Vasco: Diniz Avalia Empate com Grêmio, Aponta Arbitragem e Defende Trocas

No recente confronto em São Januário, que culminou em um empate de 1 a 1 com o Grêmio, o técnico Fernando Diniz apresentou uma análise paradoxal. Apesar do resultado que não concedeu a vitória esperada, o comandante cruzmaltino manifestou uma notável satisfação com o desempenho da equipe em campo. O time carioca, de fato, exibiu um domínio considerável durante a maior parte do embate, registrando impressionantes 31 finalizações e até mesmo acertando a trave adversária, evidenciando uma produção ofensiva que raramente se vê contra um adversário do calibre do Grêmio.

Apesar da produção elogiável, a frustração com o placar final foi um sentimento inegável para Diniz. A incapacidade de converter a vasta superioridade em gols se tornou o ponto central de sua avaliação pós-jogo. A equipe, que demonstrou um volume de jogo significativo, não conseguiu materializar a vitória que, segundo o técnico, seria merecida e até mesmo por uma margem maior.

O Veredito do Árbitro: Felipe Fernandes de Lima Sob Fogo Cruzado

Um dos pontos mais contundentes da coletiva de Fernando Diniz foi a sua crítica veemente à atuação da arbitragem, conduzida por Felipe Fernandes de Lima, de Minas Gerais. Para o treinador, a condução do jogo foi prejudicial aos interesses do Vasco, influenciando negativamente o desenrolar da partida.

"Acho que a arbitragem influenciou negativamente no jogo, muito negativamente, em todos os sentidos. É um árbitro que, quanto mais parava, mais ele gostava que parava. O Grêmio fez cêra do começo ao final do jogo, e ele não acelerou o jogo em nenhum momento, não amarelou ninguém do Grêmio. Ele não permitiu uma finalização clara, o lance do impedimento foi muito discutível, achei pênalti no Vegetti no segundo tempo. A condução foi muito prejudicial a quem queria jogar"

Decisões no Banco: A Lógica de Diniz Sob Escrutínio

A substituição de David por Mateus Carvalho, realizada aos 30 minutos do segundo tempo, gerou questionamentos, especialmente porque o gol de empate do Grêmio ocorreu apenas quatro minutos depois. Diniz, no entanto, defendeu vigorosamente sua decisão, rechaçando qualquer relação direta entre a alteração tática e o gol sofrido.

"Em relação às mudanças, não tem absolutamente nada a ver, o time não recuou porque o Mateus Carvalho entrou. O Tchê Tchê tem o domínio para fazer qualquer função, o Nuno voltou para a função dele. O time recuou porque recuou, chutou umas bolas para frente que não precisava chutar. O time poderia ter calma para buscar o segundo gol. Imagina só se eu tivesse colocado o Loide, que era o único atacante de lado era o Loide. O gol provavelmente ia sair do mesmo jeito, uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra. Aí o questionamento ia ser outro: você acha que perdeu porque entrou o Loide?"

O treinador complementou sua justificativa, explicando que a escolha por Mateus Carvalho se deu pela sua preparação para a função e pela versatilidade de Tchê Tchê, que pode atuar em diversas posições. "Essa é uma pergunta que não tem muito sentido. A mudança foi porque faltava poucos minutos para terminar, o Mateus Carvalho é o que está mais treinado para a função, e o Tchê Tchê sabe fazer qualquer função no campo. Para aquele momento, a gente achou que era a melhor decisão", afirmou.

Mentalidade e Retornos: A Visão Interna de Diniz

Questionado sobre o possível impacto psicológico de uma sequência de resultados não favoráveis, Diniz demonstrou otimismo, destacando a resiliência da equipe após sofrer o gol de empate. "Não acredito nisso. Psicologicamente, o time reagiu muito bem quando tomou o gol hoje, diferente de outros jogos. Tomamos um gol de empate, e se houvesse algum problema de ordem emocional, o time ia afundar e o Grêmio cresceria. O que aconteceu foi o contrário. Depois do empate, criamos mais umas cinco chances para fazer o gol. Infelizmente, não conseguimos sair com a vitória", avaliou o técnico.

Sobre o retorno de David , Diniz teceu elogios à atuação do jogador. "Muito bem. É um jogador de quem gosto muito, já tentei trabalhar com ele em outros times, tentei contratá-lo. Desde que voltou da lesão, está indo bem nos treinamentos. Tínhamos uma preocupação, sabíamos que não suportaria (o jogo completo). O ideal para ele talvez fosse jogar 45 minutos, o que era uma progressão. Mas (foi utilizado) até pela necessidade, GB acabou sentindo algo que eu nem sei especificar. Nada muito importante, mas o impossibilitou de jogar hoje. Rendimento do David foi muito bom, estou muito contente com ele. Além de ser um grande profissional, é muito querido", declarou Diniz.

Os Próximos Desafios: Sul-Americana e Brasileirão no Horizonte

O Vasco agora volta suas atenções para a Copa Sul-Americana, onde terá um desafio monumental na próxima terça-feira. A equipe enfrentará o Independiente del Valle em São Januário, no jogo de volta dos playoffs, buscando reverter uma desvantagem de 4 a 0 sofrida em Quito. A missão é clara: igualar o placar para forçar a decisão para os pênaltis.

Pelo Campeonato Brasileiro, o próximo compromisso do Gigante da Colina será no domingo seguinte, quando o time viajará para enfrentar o Internacional no Beira-Rio, buscando somar pontos importantes na competição nacional.