Vasco e o Vazio na Lateral Direita: As Escolhas Cruciais de Diniz Pós-Data FIFA

O Club de Regatas Vasco da Gama se prepara para um embate crucial contra o Fortaleza, e o técnico Fernando Diniz se depara com uma complexa equação tática, especialmente na composição da lateral-direita. A logística inerente à Data FIFA impõe um cenário de desfalques que exige soluções rápidas e eficazes para o Gigante da Colina.

Os laterais Paulo Henrique e Puma Rodríguez, peças importantes no esquema vascaíno, foram requisitados por suas respectivas seleções nacionais. Ambos se encontram em missões internacionais na Ásia, o que os afasta não apenas da preparação completa da equipe para o próximo confronto, mas praticamente inviabiliza seu retorno a tempo de estarem em campo no Brasil.

Paulo Henrique , em sua primeira experiência com a seleção brasileira, realizou atividades em Seul para um amistoso contra a Coreia do Sul, nesta sexta-feira. Posteriormente, a delegação segue para Tóquio para encarar o Japão na próxima terça-feira, um dia antes da partida do Vasco em Fortaleza. Da mesma forma, Puma Rodríguez defende o Uruguai, com compromissos marcados contra a República Dominicana, no dia 10, e o Uzbequistão, no dia 13, ambos na Malásia. O embate do Vasco no Castelão está agendado para o dia 15, tornando a presença de ambos os atletas inviável.

Desafios na Lateral: Quem Diniz Pode Acionar?

Diante da ausência dos titulares, a primeira alternativa que surge no horizonte de Diniz é Paulinho. O jovem lateral, oriundo das categorias de base do Vasco , ainda não teve a oportunidade de atuar sob o comando do atual treinador, mas tem figurado nas listas de relacionados. Com Puma Rodríguez sendo adaptado à lateral-esquerda em momentos de ausência de Lucas Piton, Paulinho tem sido o nome cotado para a direita, permanecendo no banco de reservas nas últimas rodadas.

Apesar de ter participado das duas primeiras rodadas do Campeonato Carioca em 2025, o jogador de 20 anos não recebeu mais chances no elenco principal, dividindo seu tempo entre o time sub-20 e os treinamentos com a equipe profissional. Sua efetivação seria um teste de fogo em um momento delicado.

Versatilidade e Adaptação: As Opções Experientes

Outra possibilidade a ser considerada é a de Tchê Tchê. O meio-campista ganhou notoriedade justamente por sua capacidade de atuar em múltiplas funções, incluindo a lateral-direita. Foi nessa posição que se destacou sob a batuta de Cuca no Palmeiras, em 2016, e posteriormente em outros grandes clubes como São Paulo, Atlético-MG e Botafogo. Sua experiência e leitura tática poderiam oferecer uma solução pragmática para o flanco direito.

A utilização de Tchê Tchê na lateral permitiria a Diniz reforçar a contenção no meio-campo, com a manutenção da dupla de volantes Barros e Hugo Moura. Essa formação ganhou consistência nas partidas recentes, especialmente durante o período em que Tchê Tchê esteve afastado por lesão, evidenciando um equilíbrio que o treinador pode desejar preservar.

Ainda no campo das alternativas, o nome de Carlos Cuesta surge como uma opção defensiva. O zagueiro colombiano já teve passagens pela lateral-direita em sua carreira, notadamente nos tempos de Galatasaray. Contudo, desde sua chegada ao Vasco , Cuesta tem sido enfático em sua preferência por atuar em sua posição de origem, a zaga, uma realidade que se manteve nos últimos três anos de sua trajetória profissional.

"Sobre a possibilidade de jogar em outras posições, sou zagueiro. Isso é algo que na Turquia e em outros lugares não ficou claro e é bom deixar isso claro agora. Porque quando cheguei no clube, certamente receberam a informação de que eu poderia jogar em outras posições. Já fiz isso, há muitos anos atrás. E nos últimos três anos joguei sempre como zagueiro. Na Turquia talvez pensaram que eu poderia jogar em outras posições, mas deixei claro que jogo pela direita ou pela esquerda, mas como zagueiro"

O Retorno de Cuesta e o Cenário do Brasileirão

Em fase final de recuperação de uma lesão na coxa, a comissão técnica projeta o retorno de Carlos Cuesta para a partida contra o Fortaleza. Sua presença é considerada vital, dadas as boas atuações que teve em confrontos anteriores contra Ceará, Flamengo, Bahia e Cruzeiro. A ausência do zagueiro foi sentida nos dois últimos jogos, nos quais a defesa vascaína sofreu seis gols, evidenciando a importância de sua liderança e posicionamento.

O elenco se reapresentou para dar início à preparação para uma série de confrontos decisivos no Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Vasco ocupa a 11ª posição na tabela, com 33 pontos, mantendo uma distância de oito pontos do Vitória, a primeira equipe na zona de rebaixamento. A escolha para a lateral-direita não é apenas uma questão tática, mas um elemento que pode influenciar diretamente o desempenho da equipe em sua busca por estabilidade e ascensão na competição.