Filho de Vegetti Recusa Rossi: Amizade Gringa de Vasco, Flamengo e Botafogo

O futebol, em sua essência, é um esporte de paixões e rivalidades intensas, especialmente no Rio de Janeiro. Contudo, por trás da ferocidade dos gramados, existe uma dimensão humana que, por vezes, transcende as cores dos uniformes. Um episódio recente, envolvendo o filho do atacante Pablo Vegetti, do Vasco, e o goleiro Agustín Rossi, do Flamengo, trouxe à tona essa dualidade, viralizando nas redes sociais e provocando reflexões sobre a lealdade clubística e os laços pessoais entre os atletas.

A cena, capturada instantes antes do clássico entre Flamengo e Vasco no Maracanã, mostrou um encontro entre os dois argentinos no túnel de acesso ao campo. Ambos, pais orgulhosos, caminhavam de mãos dadas com seus filhos. Após um abraço cordial entre os atletas e uma breve interação de Vegetti com o filho de Rossi , o goleiro rubro-negro se inclinou para cumprimentar Vittorio, o pequeno filho de Vegetti . Em um gesto espontâneo e inconfundível, o menino recuou a mão e balançou a cabeça em negativa, recusando o cumprimento. Uma demonstração clara e inocente de uma lealdade que, para a criança, já se manifesta sem reservas.

A Lealdade Cruzmaltina Mirim e o Contraste da Convivência

Esse momento, que rapidamente se espalhou e gerou inúmeros comentários, é um lembrete vívido de como a rivalidade pode ser percebida e internalizada, mesmo nas gerações mais jovens. Contudo, essa imagem contrasta diretamente com a realidade dos adultos fora dos holofotes. Longe dos estádios e das pressões dos jogos, os laços de amizade e camaradagem entre jogadores de clubes rivais não apenas existem, mas florescem.

Um exemplo notável dessa convivência pacífica é o que ocorre entre o zagueiro Victor Cuesta, do Botafogo, e os já mencionados Vegetti e Rossi . Recentemente, a festa de aniversário de quatro anos de Victório, filho de Cuesta, reuniu esses e outros atletas em um ambiente de descontração. Além de Rossi e Vegetti , o evento contou com a presença dos companheiros de Cuesta no Botafogo, Mateo Ponte e Montoro. A imagem, compartilhada pelo próprio zagueiro alvinegro em suas redes, revelou uma curiosidade: apesar da ascendência argentina dos envolvidos, a temática escolhida para a celebração foi o Brasil, com direito a uma imagem em tamanho real do craque Neymar.

Amizade "Gringa" e Laços Familiares Além do Campo

Este não foi um evento isolado; a "união gringa" é, na verdade, uma constante nos bastidores do futebol carioca. Encontros familiares e reuniões informais são frequentes entre esses atletas. A proximidade geográfica, por exemplo, é um fator que estreita esses laços: Pablo Vegetti e Victor Cuesta, por exemplo, residem no mesmo condomínio na Barra da Tijuca. Essa vizinhança propiciou uma amizade consolidada, não apenas entre os jogadores, mas também entre seus filhos, que frequentam a mesma instituição de ensino.

Essa relação de proximidade não é novidade. Em julho passado, o atacante vascaíno já havia marcado presença no aniversário do filho mais velho de Cuesta, demonstrando que a amizade perdura há algum tempo. Esses encontros nos bastidores revelam uma faceta do futebol que nem sempre é visível ao público: a capacidade dos profissionais de separar a competitividade inerente ao esporte dos relacionamentos pessoais e familiares, construindo pontes onde a rivalidade, para muitos, pareceria intransponível. A imagem do filho de Vegetti , portanto, embora viral e divertida, serve como um espelho de uma dicotomia complexa e fascinante do universo do futebol.