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Vasco: A Jornada de Lemos do Estrelato ao Ostracismo na Zaga Cruzmaltina

Por Redação FutVasco em 16/08/2025 19:21

A trajetória de Mauricio Lemos no Club de Regatas Vasco da Gama tem se revelado um paradoxo desconcertante. Contratado no início do ano com a promessa de ser a peça-chave para estabilizar o sistema defensivo, o zagueiro uruguaio, oito meses depois, encontra-se numa situação diametralmente oposta. Sua ausência na lista de relacionados para o recente confronto contra o Santos, determinada por uma escolha técnica de Fernando Diniz, é o mais recente indício de um prestígio em vertiginosa queda.

Lemos, que outrora representava uma esperança para a retaguarda cruzmaltina, hoje ocupa as últimas posições na hierarquia de preferências do treinador. Mesmo a saída de João Victor, que seguiu para o CSKA Moscou, não foi suficiente para reposicioná-lo na disputa por uma vaga entre os titulares. A escalação defensiva de Diniz para o embate contra o Santos priorizou Lucas Freitas, Lucas Oliveira e Luiz Gustavo, além da frequente utilização de Hugo Moura como uma alternativa para a zaga, demonstrando a clara preferência do comando técnico.

O Início Promissor e os Primeiros Obstáculos de Lemos no Vasco

Anunciado com pompa em 10 de janeiro, Lemos chegou a São Januário com um currículo que o credenciava como o "xerife" tão almejado. Suas referências eram robustas; Fábio Carille, por exemplo, chegou a contatar Felipão durante as tratativas, recebendo elogios enfáticos sobre as qualidades do defensor uruguaio. A expectativa era de que sua experiência e liderança fossem o antídoto para as fragilidades defensivas que assolaram o time na temporada anterior.

Contudo, a concretização dessas esperanças foi imediatamente freada por um revés. Problemas físicos, que já o acompanhavam desde sua passagem pelo Atlético-MG, limitaram sua participação no ano corrente e impuseram um ritmo cauteloso em sua preparação no Vasco . A comissão técnica optou por estender sua pré-temporada, adiando sua estreia e frustrando, em parte, a ansiedade da torcida por vê-lo em campo.

Sua primeira oportunidade como titular só veio na rodada inaugural do Campeonato Brasileiro, na vitória por 2 a 1 sobre o Santos, em 30 de março. Esse momento parecia inaugurar uma sequência promissora, com atuações posteriores contra Melgar e Puerto Cabello, pela Sul-Americana. Todavia, o destino reservou mais um infortúnio: uma fratura na costela o afastou dos gramados por mais de um mês, interrompendo abruptamente qualquer vestígio de continuidade.

A Era Diniz: Desafios Táticos e o Declínio de Atuação

Quando Lemos finalmente retornou à lista de disponíveis, o comando técnico já havia mudado, com a chegada de Fernando Diniz. Seu reencontro com o campo sob a nova gestão ocorreu na vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, embora sua participação tenha se limitado a uma entrada nos acréscimos da etapa final, um prenúncio de que sua reintegração não seria simples.

Sob a batuta de Diniz, o uruguaio não conseguiu se firmar. Sua velocidade, ou a falta dela em comparação com outros defensores como João Victor e Lucas Freitas , revelou-se um entrave para se adaptar à linha alta de marcação proposta pelo treinador. A preterição na partida contra o Santos não foi um caso isolado; em confrontos anteriores, como contra o Grêmio em São Januário, Lemos e Puma Rodríguez já haviam sido deixados de fora por decisão técnica.

Naquela ocasião, Fernando Diniz foi direto em sua justificativa:

"Já falei que foram uma escolha minha (as ausências) do Puma e do Maurício Lemos, pelo que enxerguei nos treinamentos. Resolvi deixar de fora, não vou me alongar em relação a isso"
.

Falhas Decisivas e a Busca por Novas Soluções na Zaga

Além das dificuldades táticas para se encaixar no esquema de Diniz, Lemos acumulou atuações aquém do esperado, com falhas pontuais que contribuíram para seu progressivo afastamento. A goleada de 4 a 0 sofrida para o Independiente del Valle, em Quito, e a derrota por 3 a 2 para o Mirassol, pelo Campeonato Brasileiro, são exemplos notórios. Em ambas as partidas, o zagueiro recebeu avaliações entre as mais baixas nas votações promovidas pelo ge, refletindo a percepção negativa de sua performance.

Ao todo, Lemos disputou apenas cinco partidas sob o comando de Fernando Diniz, sendo titular em somente duas delas. A incapacidade do jogador em se estabelecer, aliada à lacuna deixada pela saída de João Victor , impulsionou a diretoria vascaína de volta ao mercado. A busca por um novo zagueiro tornou-se uma prioridade na atual janela de transferências, com Carlos Cuesta, do Galatasaray, despontando como o principal alvo em negociações que se encontram em estágio avançado. A situação de Lemos, portanto, parece selada, com o clube buscando ativamente alternativas para a posição que ele deveria ter consolidado.

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Comentado em 16/08/2025 23:40 Força, Lemos! O Vasco sempre na luta!
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Comentado em 16/08/2025 21:31 Lemos foi promessa, virou lágrima, mas vamo que vamo, Vasco tem que seguir firme, mano! rs
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