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Vasco e FIFA: Ban Revertido, Caminho Aberto para Contratações!
Por Redação FutVasco em 23/07/2025 11:21
O Club de Regatas Vasco da Gama obteve uma vitória significativa fora dos gramados: a reversão da sanção imposta pela FIFA que impedia o registro de novos atletas. A decisão, que havia restringido o clube cruzmaltino por cerca de uma semana, foi suspensa. A penalidade original derivava de pendências financeiras com o Newell's Old Boys, da Argentina, relativas à aquisição do volante Sforza.
A retomada da capacidade de contratar é um alívio para a diretoria e torcedores, mas a situação financeira que levou ao bloqueio merece uma análise aprofundada. A liberação não representa uma quitação da dívida, mas sim o reconhecimento do processo de recuperação judicial pelo qual o clube passa, o que altera a dinâmica de seus pagamentos.
O Peso da Dívida e a Intervenção da FIFA
A entidade máxima do futebol mundial havia estabelecido, no início de junho, um prazo para que o Vasco efetuasse um pagamento substancial ao clube argentino. Os valores exigidos eram de US$ 2,3 milhões líquidos, somados a uma multa de US$ 345 mil, totalizando aproximadamente R$ 15 milhões. O não cumprimento dessa determinação resultou na imposição do ?transfer ban?.
Para maior clareza sobre os valores envolvidos na disputa com o Newell's, segue o detalhamento:
Descrição | Valor (USD) | Valor (BRL - Aprox.) |
---|---|---|
Principal da Dívida | US$ 2.300.000 | R$ 13.225.000 |
Multa Adicional | US$ 345.000 | R$ 1.983.750 |
Total Estimado | US$ 2.645.000 | R$ 15.208.750 |
É fundamental compreender que o cenário atual não é inédito para o Vasco . A suspensão do transfer ban era, de fato, uma expectativa da gestão, em um desdobramento similar ao que ocorreu em um débito anterior com o Nantes, da França. A natureza da recuperação judicial do clube impede a realização de pagamentos a credores fora dos ritos processuais estabelecidos, o que fundamentou a argumentação vascaína junto à FIFA.

Recuperação Judicial: Um Escudo Legal para o Vasco
O pedido de ingresso na recuperação judicial foi acolhido pela Justiça em fevereiro, concedendo ao Vasco um regime de proteção legal contra seus credores. Dentro desse arcabouço, o clube fica legalmente impedido de efetuar pagamentos que não estejam previstos no plano de recuperação ou que não se enquadrem nas exceções legais. A única ressalva a essa regra geral reside nas obrigações referentes a luvas e premiações a membros do elenco atual, que são categorizados na ação como "credores colaboradores", permitindo um tratamento diferenciado.
Apesar da liberação para contratar, a realidade financeira do Vasco permanece sob os rigores do plano de recuperação. Isso significa que, mesmo com a porta aberta para o mercado, a expectativa não deve ser de uma enxurrada de novas aquisições. O técnico Fernando Diniz, ao comentar sobre o planejamento e possíveis reforços, já havia sinalizado a cautela necessária, afirmando que "Não vai chegar um monte de jogador". Essa declaração reforça a visão de que a gestão de recursos e a construção do elenco seguirão uma linha de parcimônia e estratégia, longe de gastos impulsivos.
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