Vasco Sob Nova Direção: Análise Detalhada das Finanças e Reestruturação do Elenco para 2025

Reestruturação Financeira e as Dívidas Herdadas

Um levantamento interno recente, entregue ao presidente Pedrinho, revelou um cenário financeiro preocupante no Vasco da Gama. A gestão da 777 Partners, que comandou o futebol do clube de agosto de 2022 a maio de 2024, deixou um rastro de pendências financeiras significativas. O relatório aponta que, desse período, apenas 18% dos valores referentes a negociações de jogadores, aquisição de direitos econômicos, luvas e comissões a empresários foram quitados.

Durante a administração da 777, o Vasco realizou 35 contratações que geraram despesas futuras, incluindo parcelas para clubes de origem e pagamentos de luvas contratuais. O relatório constatou que a gestão anterior estava em débito com 82% desses valores até maio de 2024, quando a gestão de Pedrinho assumiu o controle da SAF após uma liminar judicial que suspendeu os direitos da empresa norte-americana.

Prioridades da Nova Gestão e Renegociação de Passivos

Uma das primeiras ações da nova gestão liderada por Pedrinho foi a quitação de uma dívida de R$ 3,5 milhões com o Nacional pela contratação de Puma Rodríguez. Essa pendência era crucial, pois poderia resultar em um "transferban", impedindo o Vasco de inscrever novos jogadores. A prioridade foi regularizar essa situação para evitar maiores problemas.

Entretanto, o relatório revelou que a dívida total do Vasco com outros clubes por negociações conduzidas pela gestão anterior era de R$ 51,2 milhões. Além disso, o clube devia R$ 5,4 milhões em luvas e bônus aos jogadores do elenco, apesar dos salários e direitos de imagem estarem em dia. A nova diretoria tem se dedicado a renegociar esses passivos, buscando estender prazos e firmar acordos com clubes e empresários.

Desafios e Próximos Passos na Reestruturação

Apesar dos esforços para regularizar as finanças, ainda há um longo caminho a percorrer. O Vasco possui dívidas em aberto com jogadores que já deixaram o clube ou que não fazem parte dos planos atuais, como Serginho, que tem R$ 900 mil a receber. A comissão do empresário do jogador, referente a 10% do valor total do contrato, também está pendente.

O clube priorizou o pagamento de R$ 988 mil em luvas atrasadas para Payet, demonstrando o compromisso em regularizar as situações mais urgentes. A diretoria vascaína continua trabalhando para renegociar os passivos e buscar soluções que permitam ao clube se estabilizar financeiramente e focar no planejamento para a temporada de 2025. A situação financeira encontrada é um grande obstáculo, mas a gestão atual demonstra determinação em superá-lo.

A atual administração enfrenta um desafio considerável para colocar as contas em ordem e planejar um futuro sustentável para o Vasco . A transparência e o esforço na renegociação de dívidas são passos importantes para a recuperação do clube, que busca retomar o protagonismo no cenário do futebol brasileiro.