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Vasco: Diniz e a Enigma Tática sem Coutinho – Quem Assume o Meio-Campo Cruzmaltino?

Por Redação FutVasco em 21/07/2025 09:13

O Club de Regatas Vasco da Gama se prepara para mais um confronto decisivo na Copa Sul-Americana, enfrentando o Independiente del Valle. A partida de volta dos playoffs, agendada para esta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), em São Januário, coloca o técnico Fernando Diniz diante de um desafio familiar: a ausência de Coutinho no meio-campo, devido a uma lesão na panturrilha esquerda. Este cenário recorrente tem forçado o treinador a explorar diversas configurações para o setor de criação.

Desde que assumiu o comando do Gigante da Colina, Diniz tem lidado com a intermitente disponibilidade do camisa 10. A lesão de Coutinho, que o afastou dos últimos dois compromissos contra o Del Valle e Grêmio, e o deixará de fora novamente, representa um golpe significativo para as aspirações táticas do time. O próprio técnico já havia destacado o desempenho do atleta.

A Ausência de Coutinho: Um Vazio Estratégico no Vasco

Em coletiva recente, o comandante cruzmaltino lamentou a sequência de infortúnios. Ele revelou que Coutinho havia se sobressaído nas atividades do Vasco durante a pausa para a Copa do Mundo de Clubes, sendo o grande destaque. Contudo, na semana do clássico contra o Botafogo, o meia sentiu um incômodo na panturrilha. Mesmo assim, jogou o clássico, mas precisou ser substituído e, desde então, não atuou mais. A situação se agravou com a lesão de outro potencial substituto, Adson.

- A gente espera que ele volte o quanto antes. Ele fez uma partida brilhante contra o São Paulo e estava sendo talvez o nosso grande destaque da intertemporada. E bem na semana de restrear, o Adson, que era um dos substitutos do Coutinho, quebrou a perna em um dia, e o Coutinho sentiu a panturrilha no outro. Ele tinha muito desejo de jogar contra o Botafogo, a gente também, mas a panturrilha tinha um edema para tratar. Acho que não deve demorar tanto tempo para retornar. Não sei precisar quando volta, mas eu espero que seja o mais rápido possível.

A pergunta que ecoa nos corredores de São Januário é: como Fernando Diniz tem planejado o Vasco sem seu principal articulador? Em pouco mais de dois meses à frente da equipe, o técnico já precisou reorganizar o time em três ocasiões distintas sem a presença de Coutinho, adotando soluções variadas para o onze inicial. Abaixo, detalhamos as abordagens táticas empregadas pelo treinador:

Diniz e as Múltiplas Soluções para o Meio-Campo Cruzmaltino

Para ilustrar as adaptações de Diniz, apresentamos um panorama das escolhas e seus desdobramentos:

Jogo Motivo da Ausência de Coutinho Solução Tática Inicial Desfecho
Fluminense (Brasileirão) Suspensão (Cartão Vermelho) Tchê Tchê avançado (com Hugo Moura e Mateus Carvalho) Derrota por 2 a 1
Independiente del Valle (Sul-Americana) Lesão (Panturrilha) GB no meio-campo (Nuno na criação) Derrota por 4 a 0
Grêmio (Brasileirão) Lesão (Panturrilha) David como segundo atacante (4-4-2) Empate por 0 a 0

Análise Detalhada das Adaptações Táticas

A primeira vez que a ausência de Coutinho se fez sentir foi no clássico contra o Fluminense. Suspenso após um cartão vermelho na rodada anterior contra o Fortaleza, o meia abriu espaço para uma nova configuração. A escolha de Diniz recaiu sobre Tchê Tchê, que foi posicionado de forma mais ofensiva na linha de meio-campo, tendo Hugo Moura e Mateus Carvalho como volantes de contenção. No decorrer do segundo tempo, a entrada de Adson na vaga de Mateus Carvalho promoveu Tchê Tchê de volta à função de segundo volante, com Nuno Moreira centralizado. O resultado daquela partida, válida pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi uma derrota por 2 a 1 para o rival no Maracanã.

Mais recentemente, em 12 de agosto, Coutinho sofreu um edema na panturrilha esquerda, o que o impediu de viajar com a delegação para Quito, onde o Vasco enfrentaria o Independiente del Valle pelo jogo de ida dos playoffs da Sul-Americana. Durante os treinamentos, o técnico testou Garré no meio e chegou a cogitar uma formação com três zagueiros, incluindo Maurício Lemos. Contudo, a opção final foi a escalação de GB como titular. Nuno Moreira novamente assumiu a função de criação central, e o jovem GB atuou pelos primeiros minutos na ala esquerda. O Vasco demonstrou boas articulações ofensivas no início, mas a estratégia foi desfeita aos 11 minutos do primeiro tempo com a expulsão de Lucas Piton. GB precisou ser substituído pelo lateral Victor Luis para recompor a defesa, e a equipe atuou o restante do jogo predominantemente recuada, resultando em uma goleada de 4 a 0 para os equatorianos.

Na sequência, no último compromisso do Vasco contra o Grêmio, a equipe novamente não pôde contar com Coutinho, que seguia lesionado. Além dele, GB também foi desfalque devido a um edema na coxa esquerda. A solução encontrada por Diniz foi promover a entrada de David. Após um longo período de mais de dez meses afastado dos gramados devido a uma grave lesão no joelho, o camisa 7 fez seu primeiro jogo como titular desde seu retorno. David atuou como segundo atacante, frequentemente invertendo posições com Nuno Moreira e caindo pelo lado esquerdo. O time operou em um esquema 4-4-2, e a atuação do atacante recebeu elogios do treinador.

- Ele foi utilizado até pela necessidade, o GB acabou sentindo algo que eu nem sei especificar. Nada muito importante, mas o impossibilitou de jogar hoje. Rendimento do David foi muito bom, estou muito contente com ele. Além de ser um grande profissional, é muito querido - elogiou Diniz.

O Desafio Imponente e o Futuro do Vasco

A volta de David amplia as opções ofensivas para o Vasco , um alívio em um momento de busca por reforços no ataque e com Adson e Coutinho no departamento médico. Apesar das adversidades, o Vasco apresentou sua melhor exibição desde o retorno do período de paralisação para a Copa do Mundo de Clubes, embora ainda não tenha conquistado sua primeira vitória. Agora, a expectativa se volta para a forma como Diniz montará a equipe para a quase impossível missão de reverter uma desvantagem de quatro gols contra o Independiente del Valle.

Após o empate contra o Grêmio, a equipe não teve descanso, treinando no domingo e realizando mais uma atividade na tarde desta segunda-feira no CT Moacyr Barbosa, a última antes do decisivo duelo pela Sul-Americana. O desafio é hercúleo: o time comandado por Diniz precisará superar um placar adverso de quatro gols em São Januário para assegurar uma vaga nas oitavas de final, um feito que exigirá não apenas excelência tática, mas também um espírito de superação inabalável.

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Eduardo

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Comentado em 21/07/2025 13:30 Diniz sabendo mexer no meio é chave, apesar do desfalque grande. Acreditar até o fim, salve!
Rafael

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Comentado em 21/07/2025 11:20 Sem o Coutinho fica ruim, mas confio no Diniz! Vai Vasco, bora buscar essa Sul-Americana, mlk!
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