Vasco: Diniz Completa 10 Jogos com Aproveitamento Preocupante. Compare com Carille e Paiva.

Atingindo a marca de dez compromissos à frente do Club de Regatas Vasco da Gama, Fernando Diniz viu sua equipe empatar em 1 a 1 com o Grêmio no último confronto. Este marco, no entanto, é acompanhado por um sentimento de "Muita frustração", conforme reverberado por análises pós-jogo. O desempenho do técnico, com apenas 36% dos pontos conquistados, levanta sérias questões e o posiciona abaixo de seus três antecessores imediatos que também alcançaram a dezena de partidas considerando competições como o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.

Para uma análise aprofundada, foram compilados os dados de Fernando Diniz, Fábio Carille, Rafael Paiva e Ramón Díaz. Técnicos como Álvaro Pacheco e Felipe não foram incluídos nesta comparação por não terem atingido o mínimo de dez partidas no comando do Gigante da Colina. É crucial notar que, para Fábio Carille, a avaliação se restringiu aos seus primeiros nove jogos após o término do Campeonato Carioca, buscando equiparar o contexto de início de trabalho com os demais treinadores, que não tiveram a fase estadual como preparação inicial.

A tabela a seguir ilustra a performance comparativa dos treinadores em seus respectivos inícios de trabalho (primeiros 10 jogos, ou 9 no caso de Carille após o Carioca):

O Impulso Inicial: A Gestão de Paiva e Ramón Díaz

Sob o comando de Rafael Paiva, atuando como interino, o Vasco demonstrou um ímpeto notável, especialmente após sua reestreia com uma goleada de 4 a 1 sobre o São Paulo em São Januário ? vale lembrar que ele já havia tido uma breve passagem anterior. Essa vitória energizou o plantel. A sequência inicial incluiu uma derrota para o Bahia fora de casa, um empate com o Botafogo, e uma impressionante série de quatro triunfos consecutivos contra Fortaleza, Internacional, Corinthians e Atlético-GO. Posteriormente, o time sofreu reveses contra Atlético-MG e Grêmio, mas conseguiu um empate com o Atlético-GO na Copa do Brasil. A passagem de Paiva, embora promissora, encerrou-se três meses depois, após a eliminação na semifinal da Copa do Brasil para o Atlético-MG e uma sequência de quatro derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro. A performance conjunta com Ramón Díaz, que também contribuiu para o percentual de 56%, reflete um período de maior solidez.

Foto: (Matheus Lima/Vasco)

A Trajetória de Fábio Carille e Seus Desafios

Após a saída na semifinal do Campeonato Carioca diante do Flamengo, Fábio Carille permaneceu à frente da equipe por nove confrontos nas competições nacionais e continentais. Seu retrospecto foi de três vitórias, três empates e três derrotas. Importante mencionar que o clube já havia garantido duas vitórias nas etapas iniciais da Copa do Brasil antes desse recorte. Durante sua gestão, o Vasco obteve triunfos em São Januário contra Santos, Puerto Cabello e Sport, além de empates com Flamengo, Lanús e Melgar. As derrotas ocorreram em partidas fora de casa, diante de Corinthians, Ceará e Cruzeiro. A rescisão do contrato de Carille ocorreu após o revés para o Cruzeiro, em meio a um evidente desgaste com a cúpula diretiva e a base de torcedores, agravado por performances insatisfatórias contra Melgar e Puerto Cabello na Sul-Americana.

Fernando Diniz: O Desafio dos Primeiros Dez Jogos

A chegada de Fernando Diniz ao Vasco foi marcada por um período de adaptação, com escasso tempo para implementar sua filosofia de trabalho. Sua estreia culminou em uma derrota por 1 a 0 para o Lanús, na Argentina, pela Copa Sul-Americana. Após um intervalo maior para treinamentos, a equipe teve uma série de cinco compromissos no Rio de Janeiro. Neste período, o time conquistou vitórias em São Januário contra Fortaleza e Melgar, mas sofreu derrotas para Fluminense e Bragantino. O empate com o Operário, pela Copa do Brasil, garantiu a classificação por meio de disputas de pênaltis. Pouco antes da interrupção para a Copa de Clubes, o Vasco conseguiu um importante triunfo fora de casa contra o São Paulo. Contudo, o retorno pós-pausa não tem sido favorável, com um empate frente ao Grêmio e reveses consecutivos contra Botafogo e Independiente del Valle. Este panorama reflete o desafio que Diniz enfrenta para elevar o patamar de desempenho da equipe e reverter o baixo aproveitamento que o coloca em uma posição desfavorável em comparação com seus antecessores.