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O Centro de Treinamento Quase Construído do Vasco em Maricá: Uma História de Planos e Obstáculos

Por Redação FutVasco em 29/01/2025 01:10

A Busca por um Centro de Treinamento e a Proposta de Maricá

Antes da inauguração do moderno Centro de Treinamento Moacyr Barbosa, localizado na Cidade de Deus e destinado ao elenco profissional do Vasco, o clube esteve muito próximo de estabelecer um centro de treinamento em Maricá. A prefeitura local, na época, havia concedido uma permissão de uso de um terreno por 15 anos, e o clube chegou a desenvolver um projeto e fazer planejamentos detalhados, que, infelizmente, não se concretizaram. Este artigo explora os detalhes dessa história, que antecedeu o confronto inédito entre Maricá e Vasco pelo Campeonato Carioca.

Em 2011, o então prefeito de Maricá, Washington Quaquá, um notório torcedor do Vasco - que retornou à prefeitura para mais um mandato -, ofereceu uma solução para um problema antigo do clube: a necessidade de um local adequado para a formação de atletas das categorias de base. Roberto Dinamite, ídolo do Vasco e então deputado estadual no Rio de Janeiro, era o presidente do clube na época.

A prefeitura disponibilizou ao Vasco o uso de um terreno de 148 mil m² às margens da Lagoa de Maricá, no bairro Parque Nanci, por um período de 15 anos, com possibilidade de renovação, conforme o "interesse público", como constava no Diário Oficial. Em contrapartida, o Vasco deveria associar o projeto esportivo à educação, com a instalação de uma escola para aproximadamente mil alunos. O clube se dedicou ao projeto de um centro para a base, que foi apresentado como um dos mais avançados da América Latina.

O Projeto Detalhado e os Desafios Ambientais

O projeto ambicioso previa a construção de seis campos de futebol, vestiários, academia, piscina e um espaço para a escola dentro do terreno destinado ao centro de treinamento. Em maio daquele ano, em um evento que contou com a participação de Dinamite, o projeto de doação da área pública foi formalmente apresentado. Após a aprovação da Câmara dos Vereadores, o projeto de lei foi sancionado pelo prefeito Quaquá no mês seguinte, dando o aval para o início das obras. Contudo, as obras jamais se iniciaram.

Pouco tempo após a apresentação do projeto, o Vasco foi informado de que a lagoa avançava para dentro do terreno, o que elevaria consideravelmente o custo do empreendimento. A construção também esbarrava na Lei Orgânica do Município, que impedia ?a alteração do perfil natural do terreno?.

Uma das alternativas consideradas foi a construção de uma barreira na lagoa. O clube chegou a consultar o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), mas sem sucesso. Um ano depois, sem que o Vasco tivesse começado as obras, o clube devolveu a concessão do terreno, encerrando o projeto.

O Presente e o Futuro das Categorias de Base do Vasco

Atualmente, as categorias de base do Vasco dividem seus treinos entre o campo anexo de São Januário, o CT do Artsul, em Nova Iguaçu, o CT Almirante Heleno Nunes, em Duque de Caxias, e o campo da Aeronáutica. A história do CT que não foi em Maricá serve como um lembrete das complexidades e desafios enfrentados pelos clubes na busca por infraestrutura adequada.

O episódio em Maricá ressalta como o planejamento de um centro de treinamento pode ser impactado por questões inesperadas, como entraves ambientais e legais, mesmo com o apoio político e o entusiasmo inicial. A busca por um espaço ideal para a formação de jovens talentos continua sendo uma prioridade para o Vasco , que hoje desfruta de um CT moderno na Cidade de Deus, mas sem apagar a história do projeto que quase se tornou realidade em Maricá.

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Comentado em 29/01/2025 03:20 Olha, quase que a gente tinha um baita CT, né? kkkk
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