Insegurança no Rio: Jogadores de Futebol Alvos de Assaltos

A Criminalidade Crescente no Rio de Janeiro e o Impacto no Futebol

A recente experiência traumática vivenciada por Rossi, goleiro do Flamengo, na Linha Amarela, lança luz sobre um problema alarmante que assola o Rio de Janeiro: a crescente onda de criminalidade. Infelizmente, o caso de Rossi não é um incidente isolado, mas sim parte de uma tendência preocupante que tem afetado também jogadores de outros clubes cariocas, como Fluminense e Vasco.

Este panorama de violência urbana levanta sérias questões sobre a segurança na cidade e o impacto psicológico e profissional sobre aqueles que, apesar de sua fama e sucesso, se tornam alvos fáceis da criminalidade.

Foto: (Liamara Polli/AGIF)

Keno, do Fluminense: Assaltos em Série

O atacante Keno, do Fluminense, foi vítima de dois assaltos em um curto espaço de tempo, no início do ano. Os incidentes ocorreram em 24 de janeiro e 13 de março, expondo a vulnerabilidade dos atletas, mesmo em áreas consideradas de grande circulação.

O primeiro assalto ocorreu na mesma Linha Amarela onde Rossi foi atacado. Keno retornava de uma partida do Campeonato Carioca no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, acompanhado de seus companheiros Lima, Thiago Santos e Lelê. Na ocasião, o veículo e seus pertences foram levados pelos criminosos.

O segundo assalto ocorreu na Barra da Tijuca, quando Keno, após deixar a casa de Lima com sua família, foi abordado por criminosos que levaram seu carro e celular. Curiosamente, o veículo foi recuperado a tempo para que Keno pudesse participar do clássico contra o Flamengo, onde marcou um gol na derrota do Fluminense por 2 a 1.

Souza, do Vasco: Vítima em Olaria

Em setembro do ano passado, foi a vez de Souza, jogador do Vasco , ser vítima da violência. O assalto ocorreu no bairro de Olaria, na Zona Norte, enquanto o atleta estava na companhia de seu filho Nicolas.

Os criminosos levaram o carro, pertences e até os chinelos do jogador, deixando-o descalço na rua Leopoldina Rego. Em um vídeo postado em seu Instagram, Souza relatou o ocorrido: "Acabei de ser assaltado na rua Leopoldina, perto de Olaria. Levaram tudo. Levaram até meu chinelo, celular. O cara estava de fuzil, levaram o carro. Estávamos eu e o Nicolas, consegui tirar o Nicolas. Me deixaram descalço. Está tudo bem, graças a Deus."

Outros Casos de Violência: Márcio Gomes e a Baixada Fluminense

A violência não se restringe apenas aos jogadores em atividade. O ex-jogador do Botafogo, Marcio Gomes, também foi vítima de um assalto no dia 1º de fevereiro, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Na ação, o ex-volante teve a calça arrancada pelos criminosos, que levaram seu carro e seus pertences.

Marcio Gomes, que estava parado com seu veículo, foi surpreendido pelos bandidos. Ao tentar sair do carro, a chave ficou presa na calça, momento em que o criminoso o derrubou e arrancou sua roupa, deixando-o apenas de cueca.

A Trajetória de Marcio Gomes

Revelado nas divisões de base do Botafogo, Marcio Gomes se profissionalizou no clube em 2002, onde permaneceu até 2005. Durante sua passagem pelo Glorioso, disputou 72 jogos e marcou cinco gols. Posteriormente, atuou por diversas equipes de menor expressão, como Volta Redonda, Resende, Macaé, América (RJ), Audax e Portuguesa (RJ). Seu último clube foi a Lusa carioca, em 2015.

Os casos de Rossi , Keno, Souza e Marcio Gomes, entre outros, demonstram que a violência no Rio de Janeiro não escolhe suas vítimas. É fundamental que as autoridades tomem medidas eficazes para garantir a segurança de todos os cidadãos, incluindo os atletas, que representam um patrimônio importante para o esporte e a cultura da cidade.