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Vasco 4x3 Vitória: Reviravoltas Épicas e o Alívio Crucial no Brasileirão
Por Redação FutVasco em 06/10/2025 03:10
O embate contra o Vitória representava uma oportunidade ímpar para o Vasco da Gama conquistar uma tão almejada estabilidade no Campeonato Brasileiro. A expectativa era de um triunfo em casa, em São Januário, sob o sol de um domingo, que permitiria ao clube respirar aliviado antes da pausa para a Data Fifa, distanciando-se da temida zona de rebaixamento. No entanto, mesmo com o gol inaugural de Nuno Moreira logo nos primeiros minutos, a jornada rumo aos três pontos esteve longe de ser tranquila. Após uma sucessão de viradas no placar, o objetivo foi finalmente alcançado, graças a uma postura de "tudo ou nada" implementada por Fernando Diniz para reverter um cenário que parecia desfavorável.
Não que o Vasco não tenha flertado com a vitória em diversos momentos da partida. Por duas ocasiões, a equipe carioca esteve à frente no marcador em seu próprio domínio. Contudo, os três gols do time baiano funcionaram como verdadeiros baldes de água fria para a torcida vascaína, com o terceiro tento sendo particularmente desanimador. Foi somente através de uma pressão intensa ? impulsionada por um audacioso esquema 2-2-6 adotado por Diniz no final do confronto ? e com o brilho das jovens promessas cruzmaltinas, que a equipe conseguiu o quarto gol, selando a vitória por 4 a 3 e garantindo os valiosos pontos.
O primeiro tempo da equipe vascaína foi, sem rodeios, desastroso, conforme a própria avaliação do técnico Fernando Diniz. O comandante resumiu a performance inicial, afirmando que o Vasco apenas "fez o gol no primeiro tempo, aos cinco minutos". A jogada se iniciou com uma arrancada pela direita, onde Rayan, mesmo desarmado, recuperou a posse e acionou PH. O lateral, que curiosamente havia sido convocado para a Seleção Brasileira naquele mesmo dia, cruzou com precisão na cabeça de Nuno Moreira , que não perdoou e abriu o placar em São Januário.
O Desastre da Etapa Inicial e a Virada Baiana
Contudo, a partir daquele momento, o domínio se inverteu. O Vitória assumiu completamente as rédeas da partida. Antes mesmo de chegar ao gol de empate, o time baiano já havia criado duas chances claras de balançar as redes. O Vasco , por sua vez, recuou suas linhas de marcação de forma excessiva, abandonou a pressão sobre a equipe comandada por Jair Ventura e demonstrou notável dificuldade em manter a posse de bola, entregando a iniciativa ao adversário.
Quando a equipe mandante tentou, timidamente, se posicionar no campo adversário, com os laterais avançados, o Vitória se mostrou letal em seus contra-ataques. Erick girou com facilidade sobre Nuno e Tchê Tchê, lançando com maestria para Cantalapiedra, que não hesitou em marcar o gol de empate dos baianos aos 26 minutos. Se o Vasco imaginou que o adversário se contentaria com a igualdade, cometeu um grave erro de avaliação. A equipe visitante manteve a intensidade e, apenas oito minutos depois, virou o placar com Lucas Halter, em um lance de cabeça que expôs falhas defensivas e onde Léo Jardim poderia ter tido uma saída mais efetiva do gol.
As vaias que ecoaram em São Januário no intervalo eram um reflexo justo da frustração da torcida com um time que, após abrir vantagem, acomodou-se e permitiu a virada. Em sua coletiva pós-jogo, Diniz fez questão de esclarecer que não havia instruído a equipe a recuar. No entanto, além do recuo exagerado, a falta de combate no meio-campo e a dificuldade em construir jogadas pelo centro foram evidentes. A presença de Tchê Tchê como titular, mais uma vez, não surtiu o efeito desejado, com o volante tendo uma atuação discreta tanto com quanto sem a bola. Em uma partida onde o Vasco demonstrava pouco controle, a participação de Vegetti no ataque passou quase despercebida.
A Resposta Tática e o Brilho das Joias
Seja pela entrada de Andrés Gómez e Lucas Piton, substituindo Puma Rodríguez e Vegetti , ou pela "bronca" de Fernando Diniz no vestiário, o fato é que o Vasco retornou para o segundo tempo com uma intensidade completamente diferente. As alterações, com a entrada do atacante colombiano e do lateral, conferiram maior agressividade ao time vascaíno por ambos os lados do campo, alterando significativamente a dinâmica do jogo.
A equipe conseguiu o empate aos sete minutos da segunda etapa, em uma jogada primorosa de PH para Andrés Gómez, que cruzou com precisão para Rayan marcar seu primeiro gol na partida. A pressão dos mandantes persistiu, e a arbitragem agiu corretamente ao assinalar um pênalti a favor do Vasco , após um passe de cabeça de Robert Renan ser interceptado pela defesa do Vitória com a mão. Rayan , cria de São Januário, demonstrou mais uma vez uma frieza de jogador experiente, convertendo a penalidade e virando o placar para o Cruzmaltino.
A essa altura, a vitória parecia, enfim, encaminhada para o Vasco . A festa em São Januário se intensificou ainda mais quando Lucas Halter foi expulso, após um empurrão em Paulo Henrique. Contudo, a equipe vascaína não conseguiu oferecer tranquilidade à sua torcida por muito tempo. No lance imediatamente seguinte à expulsão, o Vitória conseguiu o empate novamente, em uma falha clamorosa de Léo Jardim , que "catou borboleta" no alto e permaneceu no chão, pedindo falta. Os baianos aproveitaram a situação incomum, marcando um gol com o goleiro adversário caído.
"Tem um crédito imenso"
Apesar da falha, Diniz saiu em defesa do arqueiro em sua coletiva, afirmando que Léo Jardim "Tem um crédito imenso". A fala do treinador sublinhou a complexidade da partida, onde a instabilidade defensiva contrastava com a capacidade de superação do ataque. O Vasco , em um jogo de sete gols e emoções ininterruptas, conseguiu, no último suspiro, o triunfo que tanto buscava, garantindo um respiro na tabela do Brasileirão, mas deixando evidente a necessidade de ajustes para evitar futuros sustos.
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