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Diniz Rompe o Silêncio: Análise Crucial Após Derrotas do Vasco no Brasileirão
Por Redação FutVasco em 08/11/2025 21:21
O Club de Regatas Vasco da Gama experimentou um novo revés em sua jornada no Campeonato Brasileiro, registrando a terceira derrota consecutiva. A equipe cruzmaltina foi superada pelo Juventude por 3 a 1, em confronto realizado neste sábado em São Januário. O resultado marca um declínio notável após uma fase promissora de quatro vitórias seguidas na competição.
Após o término da partida, o técnico Fernando Diniz compareceu à coletiva de imprensa para abordar o período desafiador que o elenco atravessa. Ele expressou seu descontentamento com a performance recente, reconhecendo o impacto sobre a torcida, que, em sua visão, "merece mais". Diniz, contudo, fez questão de ponderar o cenário, contextualizando a sequência negativa em um curto espaço de tempo.
"A gente tem que ficar triste porque o torcedor não merece isso aí, merece mais. E futebol é assim mesmo: é tudo rápido. Estamos falando de uma semana. Não podemos falar de terra arrasada porque é uma semana, três jogos", afirmou o treinador, destacando a rapidez com que a dinâmica do futebol pode mudar. Os insucessos recentes incluem duelos contra São Paulo e Botafogo, ambos precedendo o embate com o Juventude.
O Declínio Cruzmaltino: Entendendo a Sequência Negativa
A série de resultados desfavoráveis começou no último domingo, com uma derrota para o São Paulo em seus domínios. Na quarta-feira seguinte, o time foi superado pelo Botafogo no Estádio Nilton Santos, culminando com o placar adverso diante da equipe gaúcha. Diniz ressaltou as nuances de cada confronto, indicando que as atuações foram distintas.
Foram diferentes. Contra o São Paulo, jogamos bem a maior parte do jogo, mas precisa vencer, não adianta só jogar bem, tem que traduzir em vitória. Contra o Botafogo, fomos muito mal, acertamos quase nada, faltou muita coisa. E, hoje, jogamos bem até tomar o primeiro gol, com 37 minutos do primeiro tempo.
No duelo contra o Juventude, o Vasco abriu o placar com Rayan. No entanto, a vantagem foi efêmera, e o time visitante conseguiu a virada ainda na primeira etapa, com gols de Marcelo Hermes e Nenê. No segundo tempo, a situação se agravou com a expulsão de Paulo Henrique, que deixou o Vasco com um jogador a menos. Poucos minutos depois, Ewerthon selou o placar final, marcando o terceiro gol do Juventude.
A análise do técnico sobre os gols sofridos foi incisiva. "Fizemos o primeiro gol, podíamos ter feito o segundo e terceiro. Aí tomou o gol, depois o segundo poucos minutos depois, com duas falhas totalmente evitáveis", criticou Diniz. Ele detalhou os erros, apontando para um passe forçado desnecessário no primeiro gol, com superioridade numérica do Vasco , e uma saída de bola arriscada pelo meio no segundo, em um momento de desorganização tática. "O segundo gol não tem sentido nenhum sair com a bola por dentro, com o time todo desorganizado no campo", completou.
Falhas Cruciais e o Impacto na Confiança Vascaína
Com a derrota, o Vasco permanece com 42 pontos, ocupando a 10ª posição na tabela do Brasileirão. O calendário agora oferece um período de 11 dias sem jogos, devido à Data Fifa, uma oportunidade para a equipe reavaliar e se recompor. O próximo desafio será no dia 19, contra o Grêmio, em Porto Alegre, pela 34ª rodada. Para essa partida, o lateral Paulo Henrique será desfalque, cumprindo suspensão pela expulsão na etapa final do jogo contra o Juventude.
Questionado sobre as causas da sequência negativa, Diniz reconheceu a complexidade da questão. "Se eu soubesse todos os porquês, teria vencido os três jogos. A gente vai falar aqui e especular, mas não sabe exatamente nem por que ganha nem por que perde", admitiu. No entanto, ele apontou a falta de concentração como um fator preponderante no confronto contra o Botafogo. "Acho que, contra o Botafogo, fizemos um jogo muito desconcentrado, isso é uma coisa que pesou. Treinamos de um jeito, jogamos de outro, completamente", enfatizou o técnico.
Para Diniz, o nível de aplicação e concentração foi "extremamente baixo" naquele jogo, resultando em uma derrota "extremamente merecida". Em relação aos jogos contra São Paulo e Juventude, a explicação difere. O treinador vê o time em um processo de aprendizado, tanto para jogar bem quanto para se consolidar como uma "equipe grande". Ele mencionou que esta não é a primeira "flutuação para baixo" na competição e que o elenco precisa aprender com a experiência, assim como fez em momentos anteriores, para retomar o caminho das vitórias.
Perspectivas e o Caminho para a Recuperação Cruzmaltina
Aprofundando a análise sobre o que faltou, Diniz criticou a facilidade com que as "narrativas ficam muito facilitadas" após o resultado. Ele reiterou que, nos jogos contra São Paulo e Juventude, o time teve momentos de domínio, mas comprometeu o placar com erros individuais. "Hoje, no jogo de hoje, para virar o jogo, a gente teve que entregar dois gols. Só se tivesse contando que a gente ia entregar dois gols, que a gente não costuma entregar. Mas entregamos dois gols para o Juventude e isso modificou a partida", explicou.
O técnico exemplificou a situação com o jogo contra o São Paulo, onde, apesar do domínio, um escanteio desnecessário levou a um "pênalti infantil". Contra o Juventude, a repetição de falhas resultou na entrega do resultado ao adversário. A perda de confiança subsequente, segundo Diniz, dificulta a busca pela virada, tornando o time mais apressado e a torcida mais impaciente.
Sobre a substituição de Piton, que deu lugar a Puma Rodríguez, Diniz justificou a alteração. Ele observou que Piton "não estava conseguindo achar cruzamentos" no segundo tempo, e a entrada de Puma visava explorar sua capacidade de cruzamento e presença na área, especialmente em jogadas de bola parada e inversões. "Criamos muitas situações de gol com o Puma jogando de pé invertido, então isso era uma tentativa. A segunda é porque o Puma é um jogador que tem uma bola aérea importante, tem cabeceio bom", afirmou. Contudo, o técnico ponderou que a mudança ocorreu nos minutos finais e não foi o fator determinante para a derrota. A cobrança de escanteio por Rayan também foi mencionada como uma "jogada ensaiada que não funcionou".
O Vasco agora tem a missão de usar a pausa no calendário para reajustar seu desempenho e recuperar a confiança, buscando uma reviravolta na reta final do Brasileirão.
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