Lucas Freitas do Vasco: "Eu não toquei no cara" - Entenda a Polêmica do Pênalti de Claus

Um lance de extrema controvérsia marcou o confronto entre Sport e Vasco, válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Ilha do Retiro. A decisão do árbitro Raphael Claus de assinalar um pênalti a favor da equipe pernambucana no primeiro tempo provocou imediata e veemente reação do zagueiro Lucas Freitas, do Vasco , que considerou a marcação equivocada e prejudicial à sua equipe.

O episódio crucial ocorreu aos 21 minutos da etapa inicial. Matheus Alexandre, atacante do Sport, avançou pela faixa direita do campo, penetrou na área adversária e, após uma disputa com Lucas Freitas , desabou. O defensor cruzmaltino, no calor do momento, prontamente ergueu as mãos em sinal de protesto, alegando não ter estabelecido contato com o adversário. Contudo, a ponderação do zagueiro não alterou a convicção do juiz.

Raphael Claus, sem titubear, manteve sua decisão original, optando por não recorrer à revisão do lance pelo VAR. A penalidade máxima foi então convertida por Lucas Lima, que igualou o placar. Apesar do revés inicial, a equipe vascaína demonstrou resiliência, conseguindo reassumir a liderança no marcador ainda antes do intervalo.

A Voz do Zagueiro: Profissão e Indignação em Campo

Ao se dirigir aos vestiários para o intervalo, Lucas Freitas não hesitou em vocalizar seu profundo descontentamento com a atuação da arbitragem. Suas declarações revelaram uma mistura de frustração profissional e a percepção de uma injustiça que impactava diretamente o esforço de sua equipe.

- Eu nunca vi aqui cobrar ninguém, cobrar a arbitragem, pelo contrário. Sei que são seres humanos e podem errar, com certeza o VAR está aí para corrigi-los. Só que é muito chato para a gente. A gente trabalha, é a nossa profissão, nossa vida, é nosso prato de comida - desabafou o zagueiro vascaíno.

O defensor enfatizou a importância de um critério mais rigoroso em momentos que podem definir o rumo de uma partida, especialmente quando a tecnologia está disponível para auxiliar na tomada de decisões. Ele insistiu que o contato alegado não ocorreu, e a ausência de uma checagem pelo VAR apenas intensificou sua sensação de prejuízo.

- Um lance decisivo desse tem que ter mais cuidado. Quando eu falei para ele que não toquei no cara, eu não toquei. Ele nem esperou o VAR ver. Ele já falou "foi pênalti". Disse que não toquei na bola, só o jogador, então é pênalti. Mas ele poderia ter visto. Isso prejudica não só o meu trabalho, mas o da nossa equipe. Nossa equipe foi bem pra caramba mentalmente, conseguimos fazer um gol, mas eu fico chateado porque isso é minha vida, não estou aqui brincando - completou Freitas, expressando a seriedade com que encara o futebol e as consequências de decisões arbitrais.

A Reação Cruzmaltina: Superando a Adversidade Arbitral

Apesar da polêmica e do gol sofrido, o Vasco demonstrou capacidade de superação. No decorrer do segundo tempo, a equipe carioca ampliou sua vantagem no placar, fechando o jogo em 3 a 1. O terceiro gol vascaíno veio por meio de outra penalidade, desta vez convertida por Vegetti, consolidando a vitória.

Com esse resultado positivo, a equipe sob o comando de Fernando Diniz conseguiu, ainda que provisoriamente, deixar a delicada zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mostrando uma resposta robusta em campo à adversidade imposta pela contestada decisão arbitral.