Rayan: Entenda Como Vasco Recusou Proposta Milionária de Textor e Hoje Ele Vale Mais de R$100 Milhões

O atacante Rayan, atualmente, é publicamente definido como "insubstituível" pelo técnico Fernando Diniz, uma peça central na estrutura do Vasco. Contudo, o caminho que o levou a ser o principal expoente do time cruzmaltino quase o desviou para outros horizontes. No final do ano passado, o jovem talento despertou o interesse de John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, resultando em uma robusta oferta do Lyon, clube também sob o controle do empresário. A proposta, que envolvia até o uso do Estádio Nilton Santos, ilustra a valorização precoce do jogador.

Neste momento, Rayan vive o auge de sua carreira no Gigante da Colina. A diretoria vascaína estabeleceu como prioridade manter o atacante nesta janela de transferências, inclusive efetuando a venda de Luiz Gustavo ao Bahia para equilibrar as finanças e assegurar sua permanência. O executivo Admar Lopes, em recente declaração, reiterou que não há qualquer negociação em andamento para sua saída, consolidando a postura do clube em preservar seu ativo mais promissor.

A Tentadora Oferta do Grupo Textor

O cenário que se desenhava no final do ano anterior, contudo, apresentava um contraste notável. Em novembro, John Textor formalizou uma proposta avaliada em 14 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 86 milhões na cotação da época, visando a contratação de Rayan para o Lyon. A negociação transcendia o aspecto financeiro direto pela aquisição do atleta.

A oferta englobava também a quitação de uma dívida de R$ 15 milhões do Vasco com a empresa de Thairo Arruda, valor referente à comissão pela intermediação da venda da SAF vascaína à 777 Partners. Adicionalmente, o acordo propunha um termo de aluguel do Estádio Nilton Santos, permitindo que o Vasco utilizasse a arena do Botafogo por um período de três anos. Essa condição se justificava pela expectativa, à época, de que São Januário passaria por um processo de reforma a partir de janeiro, embora as vendas do potencial construtivo do estádio não tenham se concretizado a tempo, e uma previsão para o início das obras ainda esteja pendente.

Foto: (Jorge Rodrigues/AGIF)

Obstáculos e o "Amor" de John Textor

O interesse do Lyon em Rayan já era um tema discutido há alguns meses. O Vasco , a princípio, via a negociação com bons olhos, considerando-a financeiramente vantajosa. Entretanto, um fator de cunho esportivo se tornou um entrave crucial para a concretização do negócio. O clube francês havia atingido o limite de jogadores estrangeiros em seu elenco, o que impossibilitaria a imediata integração de Rayan .

A solução proposta era o empréstimo do atacante a outro clube pertencente a Textor, o RWD Molenbeek, da Bélgica. Contudo, o fato de a equipe belga ter sido rebaixada para a segunda divisão nacional fez com que a equipe que representa o jogador vascaíno considerasse a proposta desfavorável em termos de desenvolvimento de carreira.

No mesmo mês de novembro, Textor não hesitou em expressar publicamente sua admiração por Rayan . Após um confronto entre Botafogo e Vasco no Nilton Santos, vencido por 3 a 0 pelo alvinegro, o empresário fez questão de cumprimentar todos os atletas vascaínos, incluindo o jovem atacante. Na ocasião, Textor comentou sobre a dificuldade de contratá-lo, mas não escondeu seu apreço:

"Ele é um jovem talento. Ele é um jogador do Vasco até não ser um jogador do Vasco. Todo mundo gosta do Rayan. É difícil contratar o Rayan, mas, obviamente, nós o amamos."

A Ascensão Irreversível de Rayan e Sua Nova Avaliação

Meses após o episódio da proposta do Lyon, o atacante consolidou sua ascensão. Sob a batuta de Fernando Diniz, Rayan conquistou maior espaço e confiança, transformando-se em um dos xodós da torcida e, internamente, em um jogador inegociável para a diretoria nesta janela de transferências. Se antes a possibilidade de sua saída para o grupo de Textor era real, hoje ele figura entre os ativos mais valorizados do elenco .

Em maio deste ano, o Vasco recebeu uma consulta do Besiktas, da Turquia, sobre a situação do jogador, e a resposta foi categórica: o clube não se senta à mesa de negociações por um valor inferior a R$ 100 milhões. A valorização de Rayan , impulsionada por suas performances consistentes com Diniz, é cada vez mais evidente, e há uma convicção interna de que seu preço mínimo de mercado já superou essa marca.

A evolução de Rayan sob o comando de Fernando Diniz é notável e pode ser quantificada:

Nesta quarta-feira, o destino reserva um novo capítulo para Rayan , que estará em campo por seu Vasco em São Januário, às 21h30, para enfrentar justamente o Botafogo, clube de John Textor, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Um confronto que carrega não apenas a rivalidade clássica, mas também a memória de um passado recente onde os caminhos poderiam ter sido bem diferentes para a jovem estrela vascaína.