Vasco em Queda Livre: O Que Explica a Pior Defesa do Campeonato Brasileiro?

O revés sofrido no último sábado (2), quando o time cruzmaltino foi superado pelo Mirassol por 3 a 2, no Estádio Campos Maia, estendeu a sequência sem vitórias do Vasco no Campeonato Brasileiro para sete partidas consecutivas. Este resultado adverso fora de casa, válido pela 18ª rodada, mantém a equipe carioca perigosamente próxima da zona de rebaixamento, intensificando a pressão sobre o trabalho do técnico Fernando Diniz.

Apesar de ter balançado as redes em duas ocasiões ? um feito incomum nas rodadas recentes ? o desempenho coletivo voltou a ser marcado por equívocos capitais. O gol inaugural do Mirassol originou-se de um chute de longa distância de Negueba, no qual o goleiro Daniel Fuzato demonstrou falha técnica ao não conseguir segurar a bola. O segundo tento paulista surgiu de um erro na saída de bola de Maurício Lemos, que culminou em um contra-ataque fulminante, finalizado com precisão por Chico da Costa. O terceiro gol dos mandantes, por sua vez, foi resultado de uma jogada bem construída, sem interferência de falhas diretas dos defensores vascaínos.

O Vasco , embora tenha demonstrado alguma entrega ofensiva na tentativa de reagir, continua a ser penalizado por sua fragilidade defensiva e instabilidade emocional. Esta prolongada sequência negativa já começa a gerar grande preocupação na diretoria e na torcida, que clamam por mudanças urgentes para evitar um novo drama na elite do futebol nacional.

A Inaceitável Vulnerabilidade Defensiva Cruzmaltina

A situação defensiva do Vasco é, para dizer o mínimo, alarmante. De acordo com dados do "Gato Mestre", plataforma do ge, o clube já acumula sete erros individuais que resultaram diretamente em gols adversários, o que representa o maior número entre todos os times da Série A do Campeonato Brasileiro.

O zagueiro João Victor emerge como o símbolo mais proeminente dessa fragilidade, sendo responsável por duas falhas diretas que terminaram em gol. Outros nomes como Paulinho, Hugo Moura, Vegetti, Daniel Fuzato e Maurício Lemos também contribuíram com erros decisivos. Este cenário é um retrato fiel da desatenção e da desorganização que permeiam o sistema defensivo cruzmaltino.

Desde o retorno das competições após o período do Mundial de Clubes, o Vasco simplesmente não conseguiu experimentar o sabor da vitória. A equipe acumulou derrotas para Botafogo, Independiente del Valle (no Equador) e Mirassol, além de empates pouco convincentes contra Grêmio, Internacional, CSA e, novamente, o Del Valle. As consequências foram imediatas: uma eliminação precoce na Copa Sul-Americana e um sinal de alerta aceso na Copa do Brasil.

Foto: (Divulgação)

O Caminho para a Reversão e o Próximo Desafio Crucial

A recente derrota para o Mirassol deixou o Vasco afundado na zona de rebaixamento, com um total de apenas 15 pontos. A sequência negativa e o desempenho aquém do esperado intensificam a pressão sobre a equipe, que necessita reagir com urgência para evitar um novo fracasso na temporada.

Na tentativa de reverter a maré de resultados desfavoráveis, o time comandado por Fernando Diniz retornará a campo na próxima quinta-feira (7), às 20h, em São Januário. O confronto será contra o CSA, pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, um duelo vital para a sequência do clube na temporada.