Alex Teixeira: Entenda a Ausência de Gols e o Debate na Torcida do Vasco

A performance de Alex Teixeira com a camisa do Vasco da Gama tem sido objeto de intenso escrutínio e debate entre os torcedores. O meia-atacante, cria da base cruzmaltina, enfrenta um período notável de inatividade em termos de participação direta em gols, estendendo-se por mais de sete meses e exatos 20 jogos consecutivos.

A última vez que o jogador de 35 anos esteve envolvido em um lance decisivo que resultou em gol foi em novembro de 2024. Desde então, sua presença em campo tem sido marcada pela ausência de contribuições ofensivas concretas, levantando questionamentos sobre seu papel no elenco atual.

Essa discussão ganhou novo fôlego no último sábado, 12 de julho, durante a derrota por 2 a 0 para o Botafogo. A decisão do técnico Fernando Diniz de acionar Alex Teixeira para substituir Philippe Coutinho, que deixou o campo com desconforto na panturrilha esquerda, gerou insatisfação em parte da torcida. Para muitos, o atleta não representa uma alternativa imediata ou ideal para o novo camisa 10 do clube, dada sua recente ineficácia no ataque.

O Vácuo nas Estatísticas e a Memória de um Passado Recente

Para contextualizar a atual fase, é preciso recuar à 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, em 30 de novembro de 2024. Naquela ocasião, em São Januário, o Vasco enfrentava o Atlético-GO em um jogo crucial. Entrando no decorrer da partida, com a equipe perdendo por 2 a 0, Alex Teixeira demonstrou sua capacidade de impacto.

Aos 30 minutos do segundo tempo, ele forneceu a assistência para Máxime Dominguez diminuir o placar. Pouco depois, aos 45+3, aproveitando um passe de Vegetti, o próprio Teixeira balançou as redes, garantindo o empate em 2 a 2 e evitando uma derrota que parecia iminente. Esse gol, aliás, permanece como seu único tento nesta terceira passagem pelo clube.

Após aquela partida decisiva, Alex Teixeira chegou a figurar entre os titulares nos dois compromissos seguintes, vitórias por 2 a 0 sobre o Atlético-MG e 2 a 1 contra o Cuiabá, indicando uma possível consolidação como peça importante para a temporada de 2025. Contudo, sob o comando de Fábio Carille, após três jogos consecutivos como titular sem novas participações em gols, ele rapidamente retornou ao banco de reservas. Desde então, sua presença no onze inicial foi esporádica, com apenas mais uma oportunidade como titular.

Os números da temporada atual reforçam a preocupação. Em 468 minutos distribuídos em campo, o atleta iniciou quatro partidas e foi acionado em outras quatorze como substituto. No entanto, sua coluna de participações em gols permanece zerada, conforme detalhado na tabela abaixo:

Essa carência de produtividade ofensiva é o cerne do questionamento da torcida e da imprensa, especialmente quando o jogador é escolhido para preencher a lacuna deixada por um talento como Coutinho.

A Justificativa do Comando Técnico e o Desafio da Reafirmação

Questionado sobre a opção por Alex Teixeira em detrimento de outros nomes, como Benjamin Garré, na coletiva de imprensa após o revés para o Botafogo, o técnico Fernando Diniz defendeu sua escolha. Segundo o treinador, o desempenho do jogador nos treinamentos durante o período de paralisação para o Mundial de Clubes foi determinante.

"E nesse mês de treinamento, ele se destacou muito nos treinos. Então, por isso que ele teve oportunidade. Eu não posso só respeitar aquilo que aconteceu para trás recentemente, eu entendo a insatisfação, mas eu preciso ver o que está acontecendo no treino e ver se ele consegue confirmar no jogo. Então, por isso que ele tem recebido oportunidades"

A declaração de Diniz elucida a lógica por trás da insistência no jogador, priorizando a observação do dia a dia. Contudo, a lacuna entre o que é demonstrado nos treinos e o que se concretiza nas partidas oficiais continua a ser o maior desafio para Alex Teixeira . A expectativa da torcida e a necessidade de resultados do Vasco exigem que o potencial percebido nos treinamentos se traduza em contribuições efetivas em campo, algo que, até o momento, não tem ocorrido.