Vasco e Internacional: Arbitragem Polêmica e Chances Perdidas Marcam Empate

O recente confronto entre Internacional e Vasco, que terminou em um empate por 1 a 1, deixou um sentimento de frustração para a equipe cruzmaltina. Duas questões centrais contribuíram para esse descontentamento: a performance dominante do time de Diniz na primeira metade do jogo no Beira-Rio e as decisões da arbitragem de Flavio Rodrigues de Souza, que provocaram forte reação na cúpula, no comando técnico e entre os próprios atletas vascaínos.

A expulsão do goleiro Léo Jardim, justificada como demora excessiva na reposição de bola, tornou-se um ponto crucial em uma partida onde o Gigante da Colina construiu oportunidades para estabelecer uma vantagem de dois ou até três gols. No entanto, a equipe não conseguiu manter o mesmo nível de atuação no segundo tempo, e o gol de empate do adversário surgiu nos momentos finais do embate.

Primeira Etapa Promissora: Domínio e Gols Desperdiçados

Na etapa inicial, o Vasco demonstrou capacidade ofensiva suficiente para balançar as redes mais de uma vez. Nos primeiros 35 minutos, a formação carioca criou quatro oportunidades claras de gol. Duas delas foram desperdiçadas por Vegetti; um arremate de Paulo Henrique foi desviado por Bernabei, exigindo uma intervenção espetacular de Rochet; e o gol anotado por Rayan. A imprecisão do atacante argentino, que atravessa uma fase de menor brilho, impediu que o elenco de Diniz ampliasse sua liderança antes do intervalo.

Ainda assim, o Vasco quase cedeu o empate sob a pressão do Internacional antes do término do primeiro tempo. Aos 36 minutos, Gustavo Prado forçou Léo Jardim a realizar uma defesa de alto nível. Na sequência do escanteio, Clayton acertou a trave, e Borré, em novo cruzamento, obrigou o arqueiro vascaíno a mais uma intervenção importante. Contudo, mesmo após abrir o placar, o time de Diniz continuava a ser perigoso nos contra-ataques, impulsionado pela excelente volta de David após lesão. O atacante se destaca como uma das boas surpresas do clube no segundo semestre. David orquestrou um excelente contra-ataque pela esquerda aos 39 minutos, servindo Rayan . No entanto, Vegetti interveio na jogada, tentando um chute sem direção de fora da área, enquanto o jovem atacante avançava livre pela direita. David ainda ameaçou Rochet com um potente chute de longa distância, que foi defendido pelo goleiro.

O Declínio na Volta do Intervalo: Perda de Posse e Desempenho

A postura tática do Vasco mudou drasticamente no segundo tempo, com a equipe recuando excessivamente suas linhas de marcação. Era esperado que o Internacional, jogando em casa, intensificasse sua ofensiva em busca da virada, mas o time de Diniz falhou em manter a posse de bola. Pelo contrário, em vários momentos, o Vasco cedeu a iniciativa ao adversário.

Se a primeira etapa terminou com o Vasco superior em finalizações (14 a 8) e posse de bola (56% a 44%), o panorama se inverteu drasticamente nos 45 minutos finais. Ao apito derradeiro, o placar de arremates registrava 25 para o Internacional contra apenas 15 do Vasco , e a posse de bola pendeu para os colorados, com 54% a 46%.

A melhor oportunidade do Vasco no segundo tempo surgiu com Rayan , que encontrou Nuno Moreira em posição favorável. O jogador português teve a opção de dominar e finalizar, mas optou por passar para Vegetti . O argentino balançou as redes, contudo, a jogada foi invalidada por impedimento. Excluindo este lance, a única vez que o time de Diniz ameaçou a meta de Rochet foi em um chute de fora da área de Rayan .

A Decisão Controversa que Alterou o Rumo do Confronto

O desempenho do Vasco caiu vertiginosamente na segunda etapa. Com Vegetti errando consistentemente e Nuno Moreira apresentando uma performance abaixo do padrão que vinha demonstrando no Campeonato Brasileiro, a equipe carioca perdeu a capacidade de reter a bola e parecia atuar com quase dois jogadores a menos em campo. O Internacional intensificava a pressão, mas não conseguia romper a defesa. Léo Jardim , novamente, e a trave já haviam salvado o time em duas ocasiões anteriores, em chutes de Tabata e Carbonero.

O ponto de inflexão da partida ocorreu com a expulsão de Léo Jardim . O árbitro Flavio Rodrigues de Souza demonstrou rigor excessivo ao interpretar que o goleiro vascaíno estava deliberadamente atrasando o jogo, enquanto solicitava atendimento médico por desconforto nas costas. Após o término do confronto, o técnico Diniz, o atacante Vegetti e a diretoria do clube expressaram veementemente sua indignação com a atuação da arbitragem.

Léo Jardim é expulso após receber o segundo amarelo por cera em Internacional 1 x 1 Vasco