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Vasco: Desafio de Diniz sem Vegetti? Veja as Soluções para o Ataque
Por Redação FutVasco em 16/08/2025 10:50
Um cenário inédito se impõe para Fernando Diniz no comando do Vasco: pela primeira vez em sua atual passagem, o técnico não poderá contar com o centroavante Pablo Vegetti. A ausência do artilheiro, suspenso após receber o terceiro cartão amarelo, força uma reavaliação tática crucial para o confronto deste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Santos, no Morumbis, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Desde a chegada de Diniz ao Cruzmaltino, em 13 de maio, na partida contra o Lanús, Vegetti consolidou-se como peça inquestionável. Sua titularidade foi mantida em todas as 16 partidas sob a batuta do treinador, evidenciando uma dependência que agora se torna um desafio. O argentino não apenas lidera em minutos jogados ? sendo o atleta mais utilizado por Diniz ? mas também se destaca como o principal goleador da equipe neste período, com sete tentos anotados. Talvez o dado mais revelador seja a sua permanência em campo: em 16 jogos, Vegetti foi substituído em apenas três ocasiões, e sempre já nos minutos finais, após os 37 do segundo tempo, conforme dados levantados pelo Gato Mestre. Isso sublinha sua centralidade no esquema tático.
O Pilar Inabalável: O Peso de Vegetti na Estratégia de Diniz
A importância de Vegetti transcende os gols. Ele é o ponto de referência ofensivo, o jogador que mais tempo permaneceu em campo sob o comando do atual técnico, superando nomes como Tchê Tchê e Léo Jardim. A tabela abaixo ilustra a significativa minutagem do atacante em comparação com outros pilares da equipe:
Jogador | Minutos em campo |
---|---|
Vegetti | 1558 |
Tchê Tchê | 1498 |
Léo Jardim | 1472 |
Rayan | 1449 |
Paulo Henrique | 1444 |
João Victor | 1364 |
Hugo Moura | 1301 |
Nuno Moreira | 1299 |
Lucas Piton | 1283 |
Lucas Freitas | 878 |
Coutinho | 802 |
David | 414 |
Jair | 346 |
Luiz Gustavo | 342 |
Mauricio Lemos | 266 |
Além de Vegetti , apenas Nuno Moreira, Rayan e Tchê Tchê estiveram presentes em todos os jogos disputados com Diniz até o momento, reforçando o quão vital o argentino se tornou para a engrenagem tática do Vasco .

O Dilema do Treinador: Confiança vs. Necessidade de Adaptação
A dependência de Vegetti não é um tema novo nas entrevistas coletivas de Fernando Diniz. Constantemente, o técnico era indagado sobre eventuais planos B para o setor ofensivo. Embora o argentino ostente a marca de 22 gols no ano, liderando a artilharia nacional, sua atuação recente, especialmente no que tange à participação na construção de jogadas e à concretização de chances, tem gerado questionamentos por parte da torcida. Diniz, contudo, sempre defendeu seu camisa 9 com veemência, como se viu após o empate sem gols com o CSA, pela Copa do Brasil, em Maceió:
Ele não é só um atacante que vai fazer o gol, ele contribui muito na parte tática, também. Ele tem minha confiança. Agora de plano B, poderia ter colocado outro jogador. Tinha o GB. Poderíamos jogar com falso 9, mas o Vegetti é um jogador que temos muita confiança nele. Ele precisa mais de confiança do que tirar ele do time.
As Opções Táticas: Como Diniz Reorganizará o Ataque?
Diante da iminente lacuna deixada por Vegetti , Fernando Diniz e sua comissão técnica precisam acionar as engrenagens da criatividade tática. Uma das soluções mais evidentes, e que já esteve no radar do treinador, é a escalação de David. Sua característica de movimentação e capacidade de atuar como uma referência mais fluida no ataque podem oferecer uma dinâmica distinta ao setor.
Outra promessa que vinha sendo lapidada era GB. O jovem atacante, integrado ao elenco principal após a Copa do Mundo de Clubes, representava uma alternativa direta para a posição, mas uma lesão na coxa o afastou dos gramados há aproximadamente três semanas, frustrando essa opção imediata. Paralelamente, a diretoria do clube vislumbra em Rayan um potencial para atuar centralizado, uma possibilidade que pode ser explorada em confrontos que demandem uma abordagem tática diversa daquela que Vegetti proporciona. Embora Rayan seja titular incontestável sob Diniz, sua atuação tem sido predominantemente pelo flanco direito do ataque. Caso seja deslocado para a área central, abriria espaço para um ponta-direita com atributos distintos, como Garré.
Para o horizonte próximo, o elenco ganhou uma nova peça com a chegada de Andrés Gómez. O colombiano, um ponta-direita destro, preenche uma lacuna no plantel, oferecendo atributos de força, velocidade e habilidade no drible, elementos cruciais para transições rápidas e contra-ataques. Contudo, para o embate contra o Santos, Gómez ainda não estará à disposição, uma vez que sua documentação ainda não foi regularizada junto ao BID da CBF.
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