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Vasco Derrota Bahia: Análise Crítica da Queda no Brasileirão e Risco de Rebaixamento
Por Redação FutVasco em 24/11/2025 03:11
A Arena Fonte Nova testemunhou um desfecho que, para muitos, já era aguardado. O Club de Regatas Vasco da Gama, exibindo a mesma inércia observada em confrontos anteriores, registrou sua quinta derrota consecutiva neste último domingo, sucumbindo por 1 a 0 diante do Bahia. Este revés adiciona um capítulo sombrio a um percurso que, mais uma vez, se desintegra na fase derradeira do campeonato, reforçando para o seu fiel torcedor a amarga constatação de que o insucesso sempre pode alcançar proporções ainda maiores.
Há escassas três semanas, a atmosfera em São Januário era de otimismo. Quatro vitórias consecutivas haviam impulsionado a equipe, e as palavras do próprio presidente no vestiário incentivavam a "olhar para cima", vislumbrando uma disputa efetiva por uma vaga na Copa Libertadores, torneio do qual o clube está ausente há sete temporadas. Em um intervalo tão breve, contudo, as projeções para um possível G-7 foram substituídas por uma realidade que tem assolado o Gigante da Colina nos anos recentes: a luta desesperada para evitar a zona de rebaixamento.
O Retorno do Fantasma do Z-4
Pela primeira vez nesta sequência desfavorável no Campeonato Brasileiro, o técnico Fernando Diniz abordou publicamente a iminência da briga contra o Z-4 em sua coletiva pós-jogo, reconhecendo a urgência de retomar o caminho das vitórias. O ano de 2025 parece reservar mais uma dose de frustração para a torcida, que observa, com um misto de trauma e desconfiança, a tabela de classificação. A preocupação não reside apenas na contagem de pontos, mas, sobretudo, na postura apática do elenco e na acentuada queda de performance nas rodadas mais recentes.
É imperativo recordar que a atual temporada não é a primeira a entregar desilusões aos torcedores, tanto por parte da diretoria quanto do elenco . A eliminação constrangedora na Copa Sul-Americana ainda ecoa na memória. Um torneio que foi elevado à condição de prioridade, com discursos ambiciosos de disputa por título, e que culminou em uma campanha repleta de percalços, goleadas vexatórias e episódios lamentáveis dentro das quatro linhas.
Agora, da utópica disputa pelo G-7, o Vasco pode concluir a 35ª rodada a meros três pontos da zona de rebaixamento, caso o Santos obtenha uma vitória sobre o Internacional nesta segunda-feira. Adicionalmente, o clube corre o risco de ficar fora da zona de classificação para a Sul-Americana, se o Ceará conseguir pontuar contra o Mirassol, também nesta segunda.
Anatomia de uma Derrota Tática
O embate na Arena Fonte Nova já se anunciava como um obstáculo considerável para o Vasco , que enfrentaria um Bahia bem estruturado e com notável superioridade técnica. Além da fase negativa, o cenário se complicava pela ausência de Philippe Coutinho, suspenso por acúmulo de cartões amarelos.
Fernando Diniz optou por Matheus França no time titular para a vaga no meio-campo e reforçou a proteção defensiva com Hugo Moura, substituindo Tchê Tchê. Contudo, a estratégia não produziu os efeitos desejados. O Bahia, com um meio-campo consideravelmente mais técnico e intenso, estabeleceu um domínio avassalador, empurrando o Vasco para sua própria área desde o apito inicial. A equipe de Diniz manifestava extrema dificuldade em reter a posse de bola e, nas raras ocasiões em que a possuía, demonstrava incapacidade de acelerar as jogadas ofensivas.
O desempenho da equipe também foi prejudicado pela atuação abaixo do esperado de Matheus França, que deveria ser o responsável pela articulação das jogadas na ausência de Coutinho. Pelo lado do Bahia, Everton Ribeiro regia o meio-campo com maestria, enquanto os pontas Erick Pulga e Ademir geravam perigo constante. Com a pressão se intensificando, a vitória dos mandantes parecia apenas uma questão de tempo, mas o placar permaneceu inalterado até o intervalo.
O Colapso Pós-Expulsão
Diniz reconheceu a ineficácia de França, que foi indiscutivelmente o pior em campo no primeiro tempo, e realizou uma substituição, inserindo David. Com essa alteração, Nuno foi deslocado para a faixa central, assumindo a função de articulador. O Vasco , de fato, conseguiu equilibrar um pouco mais o confronto no retorno para a segunda etapa, e o lado esquerdo chegou a criar uma boa oportunidade, com um passe de calcanhar de David para Nuno, que se beneficiou de um erro de Rayan, aos 14 minutos.
No entanto, a expulsão de David , aos 22 minutos, desmantelou por completo a estratégia do técnico vascaíno. O Bahia, que já detinha a superioridade durante todo o jogo, intensificou sua ofensiva. Cinco minutos depois, o placar já estava inaugurado.
Diniz promoveu a entrada de Lucas Freitas no lugar de Nuno Moreira e implementou uma linha de três zagueiros, antecipando a pressão do time de Ceni, especialmente em jogadas aéreas, com o Vasco posicionado em um bloco mais baixo. O gol, ironicamente, surgiu justamente pelo alto: uma falha de Paulo Henrique e Robert Renan, que não acompanharam o avanço de Erick Pulga. O atacante cabeceou sozinho, por trás da defesa, superando Léo Jardim.
Sem grandes esperanças ou capacidade de reação, o Vasco sucumbiu facilmente após sofrer o primeiro gol, tornando-se uma presa fácil para o Bahia, que ainda teve Santi Mingo expulso nos minutos finais.
O Duelo Decisivo em São Januário
Agora, o Vasco retorna a São Januário para um confronto de extrema importância contra o Internacional, nesta próxima sexta-feira. Os equívocos individuais e, principalmente, a postura coletiva da equipe recolocaram o espectro da zona de rebaixamento no retrovisor do time. Este cenário de efervescência transforma o embate em um duelo fundamental, não apenas para reencontrar o caminho das vitórias, mas também para afastar o mais breve possível o fantasma da degola.
Nesta sequência de reveses, o torcedor presenciou, em diversas ocasiões, adversários com uma determinação superior à do próprio Vasco . Tal cenário não pode, em hipótese alguma, repetir-se neste próximo e crucial compromisso.
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