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Fluminense Desmascarado: O Colapso Contra o Vasco no Maracanã
Por Redação FutVasco em 20/10/2025 22:02
O clássico confronto no Maracanã revelou mais do que apenas um resultado em campo; expôs uma série de fragilidades no elenco do Fluminense, que sucumbiu diante da imposição do Vasco. A performance do rival, marcada por erros individuais e uma notável falta de coesão coletiva, oferece um panorama desolador para seus torcedores e uma clara evidência da superioridade vascaína na partida. A seguir, uma análise detalhada das atuações dos jogadores tricolores, evidenciando os pontos que culminaram na vitória cruzmaltina.
A Fragilidade Defensiva e a Queda do Goleiro
A linha defensiva do Fluminense apresentou falhas gritantes, com o goleiro Fábio protagonizando momentos de incerteza. No primeiro tento vascaíno, a trajetória da bola foi alterada por um desvio, confundindo o arqueiro. Contudo, no segundo gol, sua intervenção foi decisivamente falha, um erro incomum que o coloca entre os principais responsáveis pelo revés no Maracanã. A confiança na retaguarda foi abalada.
Ao seu lado, Freytes foi notavelmente exposto pela agressiva marcação alta imposta pelo Vasco . O zagueiro viu a bola que resultou no primeiro gol vascaíno desviar em seu joelho antes de balançar as redes. Após o segundo gol do time da Colina, sua atuação tornou-se ainda mais precipitada, com recorrentes "rifadas" de bola, demonstrando afobação desnecessária. Em contraste, Thiago Silva, embora não pressionado da mesma forma, conseguiu manter um nível de desempenho mais consistente, sendo o principal responsável pela saída de bola e vencendo a maioria dos duelos individuais.
As laterais também não escaparam da crítica. Samuel Xavier, no primeiro tempo, dedicou-se mais à contenção de Nuno Moreira -Coutinho do que a apoiar o ataque, sendo posteriormente substituído. Renê, por sua vez, passou a maior parte do confronto em uma caçada incessante a Rayan, obtendo sucesso em alguns embates, mas falhando em outros e contribuindo minimamente no aspecto ofensivo.
O Meio-Campo Desarticulado e a Perda de Batalhas
O setor de meio-campo do Fluminense exibiu uma preocupante desarticulação, falhando em conter as investidas vascaínas e em criar oportunidades claras. Martinelli, considerado o melhor de seu setor, ainda que sua atuação não possa ser classificada como boa, tentou auxiliar tanto na defesa quanto no ataque. Contudo, a afobação resultou em uma série de passes errados, minando qualquer tentativa de construção.
Hércules, apesar da intensa movimentação, concedeu espaços cruciais e não conseguiu interceptar a jogada que culminou no segundo gol do Vasco . Suas contribuições ofensivas foram limitadas por inúmeros erros de passe. Lucho Acosta, que vinha de boas atuações, esteve apagado no clássico. Quando teve a posse de bola, demonstrou lampejos de qualidade, mas foi superado no confronto físico contra Barros, perdendo diversas bolas importantes.
Os jogadores que entraram no decorrer da partida, como Guga, Lima e Soteldo, tiveram tempo insuficiente para influenciar o resultado, recebendo a justa avaliação de "sem nota" devido à sua breve participação.
A Ineficácia Ofensiva e o Destaque Negativo de Cano
O ataque do Fluminense foi a encarnação da frustração, com a ineficácia ditando o ritmo. O nome mais criticado, e com razão, foi Cano. O centroavante protagonizou uma perda de chance "inacreditável" no primeiro tempo, um lance que poderia ter mudado o rumo da partida. Além disso, sua participação na sequência das jogadas foi deficiente, com passes errados no meio-campo. A performance questiona sua titularidade, sugerindo que o jogador não tem feito por merecer a posição.
Canobbio, embora demonstrasse disposição, contribuiu menos do que o esperado e foi substituído no segundo tempo pela falta de produtividade. John Kennedy, ao entrar com o placar já adverso, pecou pelo individualismo excessivo, prendendo a bola em demasia e pouco produzindo. Serna, outro atacante, perdeu a posse de bola de forma facilitada no lance do gol vascaíno e, no ataque, sua contribuição foi mínima.
Mesmo Keno, que buscou arriscar alguns chutes após entrar com o jogo já decidido, não conseguiu converter suas tentativas em perigo real. A ausência de um poder de fogo consistente foi um dos pilares da derrota tricolor.
As Escolhas Equivocadas do Comando Técnico
A responsabilidade pela performance pífia do Fluminense não recai apenas sobre os jogadores. O técnico Luis Zubeldía também foi alvo de severas críticas. Sua escalação inicial é apontada como equivocada, e suas substituições não surtiram o efeito desejado. O resultado foi uma equipe "extremamente fragilizada" no segundo tempo, incapaz de reagir à vantagem vascaína. Sua atuação à beira do gramado foi considerada "muito mal", ecoando problemas já observados em confrontos anteriores, como contra o Juventude.
Tabela de Atuações: Fluminense vs. Vasco
A seguir, um resumo das avaliações dos jogadores do Fluminense, com as notas atribuídas e um breve comentário sobre suas performances:
| Jogador | Posição | Nota GE | Nota Público | Observação |
|---|---|---|---|---|
| Fábio | GOL | 4.0 | 4.0 | Enganado no 1º gol, falhou feio no 2º. Um dos responsáveis pela derrota. |
| Samuel Xavier | LAT | 5.0 | 5.0 | Pouco subiu ao ataque, focado na contenção. Substituído. |
| Guga | LAT | -- | -- | Entrou no fim, pouco tempo para contribuir. Sem nota. |
| Thiago Silva | ZAG | 5.5 | 5.5 | No geral, bem. Responsável por saídas de bola, venceu a maioria dos combates. |
| Freytes | ZAG | 4.0 | 4.0 | Explorado pela marcação alta, bola do gol desviou nele. Afobado após o 2 a 0. |
| Renê | LAT | 5.0 | 5.0 | Passou o jogo caçando Rayan, pouco contribuiu ofensivamente. |
| Martinelli | MEI | 5.5 | 5.5 | Melhor do meio-campo, mas com muitos passes errados por afobação. |
| Hércules | MEI | 4.5 | 4.5 | Correu muito, mas deu espaços e errou passes. Não matou jogada do 2º gol. |
| Lucho Acosta | MEI | 4.5 | 4.5 | Sumido, não foi bem. Perdeu muitas bolas no jogo físico. |
| Lima | MEI | -- | -- | Entrou no fim, pouco tempo para contribuir. Sem nota. |
| Canobbio | ATA | 4.5 | 4.5 | Muita disposição, mas pouca contribuição. Justamente substituído. |
| Keno | ATA | 5.0 | 5.0 | Entrou com jogo resolvido, tentou chutes sem perigo. |
| Cano | ATA | 3.0 | 3.0 | Perdeu chance "inacreditável". Muito mal na sequência das jogadas, não faz por merecer titularidade. |
| John Kennedy | ATA | 4.5 | 4.5 | Entrou com placar adverso, pecou pela individualidade, prendeu a bola demais. |
| Serna | ATA | 3.5 | 3.5 | Perdeu a bola facilmente no lance do gol do Vasco. Pouco contribuiu no ataque. |
| Soteldo | ATA | -- | -- | Entrou no fim, pouco tempo para contribuir. Sem nota. |
| Luis Zubeldía | TEC | 3.5 | 3.5 | Errou na escalação e substituições. Equipe "extremamente fragilizada" no 2º tempo. Sua atuação à beira do gramado foi considerada "muito mal". |
A derrota do Fluminense para o Vasco foi um espelho de uma atuação coletiva e individual abaixo do esperado, que serviu para sublinhar a competência do time vascaíno no clássico. Da meta ao ataque, passando pelo banco de reservas, as peças tricolores não se encaixaram, resultando em um desempenho que reforça a convicção de que o Gigante da Colina soube aproveitar cada brecha do adversário para consolidar sua vitória.
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