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Vasco: A Análise Dura de Diniz Após Empate com Ceará no Brasileirão 2025
Por Redação FutVasco em 14/09/2025 23:51
A noite de domingo em São Januário trouxe mais uma dose de amargor para a torcida cruzmaltina. O empate em 2 a 2 entre Vasco e Ceará, válido pela 23ª rodada do Brasileirão 2025, deixou o técnico Fernando Diniz visivelmente frustrado. Em sua coletiva pós-jogo, o comandante admitiu a insatisfação com o resultado e a performance, mas ressaltou a natureza inerente do erro no futebol, mesmo diante de falhas individuais que custaram caro ao time.
A partida, que teve seus melhores momentos em destaque na cobertura esportiva, foi marcada por dois gols sofridos pelo Gigante da Colina, ambos decorrentes de descuidos individuais. Um deles, no último suspiro do confronto, selou a igualdade no placar. Diniz detalhou os lances, analisando a tomada de decisão em campo.
? O lance do PH ele podia ter chutado a bola e não chutou. Foi uma escolha dele. Quantas bolas ele chutou contra o Botafogo para frente? Chutamos muito mais do que saímos jogando. Isso é uma escolha do jogador e erros acontecem. Erros individuais então... hoje teve erro individual mais claro do que das outras vezes. Não vi erros individuais claríssimos, como você colocou no Atlético-MG, ou no Grêmio, Bragantino. (...) Futebol é um jogo de erro. Hoje tivemos erros que não costumamos cometer ? declarou o técnico.
As Falhas Decisivas: Erros que Custaram Caro
Os lances capitais que resultaram nos gols do Ceará ilustram a fragilidade momentânea da equipe. O primeiro ocorreu aos 15 minutos da etapa inicial, quando Mateus Carvalho cometeu um equívoco na saída de bola, facilitando a vida do adversário. A segunda falha, ainda mais dolorosa, veio aos 49 minutos do segundo tempo. Após um lançamento longo de Willian Machado para Fernandinho, Paulo Henrique não conseguiu conter o avanço do oponente. No rebote de Léo Jardim, Pedro Henrique aproveitou para empurrar a bola para o gol desguarnecido, decretando o empate.
A dor do resultado foi sentida por todos, e Diniz não se esquivou de validar o sentimento da torcida. A frustração, segundo ele, é um reflexo natural do que foi apresentado em campo.
? São dois erros que nem tínhamos cometido parecidos e levado o gol. Lamentamos, é muito triste e frustra todo mundo, principalmente a torcida. A torcida tem que ficar triste mesmo e sofrida. Todo mundo tem que ficar sofrido. O time não é que não performou, mas estava jogando muito bem no primeiro tempo até sofrermos o gol. A gente estava em cima do Ceará, com a marcação encaixada, o Ceará produzindo pouco. Depois que tomamos o gol demos uma desestabilizada, desorganizamos um pouco. No segundo tempo melhoramos na volta, depois desorganizamos de novo ? analisou o treinador.
Desempenho em Campo: Uma Montanha-Russa Tática
A avaliação de Diniz sobre o desempenho da equipe revelou uma oscilação preocupante. O Vasco , apesar de ter iniciado bem, se desestabilizou após o primeiro gol sofrido. A marcação que antes estava "encaixada" cedeu espaço, e a organização tática foi comprometida. Embora tenha havido uma melhora no início do segundo tempo, a equipe voltou a perder o prumo, culminando no gol derradeiro do Ceará. A análise do treinador aponta para uma dificuldade em manter a consistência ao longo dos 90 minutos, um desafio recorrente para o time.
O adversário, Ceará, foi reconhecido por Diniz como um time de qualidades, especialmente na defesa.
? O Ceará é um bom time. Se pegar os resultados deles, quase todos os jogos são empate, perde ou ganha pelo placar mínimo. É um time com defesa sólida, não é fácil. Tem seus méritos. Poderíamos ter jogado melhor. A equipe estava com boa desenvoltura até tomar o gol, depois se perdeu um pouco. Quando teve a expulsão tivemos, talvez, nosso melhor momento, soubemos aproveitar com as mexidas, tivemos chance de fazer o terceiro e depois o quarto gols, mas não fizemos. Infelizmente levamos o gol no lance derradeiro da partida ? explicou.
O Futuro Imediato e o Peso da Tabela
Com o resultado, o Vasco estacionou na 15ª posição da tabela, acumulando 23 pontos, um cenário que exige atenção redobrada. O calendário à frente não promete trégua, com desafios de peso que testarão a capacidade de reação da equipe. O próximo compromisso é um clássico contra o Flamengo, agendado para o próximo domingo (21), às 17h30, no Maracanã. Na sequência, o time enfrentará Bahia, Cruzeiro e Palmeiras, em uma série de confrontos que podem definir os rumos do Vasco na competição.
Escolhas e Avaliações Individuais: Vegetti, Coutinho e Nuno
Fernando Diniz também dedicou parte de sua coletiva a comentar sobre atuações individuais e suas escolhas táticas. Nuno Moreira e Philippe Coutinho receberam elogios do técnico por suas performances.
? Acho que os dois jogaram muito bem hoje. Nuno jogou muito bem, principalmente quando foi para a posição de segundo volante, produziu melhor ainda. Coutinho fez uma partida muito boa. Além do gol, foi muito assertivo, errou quase nada no jogo. Gostei muito dos dois ? afirmou Diniz.
A permanência de Vegetti em campo, tema de questionamentos frequentes, foi defendida pelo treinador. Diniz justificou a decisão pela necessidade de um jogador com presença na área, especialmente em um jogo que se desenhava com muitos cruzamentos.
? É uma pergunta meio recorrente. Eu não via motivos para tirar o Vegetti do jogo hoje, precisávamos de gente para fazer gol. Coloquei o David, que é um cara que tínhamos no banco e mais se aproximava de jogar um pouco dentro da área. Independente se estivéssemos com um jogador a mais ou não, era um jogo que ia terminar com muitos cruzamentos. Ele (Vegetti) é um cara especialista. Não está fazendo gol, principalmente na especialidade dele, de cabeça. Mas é um jogador que, mesmo quando não faz gol, está lá, a bola sobra para outro. É um cara que contribui muito na parte tática, na bola aérea, e é um jogador em quem acredito. Não quer dizer que não vá sair (do time titular). Hoje, não era um jogo em que eu achava que ele tinha que sair. Não achava de maneira nenhuma. Se tivesse mais um jogador alto, ia fazer talvez (um esquema) com dois centroavantes, porque o jogo ia acabar tendo muito cruzamento, como teve. Acabamos fazendo gol de cruzamento, tivemos outras chances também. O Ceará é um time que, quando a gente vai andando com a bola e ganhando campo, se tranca muito e as jogadas acabam saindo mais pelo lado. Hoje a gente precisava de presença de área, não de um 9 móvel. Poderíamos até ter. Se fosse um 9 móvel que chega na área, tudo bem. Se não a gente fica pensando no jogo contra o Santos, que não tem nada a ver com as características do jogo de hoje. Um jogo que tinha espaço, Santos jogava com a linha mais alta. No jogo de hoje, íamos empurrando o Ceará para trás e precisávamos de gente na área. Como que eu ia tirar o jogador que tem mais presença de área do time? Não tem nem sentido. Se fosse um jogo com outra característica, tudo bem. Talvez, dos jogadores que jogaram aqui, é quem menos deveria sair ? concluiu o técnico, reforçando sua confiança no atacante.
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