Licitação do Maracanã: Vasco sob suspeita de uso indevido de jogos

Durante a abertura das propostas técnicas da licitação do Maracanã, o vice-presidente geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, lançou uma séria acusação contra o Vasco. Segundo Dunshee, o clube cruzmaltino teria incluído jogos do Santos e do Brusque em sua proposta para aumentar sua pontuação nos critérios técnicos.

A WTorre, parceira do Santos na reforma da Vila Belmiro, também faz parte do consórcio do Vasco na tentativa de administrar o estádio pelos próximos 20 anos. Dunshee afirmou ter recebido informações de que o Vasco estaria tentando "somar" jogos de outros clubes aos seus para atingir a pontuação máxima no item, que seria dada a quem apresentasse pelo menos 70 datas por ano.

O edital da licitação estabelece que os participantes devem apresentar documento comprovando que são detentores de pelo menos 25 datas oficiais de futebol, sendo que 75% devem ser do Brasileirão (A ou B), além da Copa do Brasil e de competições internacionais (Libertadores e Sul-Americana). O Vasco conseguiria esse mínimo sozinho, mas a pontuação máxima exigiria que apresentasse pelo menos 70 datas por ano.

O CEO da SAF do Vasco , Lúcio Barbosa, não quis comentar especificamente sobre a proposta que fez, alegando a orientação da comissão de que a análise dos documentos se daria de forma mais detalhada quando o governo do Rio fizer a publicação no sistema.

O consórcio RNGD, que não tem formalmente um clube específico ao seu lado, afirmou estar aberto a todos os clubes e previu uma média de jogos para Flamengo e Fluminense, que não têm outro estádio para mandar suas partidas.

A proposta técnica tem peso de 60% da pontuação total da licitação, enquanto a proposta financeira representa 40%.