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Vasco vs. CSA: Duelos Históricos na Copa do Brasil | A Surpreendente Eliminação de 1992 e o Show de Romário em 2002
Por Redação FutVasco em 30/07/2025 11:11
O iminente embate entre Vasco da Gama e CSA, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, marca o terceiro capítulo de uma rivalidade peculiar no torneio nacional. Antes deste confronto atual, as equipes já haviam se enfrentado em duas edições anteriores da competição, nos anos de 1992 e 2002. Quatro embates repletos de momentos dramáticos, que incluíram um empate eletrizante por 3 a 3, a primeira vitória do CSA em São Januário, e um gol simbólico do atual diretor técnico do clube, Felipe Loureiro. É imperativo revisitar esses duelos históricos para compreender a dimensão deste novo encontro.
Retrospecto Geral: Um Equilíbrio Notável
O histórico geral de confrontos entre Vasco e CSA, que soma 13 partidas oficiais, revela um equilíbrio notável. Ambas as equipes registram quatro vitórias cada, complementadas por cinco empates. O embate mais recente entre os clubes ocorreu pela Série B de 2022, quando o CSA superou o Vasco por 2 a 0 no Estádio Rei Pelé. Este retrospecto geral oferece uma perspectiva sobre a natureza imprevisível desses duelos.
Competição | Data | Resultado |
---|---|---|
Brasileiro | 30/03/1978 | Vasco 4 x 0 CSA |
Brasileiro | 07/03/1981 | CSA 1 x 1 Vasco |
Brasileiro | 19/03/1981 | Vasco 1 x 1 CSA |
Copa do Brasil | 12/09/1992 | CSA 3 x 3 Vasco |
Copa do Brasil | 25/09/1992 | Vasco 0 x 1 CSA |
Copa do Brasil | 27/03/2002 | CSA 2 x 1 Vasco |
Copa do Brasil | 03/04/2002 | Vasco 4 x 0 CSA |
Brasileiro | 04/08/2019 | Vasco 0 x 0 CSA |
Brasileiro | 10/11/2019 | CSA 0 x 3 Vasco |
Série B | 21/07/2021 | CSA 2 x 2 Vasco |
Série B | 29/10/2021 | Vasco 1 x 3 CSA |
Série B | 07/05/2022 | Vasco 1 x 0 CSA |
Série B | 18/08/2022 | CSA 2 X 0 Vasco |
A "Zebra" Histórica em 1992: A Eliminação Inesperada
O ano de 1992 representou um ponto de virada inesperado para o Club de Regatas Vasco da Gama na Copa do Brasil. Naquele período, o Cruzmaltino, recém-coroado campeão carioca, ostentava um elenco de notável qualidade, especialmente em seu setor ofensivo. Nomes como Edmundo, Valdir, Bismarck e outros talentos compunham uma equipe robusta. Adicionalmente, Roberto Dinamite, em sua temporada de despedida dos gramados como atleta profissional, almejava concluir sua brilhante carreira com mais uma conquista. Contudo, o destino reservava um obstáculo surpreendente: o CSA, que alcançava as oitavas de final com a ambição de protagonizar uma das maiores "zebras" da história do futebol nacional, desafiando uma das agremiações mais qualificadas do país.
O confronto de ida, disputado em Maceió, culminou em um empate vibrante com seis gols assinalados. Bismarck inaugurou o marcador para o Vasco ainda na primeira etapa, mas a verdadeira explosão de tentos ocorreu na fase complementar. A equipe alagoana conseguiu a virada com gols de Chico e Marcelo Barreto. Edmundo restabeleceu a igualdade, e Piti, em um lance decisivo nos minutos finais, recolocou o CSA à frente, com o placar em 3 a 2. Entretanto, Valdir Bigode, já nos acréscimos, assegurou o empate para o Vasco , em um desfecho de tirar o fôlego.
Na partida de volta, em São Januário, o Vasco , ciente da necessidade de um triunfo para progredir na competição, impôs uma postura ofensiva desde o apito inicial. A equipe carioca construiu inúmeras oportunidades, mas a eficácia na finalização não se fez presente. À medida que o segundo tempo avançava e o duelo se encaminhava para um novo empate, o CSA surpreendeu ao inaugurar o placar com um notável arremate de longa distância. Aos 37 minutos da etapa final, Dago, após receber uma assistência de Edson, desferiu um chute potente que selou o gol da classificação, eliminando o Vasco .
Aquele gol tardio do CSA em 1992 não apenas eliminou o Vasco da Copa do Brasil em pleno São Januário, mas também se tornou um marco de superação para o clube alagoano, que, apesar do feito, seria posteriormente desclassificado pelo Sport na fase subsequente.
O Triunfo e o Brilho de Romário em 2002
Uma década mais tarde, em 2002, o destino reuniu novamente Vasco e CSA na Copa do Brasil, também nas oitavas de final. O Cruzmaltino vivenciava um período de excelente performance, ostentando um plantel repleto de talentos como Romário, Felipe e Euller. A equipe demonstrava solidez, com apenas duas derrotas em 26 partidas disputadas naquele ano, consolidando sua chegada às oitavas. Curiosamente, assim como na atual temporada, o CSA daquele ano também competia na Série C do Campeonato Brasileiro, adicionando um elemento de imprevisibilidade ao confronto.
A primeira partida de 2002, no Rei Pelé, em Maceió, trouxe à tona a capacidade de surpreender do CSA, que garantiu uma vitória por 2 a 1. O gol que abriu o placar para a equipe alagoana foi de Cleiton. Contudo, o Vasco conseguiu diminuir a desvantagem por meio de um gol significativo de Felipe, o atual diretor técnico do clube, que havia retornado ao Vasco em 2002 após uma saída tumultuada no ano anterior. Este tento de Felipe foi crucial, minimizando o prejuízo para o confronto de volta.
Para o jogo de volta, o Vasco adentrou o gramado sob a pressão de reverter o resultado adverso e afastar qualquer possibilidade de nova surpresa em seus domínios. Todavia, com a presença de Romário em campo, o imprevisível deu lugar ao esperado. Aos 34 anos, o "Baixinho", então a principal referência técnica da equipe, empenhava-se em reconquistar seu lugar na Seleção Brasileira visando a convocação para a Copa do Mundo de 2002. Sua performance era tão relevante que Luiz Felipe Scolari, técnico da Canarinho, despachou Antônio Lopes, então coordenador técnico do Brasil, a São Januário para acompanhar de perto o desempenho do atacante.
A resposta vascaína foi imediata e avassaladora. Com apenas um minuto de jogo, Romário já havia balançado as redes, pavimentando o caminho para uma atuação dominante. Aos quinze minutos, Euller ampliou a vantagem, assegurando a liderança no placar agregado. A segunda etapa transformou-se em um espetáculo para os torcedores, culminando com mais um gol de Romário , desta vez em cobrança de pênalti. O que inicialmente se afigurava como um confronto de risco transformou-se em uma goleada incontestável do Vasco , garantindo a classificação para as quartas de final. No entanto, a trajetória cruzmaltina na competição seria interrompida na fase seguinte, diante do São Paulo.
Apesar da performance destacada na Copa do Brasil, o ano de 2002 reservou desafios para o Vasco . A saída de Romário para o Fluminense impactou o desempenho da equipe, que encerrou a temporada na 15ª colocação do Campeonato Brasileiro, um desfecho que contrastava com o início promissor.
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