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Vasco: Análise de Diniz sobre Evolução e Classificação na Sul-Americana

Por Redação FutVasco em 27/05/2025 21:41

O Club de Regatas Vasco da Gama assegurou sua passagem para a próxima fase da Copa Sul-Americana, após um triunfo convincente de 3 a 0 sobre o Melgar, em confronto realizado em São Januário. Concluído o embate, o comandante técnico Fernando Diniz dedicou-se a analisar a performance de seu elenco, destacando o notável progresso observado, especialmente considerando o revés sofrido no clássico anterior.

Em suas observações pós-jogo, Diniz pontuou que "Todo mundo viu evolução comparada ao ultimo e penúltimo jogo. Fomos mais agudos. Muito importante não tomar gol." O treinador sublinhou a capacidade ofensiva de sua equipe, afirmando que o Vasco esteve "mais perto do quarto e do quinto do que eles de fazer o primeiro", mesmo diante de um adversário considerado perigoso, notadamente em jogadas aéreas, o que exigiu intervenções cruciais do goleiro Léo Jardim em arremates de longa distância.

A satisfação do técnico com o trabalho em andamento é palpável. "Certamente estou satisfeito. Estou feliz de estar no Vasco ", declarou, revelando uma visão otimista sobre o potencial do grupo. Diniz acredita firmemente que o elenco atual, composto por bons atletas, estava aquém de seu verdadeiro desempenho. Sua principal meta, conforme explicitado, consiste em "conectar o time com a torcida, porque a torcida joga bem e o Vasco vai bem". A dedicação e o progresso demonstrados pelos jogadores reforçam a convicção de que "o futuro é promissor" para o clube.

Ainda sobre o nível de desempenho, Diniz traçou uma linha evolutiva para a equipe. "As coisas estão melhorando. O futebol, como a vida, é uma coisa linear. O natural é subir", filosofou. Ele recordou os altos e baixos recentes, citando o confronto contra o Fortaleza como um ápice inicial e as partidas contra Operário e Fluminense como momentos de declínio, antes da atual recuperação. Essa percepção linear reforça a crença do treinador em um progresso contínuo.

A Trajetória de Aprimoramento e a Conexão com a Torcida

Embora o resultado final tenha sido expressivo, o comandante não se furtou a abordar a nítida diminuição de intensidade na segunda etapa. "Fizemos um primeiro tempo muito bom, segundo baixamos um pouco o ritmo", admitiu. A análise do treinador vai além da simples fadiga física; ele percebeu uma complacência. "Um pouco por conta do cansaço e também por ter relaxado mesmo. Não foi cansando, já voltamos para o segundo tempo com uma postura mais lenta, facilitava a marcação", observou Diniz, indicando que a postura inicial para o segundo tempo já denotava uma diminuição da vigilância.

Essa desaceleração, segundo Diniz, resultou em uma dinâmica de jogo "mais lento do que deveria". O técnico aprofundou sua análise, não atribuindo a queda exclusivamente ao cansaço, mas a um "acumulado" de fatores, incluindo a manutenção da estrutura da equipe. Ele ponderou que a gravidade dos erros observados seria diferente caso o placar fosse desfavorável. "É algo a se corrigir. Conforme vamos jogando e treinando, teremos mais agilidade e cometeremos menos erros", concluiu, ressaltando a importância da repetição e do aprimoramento contínuo.

A questão da confiança na construção de jogadas a partir da defesa, a chamada "saída de bola", foi igualmente abordada. Para Diniz, "a forma de jogar e o trabalho emocional estão implicados". Ele salientou que a segurança dos atletas é construída nos treinamentos, mas testada e consolidada em situações de jogo real, como o clássico contra o Fluminense, onde a pressão da marcação foi intensa. O treinador reconheceu que a aplicação prática pode ser desafiadora em ambientes de alta pressão, como um Maracanã lotado, mas que o processo de revisão por vídeo é fundamental para aprimorar a confiança e a execução.

A Análise Tática: Primeiros Tempos Consistentes e a Queda de Ritmo

Sobre a utilização do jogador Garré, Diniz demonstrou uma abordagem pragmática. "É um jogador que conheço muito pouco", admitiu, explicando que seu conhecimento sobre o atleta foi adquirido por meio de questionamentos, análise de vídeos e informações colhidas. A performance de Garré nos treinos recentes foi determinante para a decisão de escalá-lo, conferindo ao técnico a segurança necessária. O treinador detalhou as possibilidades táticas de Garré, afirmando que ele "pode jogar de 10" e que sua entrada visa fortalecer o meio-campo, seguindo a filosofia de jogo que se adapta a diferentes nomes como Coutinho, Nuno ou Payet.

A partida contra o Melgar não era um mero compromisso; representava um embate direto pela segunda posição no Grupo G da Copa Sul-Americana. Com o Lanús já assegurado na liderança da chave, o confronto em São Januário definia o segundo classificado. O Vasco , ao conquistar os três pontos, acumulou oito, superando o adversário peruano e garantindo a vice-liderança do grupo.

A próxima etapa para o Vasco , os playoffs da competição, segue um formato predefinido: os segundos colocados da Sul-Americana confrontarão os terceiros colocados dos grupos da Copa Libertadores. Não há sorteio convencional. A definição dos embates se dá pelo ranqueamento das campanhas: o segundo melhor da Sula enfrenta o terceiro pior da Liberta, e assim sucessivamente. Diante disso, a identidade do próximo oponente do Vasco permanecerá desconhecida até a conclusão de todas as fases de grupo de ambas as competições.

O Caminho na Copa Sul-Americana: Qualificação e Próximos Desafios

A vitória sobre o Melgar, portanto, não apenas garantiu a continuidade do Vasco no cenário continental, mas também serviu como um termômetro para a evolução do trabalho de Fernando Diniz. As análises do treinador, permeadas por um otimismo cauteloso e uma busca incessante por aprimoramento, sinalizam um percurso promissor para o Gigante da Colina, que agora aguarda a definição de seu destino na fase eliminatória.

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