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Vasco x CSA: Análise Profunda do Empate e a Necessidade de Vencer na Copa do Brasil
Por Redação FutVasco em 31/07/2025 03:11
O Club de Regatas Vasco da Gama obteve um empate sem gols contra o CSA em Maceió, mantendo sua meta de classificação para as quartas de final da Copa do Brasil. Com o placar de 0 a 0, a equipe carioca agora necessita de um triunfo simples em seu próprio estádio, São Januário, no próximo dia 5, para assegurar sua vaga. Apesar do resultado modesto, a equipe comandada por Fernando Diniz ainda é amplamente considerada a favorita para prosseguir na disputa.
No entanto, é imperativo que o Vasco reencontre o caminho das vitórias com máxima urgência. A equipe ainda não conseguiu um resultado positivo desde o reinício das atividades após a interrupção para a Copa do Mundo de Clubes. O cenário é ainda mais preocupante quando se analisa o retrospecto recente: somando o período anterior à chegada de Diniz, o Gigante da Colina conquistou apenas três vitórias em suas últimas 21 partidas. Um desempenho que gera sérias preocupações.
O Preocupante Retrospecto Recente do Vasco
A sequência de resultados do Vasco nos últimos 21 jogos, sob a batuta de diferentes treinadores, ilustra a dificuldade em encontrar a consistência necessária para triunfar. A tabela a seguir detalha cada um desses confrontos:
Técnico | Adversário | Resultado | Competição |
---|---|---|---|
Fábio Carille | Ceará | 2 x 1 | Brasileirão |
Fábio Carille | Flamengo | 0 x 0 | Brasileirão |
Fábio Carille | Lanús | 0 x 0 | Sul-Americana |
Fábio Carille | Cruzeiro | 1 x 0 | Brasileirão |
Felipe | Operário | 1 x 1 | Copa do Brasil |
Felipe | Palmeiras | 0 x 1 | Brasileirão |
Felipe | Puerto Cabello | 4 x 1 | Sul-Americana |
Felipe | Vitória | 2 x 1 | Brasileirão |
Fernando Diniz | Lanús | 1 x 0 | Sul-Americana |
Fernando Diniz | Fortaleza | 3 x 0 | Brasileirão |
Fernando Diniz | Operário | 1 x 1 | Copa do Brasil |
Fernando Diniz | Fluminense | 2 x 1 | Brasileirão |
Fernando Diniz | Melgar | 3 x 0 | Sul-Americana |
Fernando Diniz | Bragantino | 0 x 2 | Brasileirão |
Fernando Diniz | São Paulo | 1 x 3 | Brasileirão |
Fernando Diniz | Botafogo | 0 x 2 | Brasileirão |
Fernando Diniz | Independiente del Valle | 4 x 0 | Sul-Americana |
Fernando Diniz | Grêmio | 1 x 1 | Brasileirão |
Fernando Diniz | Independiente del Valle | 1 x 1 | Sul-Americana |
Fernando Diniz | Internacional | 1 x 1 | Brasileirão |
Fernando Diniz | CSA | 0 x 0 | Copa do Brasil |
O retorno de Philippe Coutinho, após um período de três semanas afastado por uma lesão na panturrilha, trouxe à tona a percepção do elenco sobre o momento. Após o confronto em Maceió, o camisa 10 expressou a frustração da equipe, mas também a convicção no trabalho:
- Esses jogos que acompanhei de fora, em alguns a gente mereceu sair com o resultado positivo por tanta chance criada, dominando adversário. A gente está um tempo sem ganhar, as pessoas acabam não vendo (o desempenho). Mas estamos trabalhando da forma correta para conquistar os resultados positivos.
A Tônica da Partida: Domínio sem Eficácia
A partida no Estádio Rei Pelé evidenciou um padrão já observado em compromissos anteriores. O Vasco iniciou o duelo com uma postura dominante, assumindo o controle das ações e confinando o CSA em seu próprio campo. Nos primeiros 13 minutos, a equipe já havia construído pelo menos três ocasiões de gol promissoras, incluindo cabeçadas de Maurício Lemos e Vegetti, além de um arremate de fora da área de Tchê Tchê. Rapidamente, a posse de bola da equipe de Diniz se aproximava dos 70%.
Tchê Tchê, como de praxe, atuou como o principal articulador das jogadas ofensivas. Pelo flanco direito, a combinação de Paulo Henrique e Rayan, ambos em bom momento, resultava em superioridade na maioria dos embates. Contudo, a precisão no passe final continuava a ser um gargalo. No decorrer da etapa inicial, Pablo Vegetti , acostumado a receber assistências mais qualificadas nos confrontos recentes contra Grêmio e Internacional, não teve a mesma sorte.
Em contraste com o desempenho geral, Nuno Moreira apresentou um nível de atuação significativamente abaixo do esperado. O atacante português foi o elo mais fraco da equipe no primeiro tempo, chegando a cometer um desarme perigoso no meio-campo que quase resultou em gol para o CSA ? a sorte vascaína foi o desperdício do contra-ataque adversário, que contava com cinco atletas contra dois. A contribuição de Nuno na fase criativa foi mínima. Apesar de ter sido o jogador com mais finalizações (quatro), todos os seus arremates foram imprecisos, passando longe da meta de Gabriel Félix.
A partir da marca dos 30 minutos, a intensidade do Vasco diminuiu, permitindo que o CSA ganhasse terreno. A equipe alagoana passou a frequentar mais o campo ofensivo, criando lances de perigo com Gustavo Nicola e Tiago Marques. Ao final do primeiro tempo, os mandantes somavam quatro finalizações. O Vasco , com 12 tentativas, novamente demonstrou ineficácia na hora de balançar as redes.
Segundo Tempo: Oportunidades Perdidas e Queda de Produção
O analista João, em "A Voz da Torcida", resumiu o sentimento:
"Um 0 a 0 bem sem graça e um desempenho decepcionante".Para a etapa complementar, o técnico Fernando Diniz promoveu a entrada de Thiago Mendes na vaga de Maurício Lemos, que já possuía um cartão amarelo. Hugo Moura, que foi novamente improvisado na zaga, teve uma queda de rendimento após um primeiro tempo razoável, quase protagonizando um erro crucial ao falhar na interceptação de um lançamento do goleiro adversário. A falha resultou em Baianinho cara a cara com Léo Jardim, mas o atacante não soube aproveitar a oportunidade.
Mesmo com o controle da posse de bola e a iniciativa das jogadas, o Vasco persistia na dificuldade de concretizar. Aos 14 minutos da segunda etapa, Coutinho foi acionado e teve a oportunidade mais evidente do confronto, após um primoroso passe de letra de Lucas Piton. Contudo, o meia hesitou no momento da finalização e, ao chutar, mandou a bola para fora. Em seus 35 minutos em campo, o camisa 10 não conseguiu produzir muito além daquela jogada, deixando a impressão de que se esperava mais de sua participação.
Ao contrário de partidas anteriores, o embate em Maceió não foi marcado por uma profusão de gols perdidos. Ainda assim, o Vasco registrou um total de 20 finalizações, mas apenas seis delas foram direcionadas ao gol de Gabriel Félix. Pablo Vegetti , que atravessa uma fase de menor brilho, também desperdiçou uma chance clara aos 19 minutos, chutando por cima do travessão.
Nuno Moreira , consistentemente o ponto mais fraco em campo, novamente não conseguiu completar a partida, sendo substituído aos 23 minutos da etapa final por Loide. Apenas com essa alteração, o flanco esquerdo do ataque vascaíno recuperou parte de sua força. Na coletiva pós-jogo, Fernando Diniz admitiu que o jogador português apresenta uma limitação física desde sua chegada, porém, não detalhou as razões para tal condição.
Em meio a um desempenho que deixou a desejar, as atuações de Paulo Henrique e Tchê Tchê surgem como os poucos pontos a serem destacados positivamente. Paulo Henrique demonstrou uma resistência notável, atuando com intensidade do início ao fim e quase marcando um gol espetacular ao conduzir a bola desde o campo defensivo na segunda etapa. Tchê Tchê, apesar de uma leve queda de rendimento no segundo tempo, permaneceu como o jogador mais lúcido e criativo do setor de meio-campo vascaíno.
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