Vasco: Desempenho Mandante Pífio Põe Rebaixamento em Risco no Brasileirão

O desfecho da temporada do Vasco como anfitrião no Campeonato Brasileiro, marcado pela derrota para o Mirassol, revela um desempenho consideravelmente aquém das expectativas. Esta performance fragilizada em seus domínios é um dos pilares que sustenta a incômoda posição do Cruz-Maltino, que chega à rodada final com o risco iminente de rebaixamento. Em 19 confrontos disputados em casa, o clube registrou oito vitórias, quatro empates e sete revezes, resultando num aproveitamento de apenas 49,1%. Tal índice posiciona a atual campanha como a quinta mais fraca desde 2006, ano em que o formato de pontos corridos com 20 equipes foi consolidado.

A performance caseira do Vasco em 2025 supera apenas as edições de 2015, 2008 e 2020 ? todas culminando em rebaixamento ? e a de 2019. Contudo, é inferior à de 2013, ano em que o Gigante da Colina também amargou a queda para a Série B. Naquela ocasião, o time demonstrou um aproveitamento ligeiramente superior, alcançando 50,8% e somando um ponto a mais (29 contra os atuais 28).

O Calcanhar de Aquiles: A Campanha Domiciliar do Gigante da Colina

Em contrapartida, a temporada anterior, 2023, mesmo em meio a turbulências internas com o afastamento da 777 Partners e sob a batuta interina de Rafael Paiva, apresentou um cenário muito mais promissor. Naquela ocasião, o Vasco acumulou 35 pontos em seus domínios, atingindo um aproveitamento de 61,4%, o que representou o quarto melhor desempenho em casa na era dos pontos corridos.

A apoteose, no entanto, ocorreu em 2011, quando o Cruz-Maltino, com um aproveitamento impressionante de 70,2%, chegou à última rodada com chances reais de título brasileiro, finalizando como vice-campeão. Naquele ano dourado, foram 11 triunfos, sete empates e apenas uma derrota em casa.

Para ilustrar a disparidade do desempenho mandante ao longo dos anos, segue um comparativo:

Território Neutro: O Desafio Fora de São Januário e o Rendimento na Colina

É inegável que alguns desses confrontos na condição de mandante não ocorreram em São Januário. Na edição atual, quatro partidas foram deslocadas para outros palcos: duas derrotas na Arena Mané Garrincha, em Brasília, contra Palmeiras e Botafogo, e um empate e uma vitória no Maracanã, respectivamente contra Flamengo e Fluminense. Contudo, mesmo a lendária Colina Histórica não se revelou o bastião impenetrável que se esperava, especialmente durante a gestão de Fernando Diniz.

Sob seu comando, foram 13 jogos em São Januário, registrando cinco vitórias, três empates e cinco derrotas. Fábio Carille, por sua vez, esteve à frente do Cruz-Maltino nas duas primeiras partidas no estádio, conquistando duas vitórias contra Santos e Sport. O aproveitamento geral no próprio São Januário atingiu a marca de 53,3%.

Em suma, a performance do Vasco em seus próprios domínios nesta temporada do Brasileirão é um reflexo direto da sua atual situação delicada. Longe de ser um ponto forte, a campanha como mandante tem sido um fator de fragilidade, contribuindo significativamente para a apreensão que cerca o clube nas últimas rodadas.