeu a posse para Nuno Moreira em uma saída de bola, mas a intervenção de Gabriel Félix evitou consequências maiores. O Vasco , por sua vez, demonstrou maior poder de criação pelo flanco esquerdo, com a boa conexão entre David, Nuno Moreira e Lucas Piton, além do suporte de Tchê Tchê, que se deslocava por dentro. Nuno Moreira se destacou como o jogador mais consistente no setor ofensivo, enquanto Vegetti, bem marcado por Betão, teve poucas oportunidades, cabeceando fracamente em uma das raras chances.

A estratégia de Diniz de ?alargar? a linha defensiva do CSA, mantendo Rayan mais restrito ao flanco direito e David ao esquerdo, foi respondida por Marcio Fernandes com o recuo de Guilherme Cachoeira, formando uma linha defensiva de cinco jogadores. Taticamente aplicado, o time da casa também contou com a dedicação do centroavante Tiago Marques. Atuando isolado na frente, ele venceu duelos contra Maurício Lemos, inclusive forçando um cartão amarelo para o zagueiro, e conseguiu incomodar a defesa vascaína através de ligações diretas, mantendo sua equipe no campo de ataque em algumas ocasiões.

Segundo Tempo: Ajustes, Volume e a Expulsão Determinante

O intervalo trouxe mudanças em ambas as equipes. Fernando Diniz optou pela entrada de Thiago Mendes no lugar de Maurício Lemos, deslocando Hugo Moura para a zaga. No CSA, Daniel Baianinho substituiu Luciano Naninho, e Brayann passou a atuar como meia-central, mais próximo de Tiago Marques. O Vasco retomou o segundo tempo com intensidade, transformando a partida em um verdadeiro ?ataque contra defesa?, mas a área adversária se mantinha bem protegida, e os próprios erros técnicos comprometiam as investidas cariocas.

A equipe alagoana, por sua vez, ganhou poder de contra-ataque com a entrada de Baianinho pela direita, que chegou a desperdiçar uma grande oportunidade após uma falha de Hugo Moura . João Victor , mais uma vez, recebeu um cartão amarelo por interromper uma transição rápida do CSA, evidenciando as dificuldades defensivas do Vasco , que, a essa altura, apresentava apenas volume no campo de ataque, sem real perigo.

Philippe Coutinho foi acionado antes dos 15 minutos da etapa final, substituindo David . Nuno Moreira se deslocou para a esquerda, sendo posteriormente substituído por Loide Augusto. O Vasco passou a recorrer a cruzamentos na área, aproveitando-se de cortes imperfeitos da defesa adversária para arrematar com Vegetti e Coutinho, embora sem sucesso. O camisa 10, em uma bela tabela com Piton, invadiu a área e finalizou para fora, em uma das melhores chances do time. As conexões entre Coutinho e Lucas Piton aumentaram a produtividade, mas a melhora não se sustentou. Loide Augusto , com mais fôlego, também contribuiu com mobilidade pelo lado esquerdo.

Percebendo o momento desfavorável, Marcio Fernandes promoveu as entradas de Adiel e Silas, buscando reforçar a capacidade de sua equipe de sair da pressão. Aos 40 minutos, o Vasco sofreu um golpe decisivo: João Victor , em mais um lance de insegurança, cometeu falta para brecar um contra-ataque e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso. Rayan foi sacrificado para a entrada de Lucas Freitas , recompondo a linha defensiva.

Nos minutos finais, Loide Augusto ainda tentou algumas jogadas individuais pela esquerda, mas foi contido pela defesa do CSA. O Vasco , que teve sua última investida perigosa aos 30 minutos em um contra-ataque finalizado por Paulo Henrique, encerrou a partida de forma improdutiva, sem conseguir furar o bloqueio adversário. O empate em 0 a 0 deixa o caminho para as quartas de final da Copa do Brasil totalmente em aberto, exigindo uma performance muito mais convincente no jogo de volta.

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Fábio

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Comentado em 31/07/2025 01:40 João Victor vacilou demais, mano! Mas time mostrou pegada, é puxado, mas tamo junto até o fim!
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Rafael

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Comentado em 30/07/2025 23:30 Pô, o Vasco fez pressão, mas faltou capricho na finalização. Segunda partida é nossa, confia!
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