Dimitri Payet no Vasco: Análise Detalhada de Sua Passagem e Impacto no Futebol Brasileiro

A recente notícia da desvinculação de Dimitri Payet do elenco cruzmaltino marca o fim de uma era no Vasco da Gama, que se iniciou com grande pompa e expectativa. A diretoria do clube carioca confirmou a rescisão contratual de forma consensual com o talentoso meio-campista francês, cuja chegada em 2023 gerou um entusiasmo notável entre os torcedores. Este movimento, agora oficializado, encerra uma passagem que, apesar de momentos pontuais de brilho, não conseguiu se traduzir em um impacto consistente e duradouro.

Desde o momento em que pisou em solo brasileiro, Payet foi recebido como um verdadeiro ídolo, uma contratação de peso capaz de alterar o patamar técnico da equipe. Em seus primeiros meses, o camisa 10 justificou parte dessa euforia, com participações decisivas, incluindo dois gols cruciais contra Fortaleza e América-MG. Essas intervenções foram fundamentais para assegurar a permanência do Gigante da Colina na elite do Campeonato Brasileiro há duas temporadas, um feito que a torcida não esquece.

Contudo, a análise fria dos números e do desempenho geral do atleta no time do Rio de Janeiro revela uma realidade mais complexa, distante das projeções iniciais.

A Performance Aquém das Expectativas no Vasco

Ao longo de sua estadia em São Januário, o jogador participou de um total de 75 embates oficiais, sendo escalado entre os titulares em 40 dessas ocasiões. Conforme dados apurados pelo portal Sofascore, o balanço final de sua contribuição ofensiva é modesto: sete gols assinalados e treze assistências distribuídas em toda a sua jornada pelo clube.

Um aspecto que merece atenção é a natureza dos gols marcados pelo meio-campista estrangeiro. Suas finalizações certeiras ocorreram predominantemente contra adversários que não figuram entre os doze principais clubes da elite do futebol nacional. Isso significa que, nos confrontos de maior envergadura, aqueles que tradicionalmente definem o rumo das competições e exigem o máximo de cada atleta, o antigo dono da camisa 10 raramente conseguiu se sobressair, deixando uma lacuna de protagonismo em momentos cruciais.

A temporada atual, em particular, ilustra de forma contundente essa dificuldade de afirmação. Em 2025, Payet teve 17 oportunidades para mostrar seu valor, mas não conseguiu balançar as redes nenhuma vez. Além disso, registrou apenas três passes para gol. Na maioria dos duelos, o meia foi acionado vindo do banco de reservas, e sua performance em campo frequentemente esteve abaixo do que se esperava de um jogador com seu currículo e custo-benefício.

Foto: (Leandro Amorim/Vasco )

O Desafio do Vasco Após a Saída de uma Estrela

A saída de um nome de peso como Payet ocorre em um momento delicado para o Vasco da Gama. A equipe vem de um revés no Campeonato Brasileiro Betano, uma derrota por 2 a 0 para o RB Bragantino em pleno São Januário. Essa atuação, considerada pouco convincente, gerou intensas manifestações e cobranças por parte da torcida, que vê o time em uma situação de vulnerabilidade na competição.

Com a lacuna deixada pelo francês e a pressão por resultados, o Gigante da Colina se prepara para desafios importantes. Após o recesso da Data FIFA, no dia 12 de junho, o Vasco terá um confronto de grande porte contra o São Paulo, às 21h30 (horário de Brasília), no Estádio Morumbis, pelo Brasileirão Betano. A busca por um resultado positivo fora de casa é imperativa.

Posteriormente, no mês de julho, após o aguardado Super Mundial, o Cruz-Maltino enfrentará um clássico regional de peso contra o Botafogo, cujas data, local e horário ainda serão definidos. O objetivo primordial do elenco é conquistar vitórias que permitam à equipe se distanciar definitivamente da incômoda zona de rebaixamento, reafirmando sua posição na elite do futebol nacional.