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Vasco: Análise Crítica dos Mandos de Campo Vendidos e o Impacto no Brasileirão

Por Redação FutVasco em 13/07/2025 11:12

O Club de Regatas Vasco da Gama tem enfrentado um cenário desafiador no atual Campeonato Brasileiro, especialmente quando se observa o desempenho em partidas onde o mando de campo foi negociado. Das três derrotas acumuladas como anfitrião nesta temporada, duas ocorreram longe de sua fortaleza, São Januário, especificamente no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. As partidas contra Palmeiras e Botafogo, ambas com resultado negativo para o Cruzmaltino, evidenciam uma tendência que se consolidou nos últimos anos, atravessando diferentes administrações do clube.

A decisão de comercializar o direito de sediar confrontos tem sido uma constante na gestão do Vasco . Em março de 2025, a diretoria liderada por Pedrinho optou por transferir os embates contra Palmeiras e Botafogo para a capital federal. Levantamentos da imprensa indicaram, na ocasião, que a diretoria demonstrou satisfação com os valores obtidos, estimando um lucro de aproximadamente R$ 2 milhões por cada jogo. Além do benefício financeiro, a medida foi justificada como uma oportunidade de fortalecer o vínculo com torcedores distantes do Rio de Janeiro, reconhecendo a abrangência nacional da paixão vascaína.

O Histórico Preocupante Fora de Casa

A prática de vender mandos de campo não é novidade em São Januário. No ano anterior, a antiga administração, a 777 Partners, também havia negociado a realização de duas partidas do Brasileirão fora de seu domínio. Um desses jogos foi contra o Palmeiras, resultando em derrota de 1 a 0 para o Vasco , novamente em Brasília. O clássico contra o Fluminense, que inicialmente seria vendido para fora do Rio, acabou sendo disputado no Nilton Santos por acordo da nova diretoria de Pedrinho. Curiosamente, um jogo vendido para fora do Rio foi adiado para o Campeonato Carioca de 2025, no início deste ano, quando o time enfrentou o Fluminense em Manaus e foi superado por 2 a 1.

Apesar da continuidade da estratégia, é relevante notar que a atual gestão, ao assumir, expressou descontentamento com as vendas de mando de campo realizadas pela 777 Partners. Em diversas ocasiões, membros da diretoria, como o ex-diretor de futebol Marcelo Santanna, reiteraram a convicção de que o Vasco deveria disputar o maior número possível de partidas em São Januário. O argumento principal residia na significativa vantagem esportiva que o elenco geralmente obtém ao atuar em seu próprio estádio, diante de sua torcida.

Vasco: Análise Crítica dos Mandos de Campo Vendidos e o Impacto no Brasileirão
Foto: ( Vítor Silva, Botafogo)

Mané Garrincha: Um Cenário de Desafios para o Vasco

O desempenho recente do Vasco em 2025, fora de São Januário, contra adversários da Série A, resume-se a uma única vitória: o confronto contra o São Paulo, ocorrido antes da interrupção para a Copa do Mundo de Clubes. As outras três conquistas da equipe nesta temporada aconteceram em seu reduto, contra Santos, Sport e Fortaleza, reforçando a tese da importância do fator casa.

Adicionalmente, o histórico do Vasco em Brasília, no Estádio Mané Garrincha, é notavelmente desfavorável. Desde a conclusão da arena para a Copa do Mundo de 2014, o clube já mandou dez jogos válidos pela Série A do Campeonato Brasileiro neste local. O levantamento, realizado pelo Gato Mestre, revela um retrospecto de três empates e sete derrotas. A última vitória do time no estádio, por 4 a 0 contra o Trem-AP, ocorreu em 2024, mas pela Copa do Brasil, não pelo Brasileirão.

Confira a performance do Vasco no Mané Garrincha pelo Campeonato Brasileiro desde 2013:

Ano Partida Resultado
2013 Vasco x Flamengo 0 x 1
2013 Vasco x Corinthians 1 x 1
2015 Vasco x São Paulo 0 x 4
2018 Vasco x Corinthians 1 x 4
2018 Vasco x Flamengo 1 x 1
2019 Vasco x Flamengo 1 x 4
2024 Vasco x Palmeiras 0 x 1
2025 Vasco x Palmeiras 0 x 1
2025 Vasco x Botafogo 0 x 2

Os números e o desempenho recente sugerem que a estratégia de vender mandos de campo, embora possa trazer benefícios financeiros imediatos, acarreta um custo esportivo considerável. A ausência de São Januário, combinada com o histórico adverso em palcos alternativos como o Mané Garrincha, coloca em xeque a sustentabilidade dessa abordagem para um clube que busca consolidar-se na elite do futebol brasileiro.

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Fábio

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Comentado em 13/07/2025 15:30 Venda de mando pesa mas grana conta, blz
Rafael

Rafael

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Comentado em 13/07/2025 13:20 Vamo que vamo, Vasco! Ainda tem jogo em casa rs
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