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Vasco: Análise Crítica do Desempenho Físico e Gols Sofridos no Final dos Jogos
Por Redação FutVasco em 25/05/2025 12:11
O Club de Regatas Vasco da Gama tem demonstrado uma recorrente e preocupante vulnerabilidade nos derradeiros instantes de suas partidas, um padrão que culminou em resultados adversos e acendeu um sinal de alerta sobre a condição física e mental de seus atletas. A recente derrota para o Fluminense, em um clássico eletrizante no Maracanã, serviu como um doloroso lembrete dessa fraqueza, com o gol da virada tricolor, assinalado por Guga, inserindo-se em uma série de seis tentos sofridos pela equipe vascaína após os 40 minutos da etapa final nesta temporada.
Este fenômeno não é um incidente isolado, mas uma tendência que tem custado pontos preciosos e até mesmo a tranquilidade em competições eliminatórias. Um exemplo marcante ocorreu na Copa do Brasil, quando o Vasco viu sua vantagem de um gol ser desfeita nos acréscimos contra o Operário-PR. Aos 47 minutos do segundo tempo, Ademilson igualou o placar, forçando a disputa de pênaltis, onde a heroica atuação de Léo Jardim, com três defesas, evitou um desastre iminente e assegurou a classificação da equipe às oitavas de final.
A análise dos registros revela que essa falha de concentração ou esgotamento físico se estende por diversas frentes. Na Copa Sul-Americana, o embate contra o Melgar ilustra a mesma fragilidade: o time carioca liderava por 3 a 2 até os 44 minutos do segundo tempo, quando Cabrera empatou, frustrando as expectativas na estreia da fase de grupos. No Campeonato Brasileiro, o cenário se repetiu em Salvador, diante do Vitória, onde o Vasco , então sob o comando interino de Felipe Loureiro, cedeu um gol de Renato Kayzer que selou a vitória dos donos da casa, mais uma vez nos instantes finais.
O Padrão Alarmante dos Gols Sofridos no Fim do Jogo
Para ilustrar a gravidade e a recorrência deste problema, apresentamos um detalhamento dos gols sofridos pelo Vasco após os 40 minutos do segundo tempo, conforme dados levantados pelo Gato Mestre:
Competição | Jogo | Minuto do Gol Sofrido no 2ºT |
---|---|---|
2025-Carioca | Flamengo 2 x 0 Vasco | 00:43:03 |
2025-Sul-Americana | Melgar 3 x 3 Vasco | 00:44:21 |
2025-Brasileiro | Corinthians 3 x 0 Vasco | 00:45:14 |
2025-Brasileiro | Vitória 2 x 1 Vasco | 00:43:55 |
2025-Copa do Brasil | Vasco 1 (7 x 6) 1 Operário-PR | 00:47:26 |
2025-Brasileiro | Fluminense 2 x 1 Vasco | 00:41:28 |
A estatística é ainda mais contundente: dos 35 gols que o Vasco sofreu ao longo do ano, impressionantes 22 ocorreram na segunda etapa, representando 63% do total. Esse dado reforça a tese de uma queda de rendimento físico e/ou concentração à medida que os jogos avançam, um gargalo que exige atenção imediata da comissão técnica para a sequência da temporada. É um problema que, aliás, já havia sido percebido em gestões anteriores, como a de Fábio Carille, que em certa ocasião expressou não se recordar de "um jogo em que o Vasco havia sido linear".

Gestão de Elenco e a Busca por Regularidade
Questionado sobre a notória oscilação do Vasco entre os dois tempos e a dificuldade em manter a intensidade por noventa minutos, o técnico Fernando Diniz ofereceu sua perspectiva após o revés para o Fluminense:
Contra o Fortaleza melhoramos do primeiro para o segundo tempo, tivemos mais chances de gol. Contra o Operário, embora tenhamos levado gol no final, tivemos as melhores chances para fazer o segundo do que de tomar. Hoje, da metade do segundo tempo para frente, quando começamos a mexer muito na estrutura do time, de fato o Fluminense começou a jogar mais no nosso campo.
A intensa sequência de compromissos, com o clube disputando simultaneamente três competições, impõe um desafio adicional à gestão do elenco. A comissão técnica tem se dedicado a um rigoroso controle de carga para alguns dos jogadores mais importantes, especialmente no Campeonato Brasileiro, visando preservar a integridade física e mental em meio a uma agenda extenuante.
Atletas cruciais, como Coutinho, recebem monitoramento especial e, em algumas ocasiões, foram poupados de confrontos fora do Rio de Janeiro, com o objetivo de priorizar partidas de mata-mata. Um exemplo notório foi a ausência do camisa 11, assim como de Vegetti, no duelo contra o Palmeiras em Brasília, onde a equipe acabou derrotada por 1 a 0, em uma medida visando mitigar o desgaste acumulado. Essa estratégia de preservação, contudo, nem sempre se traduz em resultados positivos imediatos.
O Desafio Contínuo e o Próximo Confronto Decisivo
A gestão do desgaste e a busca por um desempenho mais consistente ao longo dos 90 minutos permanecem como um dos maiores desafios para Fernando Diniz e sua equipe técnica. O calendário apertado não concede trégua: o Vasco já tem um compromisso crucial nesta terça-feira, enfrentando novamente o Melgar pela última rodada da Copa Sul-Americana. Este confronto possui caráter decisivo, pois a vitória é imperativa para que o time assegure a classificação em segundo lugar do Grupo G.
A capacidade de superar essa fragilidade nos momentos derradeiros será fundamental para as ambições do Vasco na temporada. O jogo em São Januário, com bola rolando às 19h (de Brasília), será mais um teste para a resiliência e a preparação física do elenco cruzmaltino.
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