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Vasco x Flamengo: Análise Detalhada das Atuações – Quem Brilhou e Quem Decepcionou no Clássico
Por Redação FutVasco em 21/09/2025 20:02
O clássico entre Vasco e Flamengo, um dos embates mais aguardados do calendário nacional, culminou em um empate que deixou a torcida cruzmaltina com sentimentos mistos. Se por um lado a equipe demonstrou uma postura mais combativa do que em confrontos anteriores, por outro, as atuações individuais revelaram um espectro que vai do brilho intenso à performance preocupante. Nossa coluna se debruça sobre os desempenhos dos atletas em campo, buscando identificar os pontos de luz e as sombras que permearam o confronto.
Os Brilhantes do Maracanã: Destaques Que Fizeram a Diferença
No cenário de um clássico tão disputado, alguns nomes conseguiram emergir com atuações que merecem reconhecimento especial. Rayan, com uma nota GE de 8.5, destacou-se como a principal figura ofensiva do Vasco . Sua atuação foi notável, não apenas pelo gol de cabeça que selou o empate, mas também pela constante ameaça que representou ao gol adversário, com chutes perigosos de longa distância. A aplicação tática de Rayan na pressão à saída de bola do Flamengo e sua capacidade de roubar a posse no ataque sublinharam sua importância, mesmo que a finalização em uma dessas jogadas para Vegetti tenha faltado um pouco de capricho. Ele foi, sem dúvida, o jogador mais perigoso do time em diversos momentos da partida.
Ao lado de Rayan , Hugo Moura (nota GE 8.0) solidificou sua posição como um pilar indispensável no meio-campo vascaíno. Sua performance foi descrita como "gigante", ecoando o desempenho do primeiro turno. Com uma intensidade notável, Hugo Moura foi incansável nos desarmes e em sua presença nos setores defensivo e ofensivo. A impressão era de que havia "dois ou três Hugos no Maracanã", tamanha sua capacidade de cobrir o campo e impactar o jogo em diferentes frentes, consolidando-se como titular absoluto da equipe.
Outro meio-campista que se entregou em campo foi Barros (nota GE 7.5). Embora não possua a mesma técnica apurada de outros volantes do elenco, sua intensidade e a capacidade de dar tudo de si foram cruciais para a competitividade do time. Incansável, Barros deixou o gramado exausto, mas com a sensação de ter cumprido seu papel tático com maestria. Na defesa, Carlos Cuesta (nota GE 6.5) demonstrou uma partida de grande segurança, sendo firme nos embates físicos e nas intervenções necessárias, contribuindo para a solidez defensiva do Vasco .
Entre a Luz e a Sombra: Atuações de Contraste e Adaptação
O desempenho de Philippe Coutinho (nota GE 6.5) foi marcado por momentos de brilho e de declínio. Iniciou a partida com uma cobrança de falta abaixo do esperado, mas rapidamente se redimiu com uma assistência precisa para o gol de Rayan . No primeiro tempo, ele se apresentou como a principal válvula de escape para a armação e auxiliou na pressão ofensiva. Contudo, o segundo tempo revelou um Coutinho visivelmente exausto, cuja produção em campo caiu drasticamente, evidenciando a necessidade de aprimorar seu condicionamento físico para suportar a intensidade de um clássico por 90 minutos.
Na lateral-direita, Paulo Henrique (nota GE 6.0) teve um primeiro tempo promissor, com uma arrancada que só foi contida por falta. Defensivamente, não foi excessivamente testado antes do intervalo, mas a entrada de Samuel Lino no segundo tempo aumentou consideravelmente a pressão sobre seu setor. Robert Renan (nota GE 6.0), na zaga, teve um momento crucial ao ser antecipado no primeiro gol do Flamengo. No entanto, com a bola nos pés, demonstrou protagonismo na saída de jogo, atuando como um dos construtores da equipe com passes e inversões, antes de ser substituído devido a um protocolo de concussão após um choque de cabeça.
Lucas Oliveira (nota GE 6.0) apresentou uma atuação difícil de categorizar. Embora tenha protagonizado lances que causaram apreensão na torcida, ele também se impôs em diversos duelos aéreos e terrestres. Jogando a maior parte do tempo com um cartão amarelo, o zagueiro conseguiu dar conta do recado. Puma Rodríguez (nota GE 6.0), por sua vez, acertou a trave em uma cabeçada perigosa no primeiro tempo e exibiu grande dedicação. Sua segurança defensiva foi um ponto positivo, mas uma tentativa de chute de longe no final da partida foi mal executada.
As Decepções do Clássico: Quem Ficou Devendo
Léo Jardim (nota GE 3.5) teve uma de suas atuações mais inseguras com a camisa do Vasco . Sua falha na origem do primeiro gol, ao demorar para sair e afastar a bola, foi um ponto crítico. Apesar de tentar se redimir em um chute de Bruno Henrique, acabou sofrendo o gol no rebote de Carrascal. Adicionalmente, quase comprometeu a saída de bola com Lucas Oliveira e esteve próximo de uma nova falha em outra saída do gol, indicando uma noite infeliz para o goleiro.
O atacante Vegetti (nota GE 4.5) teve pouca participação no jogo. Sua atuação foi discreta, tanto com a bola quanto sem ela. É inegável que foi pouco acionado, mas mesmo em jogadas aéreas, onde costuma levar vantagem, o argentino não conseguiu se destacar. Matheus França (nota GE 5.5), visivelmente fora de forma, conseguiu levar perigo em um chute de canhota de fora da área, mas cobrou um escanteio de maneira extremamente equivocada, resultando em um tiro de meta.
Entre os que entraram no decorrer da partida, Nuno Moreira (nota GE 5.0) teve um papel mais defensivo, encarregado de marcar Emerson Royal, conseguindo frear o lateral em algumas ocasiões. Contudo, deu o espaço que permitiu o cruzamento no primeiro gol do Flamengo e saiu no intervalo com dores. Andrés Gómez (nota GE 4.5) buscou dar velocidade e poder de recomposição, sendo eficiente em ambas as tarefas. No entanto, cometeu erros desnecessários ao tentar sair driblando na área defensiva por duas vezes e falhou em um bote perdido em Samuel Lino no final, gerando riscos para a equipe.
A Estratégia do Comandante: A Leitura de Fernando Diniz
Fernando Diniz (nota GE 6.0) viu sua equipe realizar um bom primeiro tempo, mostrando-se levemente superior ao adversário. Contudo, após o intervalo, o time sentiu o cansaço e a perda de intensidade. A demora em substituir jogadores como Vegetti e Coutinho, que já demonstravam grande desgaste, expôs a equipe ao risco de sofrer o segundo gol. Apesar dessas ressalvas e dos contratempos, é inegável que o Vasco demonstrou uma postura competitiva, distante da apatia observada em clássicos anteriores, um ponto positivo a ser creditado ao trabalho do treinador.
Para uma visão mais detalhada das notas individuais, confira a tabela abaixo:
| Jogador | Posição | Nota GE |
|---|---|---|
| Rayan | ATA | 8.5 |
| Hugo Moura | MEI | 8.0 |
| Barros | MEI | 7.5 |
| Philippe Coutinho | MEI | 6.5 |
| Carlos Cuesta | ZAG | 6.5 |
| Paulo Henrique | LAT | 6.0 |
| Robert Renan | ZAG | 6.0 |
| Lucas Oliveira | ZAG | 6.0 |
| Puma Rodríguez | LAT | 6.0 |
| Fernando Diniz | Técnico | 6.0 |
| David | ATA | 5.5 |
| Matheus França | MEI | 5.5 |
| Nuno Moreira | MEI | 5.0 |
| Vegetti | ATA | 4.5 |
| Andrés Gómez | ATA | 4.5 |
| Léo Jardim | GOL | 3.5 |
| Mateus Carvalho | MEI | -- |
Em suma, o empate no clássico foi um reflexo das performances díspares em campo. Enquanto a garra de alguns jogadores e a resiliência coletiva no primeiro tempo foram dignas de nota, as falhas individuais e a queda de rendimento na etapa final impediram que o Vasco conquistasse uma vitória. O resultado, contudo, serve como um termômetro para a comissão técnica e o elenco , indicando tanto os caminhos a serem seguidos quanto os ajustes urgentes a serem implementados.
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