São Januário: O Dilema do Gramado e a Intervenção Urgente do Vasco

O Club de Regatas Vasco da Gama se prepara para um período de quase um mês sem compromissos em São Januário. A próxima exibição no estádio está agendada apenas para 2 de novembro, quando o time enfrentará o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro. Esta pausa estratégica será crucial para que a diretoria vascaína possa focar seus esforços na melhoria da condição estética do gramado, que tem sido alvo de preocupação devido à proliferação de manchas.

A direção do clube já estabeleceu contato com a empresa responsável pela manutenção do campo, buscando orientações e avaliações sobre os tratamentos mais adequados para o gramado durante este intervalo sem partidas. A questão das manchas no campo não é recente, remontando ao ano anterior. Em 2024, o problema, inicialmente concentrado na região central, expandiu-se por toda a extensão do terreno de jogo.

Embora as apurações indiquem que as imperfeições visuais não afetam a qualidade técnica da partida, o desconforto com a aparência do gramado intensificou-se nas últimas apresentações do time. Este cenário tem levado a uma série de encontros técnicos, tanto virtuais quanto presenciais, entre o Vasco e a Greenleaf, empresa que também cuida dos gramados de São Januário e do Maracanã.

Desafios Estéticos em São Januário: A Persistência das Manchas

A origem do problema reside em uma mutação identificada em uma das três camadas que compõem o gramado atual de São Januário, conforme já havia sido noticiado. Dado que cada camada foi instalada em momentos distintos, a solução permanente para o dilema das manchas exigiria a substituição completa da grama e do substrato subjacente ? uma intervenção que não ocorre há mais de duas décadas no estádio.

Contudo, a escassez de tempo inviabiliza uma reforma dessa magnitude antes do próximo confronto em casa. Diante dessa realidade, o clube e a Greenleaf planejam uma série de tratamentos específicos para os próximos vinte dias, com o objetivo de mitigar as variações de cor e melhorar a densidade do campo.

Em declarações concedidas ao canal Atenção Vascaínos, Lucas Pedrosa, agrônomo da Greenleaf, detalhou as ações previstas. Entre elas, destacam-se um manejo nutricional mais intensivo, processos de descompactação e oxigenação do solo, e a aplicação de uma cobertura de areia. Tais medidas visam diretamente aprimorar a uniformidade da coloração do gramado.

Tratamentos Emergenciais e a Longa Espera pela Reforma Definitiva

Vale recordar que, em agosto de 2024, o Vasco já havia aproveitado uma interrupção no calendário, entre a apresentação do jogador Coutinho e o embate contra o Bragantino, para aplicar um tratamento especial que resultou em uma melhoria perceptível na estética do campo. Naquela ocasião, a diretoria optou por não realizar uma substituição integral do gramado no final da temporada, antecipando a expectativa de uma reforma mais ampla de São Januário em 2025.

O panorama para o ano de 2025 mantém-se similar. O Vasco se encontra nas etapas finais de negociação para a venda definitiva do potencial construtivo. Com a aprovação da Prefeitura e a garantia dos recursos financeiros para a obra, o clube estará apto a dar início ao projeto de modernização do estádio. Novas reuniões entre a direção e a Greenleaf estão agendadas para o final deste mês, buscando alinhar as próximas estratégias.

Adicionalmente, o mês de novembro trará outro período sem jogos em São Januário, entre os dias 8 e 29, proporcionando mais uma janela para a continuidade dos trabalhos de manutenção e aprimoramento do gramado, em um esforço contínuo para elevar o padrão do palco cruzmaltino.