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Vasco: Diniz Pede Rayan na Seleção Após Triunfo e Projeta Libertadores

Por Redação FutVasco em 20/10/2025 23:01

Na noite que marcou mais um capítulo da jornada do Vasco em busca de uma vaga na Libertadores, o Clássico dos Gigantes contra o Fluminense, válido pela 29ª rodada do Brasileirão 2025, evidenciou a notável ascensão cruzmaltina. A vitória por 2 a 0, no Maracanã, não apenas solidificou a posição do time na competição, mas também colocou holofotes sobre a performance do jovem atacante Rayan, que foi alvo de efusivos elogios do técnico Fernando Diniz.

O comandante vascaíno, em sua coletiva pós-jogo, não poupou palavras ao enaltecer o talento do garoto, autor de um dos tentos do triunfo. Diniz reafirmou seu desejo de ver Rayan na Seleção Brasileira, um apelo já feito na rodada anterior, após a vitória sobre o Fortaleza no Castelão. Essa insistência sublinha a percepção do treinador sobre o potencial extraordinário do atleta.

A Ascensão de Rayan e o Apelo à Seleção

No embate decisivo, Rayan foi o responsável por inaugurar o placar com um arremate de fora da área que, desviado, surpreendeu o goleiro Fábio. Posteriormente, em outro potente chute de longa distância, o arqueiro tricolor cedeu rebote, permitindo a Nuno Moreira ampliar a vantagem vascaína. A participação direta em ambos os gols reforça a importância do atacante no esquema tático de Diniz.

A admiração do treinador por Rayan é evidente e foi expressa com veemência: "Rayan só confirma o que eu percebi muito precocemente quando cheguei. Ele tem que estar no radar de Copa do Mundo", declarou Diniz. Ele prosseguiu, descrevendo a evolução do jovem: "Ele esta cada vez mais sólido. Ele está se conhecendo e se autoafirmando como um grande atacante. O Rayan de amanhã tem tudo para ser melhor do que o de hoje. Ele é muito especial".

Questionado sobre o principal atributo de Rayan , Diniz, com um toque de humor, respondeu: "Ah, você perguntou para a pessoa errada." Em seguida, detalhou a completude do jogador: "Como eu disse, o Rayan é um jogador completo, ele tem muita coisa, muita qualidade. Eu vou repetir: ele é um jogador de 19 anos, grande, rápido, ágil, que chuta com muita precisão de qualquer lugar, é um jogador canhoto, que dribla e que sabe construir. Sabe tabelar, sabe virar o jogo. Quando precisa dele na primeira fase de construção, ele vem. Quando precisa cair de um lado ele cai, do outro lado ele cai. Hoje ele está começando a aproveitar melhor a sua impulsão. E é um jogador muito atlético. Ele é um jogador muito completo." O técnico enfatizou a necessidade de um olhar atento da comissão técnica da Seleção: "Quando eu falo que precisa ter um olhar criterioso com o Rayan , é porque ele está em franca evolução e sobrando cada vez mais. Ele merece um olhar da seleção brasileira, um olhar bem específico para ele. É um jogador bem especial."

A Perspicácia Tática de Fernando Diniz

Diniz também abordou a estratégia adotada no clássico, desmistificando a ideia de uma postura excessivamente defensiva para enganar o adversário. "Não, não tem nada disso (se defender para ludibriar o adversário). Acho até que, no comecinho do jogo, a gente começou melhor, nos três, quatro minutos. E aí naquele erro de saída, que eles tiveram a chance, o jogo mudou por uns 15 minutos, em que eles jogaram mais no nosso erro. Tentamos jogar, e eles tentavam levar a melhor na pressão. Fizemos o gol, mas um pouco antes de fazer o gol a gente estava já começando a entrar no jogo. Depois a gente entrou no jogo, ficou melhor no primeiro tempo. E no segundo tivemos um domínio quase total da partida, fizemos um segundo tempo muito bom", explicou.

Sobre a igualdade no número de finalizações (11 para cada lado), o treinador argumentou que a estatística não reflete a realidade da partida. "Eu acho que o volume de chute não diz o que foi a partida. Tivemos o controle absoluto no segundo tempo, soubemos selecionar a hora de atacar. Fomos eficientes nos chutes. A gente teve um volume muito importante de controle de posse e chances claras."

O técnico refletiu sobre a validação de seu esquema de jogo, notando que o reconhecimento muitas vezes é condicionado ao resultado. "Bom, isso é porque a gente ganhou por 2 a 0. Se o Fluminense ganha de 1 a 0, no erro do Barros, ia estar todo mundo questionando. A gente só tem segurança de que as pessoas estão entendendo no dia que a gente perde por uma falha. Futebol é um jogo de risco. Fluminense também errou na saída. A gente cobra para os times serem ousados, mas só se vencer a partida. Hoje, os elogios são pela vitória. O Ceará a gente perdeu no final. Para melhorar, o jogo é o melhor treino. Só lá no CT não adianta. O Barros só vai melhorar se tiver condição de errar. O Martinelli do Fluminense joga sólido na saída porque ficou dois anos pegando bolas espremidas. Eu estou contente, o time foi premiado pela vontade, seriedade e pela coragem."

O Crescimento do Elenco Cruzmaltino e a Visão de Diniz

A evolução individual dos atletas também foi um tópico central. Fernando Diniz destacou o progresso de Barros, considerando-o uma aquisição valiosa. "O Barros esta crescendo muito, é uma grande contratação. Nossa janela foi boa. Assim que abriu a janela tinha uma exigência externa para contratar, e a gente sem dinheiro tinha que fazer movimentos cirúrgicos. Fizemos contratações no fim da janela depois de muito trabalho. Os jogadores vieram e todos somaram. Falando do Barros, ele é jovem e tem tudo para crescer. Tem força física e mobilidade. Vai ganhar confiança com o tempo para o jogo com a bola nos pés."

A respeito do meio de campo, Diniz diferenciou Barros e Tchê Tchê. "Naturalmente o Barros tem características um pouco mais defensivas do que o Tchê Tchê. Pode até jogar de zagueiro, acho que o Barros é mais parecido com o Hugo Moura do que o Tchê Tchê. O Tchê Tchê tem a formação na base jogando de camisa 10, de ponta para recompor, como joga o Nuno. Ele já jogou assim comigo no Audax-SP e no São Paulo. Então o Tchê Tchê é um segundo volante clássico que pode jogar de primeiro."

Outro jogador que recebeu elogios foi Nuno Moreira . "É um dos jogadores mais inteligentes que eu já trabalhei. Tem muita inteligência para jogar e absorver informação. Ele vai reconhecer o próprio potencial. Caiu como uma luva no Vasco . Fico feliz dele jogar bem, fazer gol e dar assistência. Ele é tático, solidário e ajuda a gente em todas as fases do jogo."

A defesa, composta por Robert Renan e Cuesta, foi analisada por Diniz, que priorizou o comportamento coletivo. "Tem a combinação de um jogador mais sério e um jogador mais técnico, e eu não acho que isso é o mais importante. São jogadores de potencial, e são jovens ainda. São jogadores de saúde e que conseguem jogar partidas sequenciais sem problema. O mais importante é a maneira que o time se comporta como todo. O Coutinho, Rayan e os dois pontas se dedicam na marcação de forma admirável. É assim que eu vejo futebol."

O amadurecimento de Andrés Gómez foi igualmente sublinhado, apesar de não ter marcado. "Eu acho que, embora ele não tenha feito gol, ele já foi destaque individual em algumas partidas. Contra o Fortaleza no primeiro tempo ele foi o destaque individual do Vasco . Ele levou vantagem em todos os lances. Foi bem contra o Corinthians, decisivo contra o Vitória. Ele se destaca individualmente. Ele é jovem e tem um futuro brilhante. Ele vai se reconhecer no Vasco , tem coisa para botar para fora. Jogador que sai muito jovem e ainda não se consolidou, tem uma tendência de se frustrar um pouco sem ter a paciência necessária. Na Europa, o tratamento é mais frio e tem que resolver rapidamente. Exemplo do Matheus França. Agora que ele está entrando na sua melhor condição. A tendencia do Andrés é de crescimento exponencial."

Gestão de Elenco e Futuros Desafios

A política de rodízio de jogadores foi categoricamente descartada por Diniz, ao menos por enquanto. "Absolutamente não. A Copa do Brasil é em dezembro, faltam dois meses ainda. Eu não sou treinador de rodízio. Só se precisar. A gente treina muito intenso e prepara o jogador para aguentar. Se alguém precisar de fora, vamos fazer isso. Eu ainda não estou pensando na Copa do Brasil."

O técnico também comparou a equipe atual com a que encontrou em seu segundo jogo no Brasileirão, destacando a evolução. "Aquele era o meu segundo jogo no Brasileirão. O time é outro em condição geral e em jogadores. O time sabe mais o que fazer. É um time bem diferente. O que é igual é a capacidade do time de trabalhar. É um time que trabalha muito. Tem uma margem de melhora grande porque os jogadores são dedicados."

Sobre um breve desentendimento com o jogador Freytes, do Fluminense, Diniz minimizou o ocorrido. "Não aconteceu nada demais. Não entendi do que ele estava reclamando. Não merece grandes destaques, foi normal e não tem extensão. É um jogador que está muito bem no Fluminense, tem muita vontade." O respeito pelo adversário e seu técnico, Zubeldía, também foi manifestado. "O Zubeldía é um dos grandes treinadores do futebol sul-americano. São jogos difíceis. O Fluminense acertou na contratação dele. Eu nunca trabalhei perto dele, mas temos amigos em comum e as referencias dele são as melhores possíveis. Os times dele são sempre competitivos. É um prazer encontra-lo. Parece ser uma pessoa de ótimo caráter."

A vitória sobre o Fluminense, impulsionada pela performance de Rayan e a solidez tática de Fernando Diniz, não apenas fortalece a campanha do Vasco no Brasileirão, mas também projeta um futuro promissor, com o time se consolidando como um forte candidato na disputa por posições de destaque na tabela.

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