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Léo Jardim: Reação Pós-Expulsão Contra Inter e Evolução do CT Vasco

Por Redação FutVasco em 04/09/2025 19:51

A vida de um atleta profissional é repleta de momentos de glória, mas também de provações inesperadas. O goleiro Léo Jardim, um dos pilares defensivos do Vasco da Gama, recentemente revisitou um desses episódios marcantes: sua expulsão em um confronto crucial contra o Internacional, no Beira-Rio, em julho passado. A situação, que gerou amplo debate, foi detalhada pelo próprio jogador, revelando a complexidade do instante e suas consequências imediatas.

A polêmica se deu aos 38 minutos do segundo tempo, com o placar favorável ao Vasco por 1 a 0. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza exibiu o segundo cartão amarelo ao goleiro, culminando em sua saída de campo. O motivo alegado foi a demora excessiva em reiniciar a partida, enquanto Jardim permanecia no gramado, afirmando sentir dores. Uma sequência de eventos que, aos olhos do jogador, foi um desentendimento lamentável.

O Relato Íntimo da Expulsão de Léo Jardim

Em sua narrativa, Léo Jardim esclareceu a verdadeira natureza de seu desconforto físico, que contradizia a percepção de uma mera tentativa de retardar o jogo. "Eu realmente estava com uma lesão, estava com dor. Eu estava caído, só que aí, nesse meio tempo todo, ia trocar algum jogador e era a última pausa. Não poderia parar de novo o jogo, e aí chamou mais um jogador, que não estava pronto. E aí nesse tempo todo o Flavio (Rodrigues de Souza ) foi ficando nervoso porque o jogo ficou parado muito tempo, só que eu estava caído", explicou o atleta. Ele ainda complementou sobre a dificuldade de atendimento: "E eu falei, 'só vou passar o spray', porque o Dudu, fisioterapeuta, estava ali do lado só que o bandeira não deixou ele entrar em campo, e a gente esperou o árbitro vir e autorizar."

A tensão escalou rapidamente. O árbitro, segundo o relato de Jardim, não hesitou em sua decisão. "Ele veio e já falou: 'se você não levantar, eu vou expulsar'. Eu falei: 'não, só quero o spray'. E aí já deu vermelho. Foi essa confusão toda", relembrou o goleiro, descrevendo o sentimento de desamparo que o dominou. "Eu fiquei com uma cara de cachorro sem dono, né? O cachorro que caiu do caminhão de mudança." A expulsão teve um impacto direto no resultado, pois, com Daniel Fuzato na meta, o Internacional conseguiu o empate aos 45 minutos com Carbonero.

Controvérsia Arbitral e Atestado Médico

A versão do Vasco sobre o incidente foi corroborada por um boletim médico divulgado no dia seguinte à partida. Exames de imagem confirmaram a existência de "hematomas musculares profundos" e uma contusão por trauma na bacia, atestando a veracidade das dores de Léo Jardim . No entanto, a súmula do jogo apresentava uma perspectiva distinta, com Flávio Rodrigues de Souza alegando que o goleiro teve tempo suficiente para atendimento e que a paralisação do jogo foi intencional.

A Comissão de Arbitragem da CBF, através de seu presidente Rodrigo Cintra, endossou a postura do juiz, afirmando que Flávio Rodrigues de Souza havia esgotado as alternativas e que o jogador "não quis atendimento". Este embate entre a versão do atleta, o diagnóstico médico e a interpretação da arbitragem sublinha a complexidade das decisões em campo e a dificuldade de conciliar a percepção humana com a rigidez das regras.

A Evolução da Estrutura: Do Choque à Excelência no CT

Além dos desafios enfrentados dentro das quatro linhas, Léo Jardim também ofereceu um panorama sobre a evolução das condições de trabalho no Vasco , especificamente no CT Moacyr Barbosa. Sua chegada ao clube em 2023 foi, em suas palavras, um "baque" ou um "choque da realidade", evidenciando um contraste significativo com o que encontrou inicialmente e o que se vê hoje. O goleiro destacou as transformações notáveis na infraestrutura do centro de treinamento nos últimos dois anos.

As melhorias não se limitaram a pequenos ajustes, mas representaram uma verdadeira modernização do espaço. "Comparado a como está hoje, era muito abaixo. Deu (uma impactada). A estética do CT já é bem diferente. Você entra e vê uma coisa muito diferente", afirmou Jardim. A inauguração de uma área molhada, equipada com uma piscina de 7,60m x 3,60m e dez banheiras de hidromassagem, é um testemunho do investimento em recuperação e bem-estar dos atletas. Além disso, o paisagismo e as melhorias na academia e na área de fisioterapia foram pontos cruciais de sua análise.

Essa transformação, conforme comunicado pelo clube, faz parte de um "plano contínuo de aprimoramento", que visa oferecer um ambiente de trabalho de ponta para jogadores e comissão técnica. A visão de Léo Jardim , que vivenciou a disparidade entre o passado recente e o presente, ressalta a importância desses avanços para o desempenho e a moral do elenco. A busca por excelência, tanto no campo quanto na infraestrutura, parece ser a bússola que guia o Vasco neste novo ciclo.

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