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Vasco: Viradas Épicas Relembradas na Sul-Americana - Prepare-se!
Por Redação FutVasco em 22/07/2025 14:32
Às vésperas de um confronto crucial pela Sul-Americana, onde a necessidade de um feito extraordinário se faz presente, o Club de Regatas Vasco da Gama é inevitavelmente remetido à sua própria história de superação. A alcunha de "Time da Virada", que por décadas definiu a essência do Cruzmaltino, não é um mero adjetivo, mas sim o resumo de momentos que desafiaram a lógica e consolidaram sua mística. Entre essas remontadas épicas, a "Virada do Milênio", que culminou na conquista da Copa Mercosul de 2000, permanece como um dos capítulos mais grandiosos do futebol sul-americano. Contudo, a galeria de reviravoltas vascaínas é vasta e merece ser revisitada.
O Legado da Virada do Milênio: Mercosul 2000
Provavelmente o mais célebre dos feitos vascaínos, a final da extinta Copa Mercosul de 2000 contra o Palmeiras, então uma das maiores potências do país, é um marco indelével. Após uma série de confrontos equilibrados, o terceiro e decisivo embate ocorreu no Parque Antártica. O cenário parecia desolador ao término do primeiro tempo: o Verdão vencia por 3 a 0, com gols de Arce (de pênalti), Magrão e Tuta. A desvantagem se somava a uma temporada de reveses para o Vasco , que havia sido vice-campeão do Mundial de Clubes, do Campeonato Carioca e do Rio-São Paulo (este último, curiosamente, para o próprio Palmeiras). A pressão era imensa.
No entanto, a segunda etapa testemunhou uma transformação. O técnico Joel Santana, em sua estreia no comando, promoveu a entrada de Viola, e a equipe carioca partiu para uma ofensiva que beirou o inacreditável. Juninho Paulista, peça fundamental, sofreu dois pênaltis, ambos convertidos com maestria por Romário, que recolocaram o Vasco na partida. Aos 41 minutos, o próprio Juninho Paulista igualou o placar, e, em um lance de puro oportunismo, já aos 45+3, o "Baixinho" Romário selou a virada histórica, silenciando o Palestra Itália e garantindo o que o clube considera seu terceiro título sul-americano, um triunfo que transcendeu as quatro linhas.
Remontadas na Sul-Americana: 2011 e 2007
A história recente do Vasco na Sul-Americana também é pródiga em reviravoltas. Em 2011, o Cruzmaltino, que contava com um elenco de notável qualidade, enfrentou o desafio das altitudes em suas partidas de ida. Contra o Aurora (BOL), nas oitavas de final, a equipe sofreu uma derrota por 3 a 1 fora de casa. Na volta, em São Januário, com atuações brilhantes de Bernardo e Juninho Pernambucano, o Vasco impôs um espetacular 8 a 3, assegurando a classificação com folga.
Na fase seguinte, as quartas de final, o adversário foi o Universitario (PER). Novamente, uma derrota por 2 a 0 na partida de ida complicou a situação para o confronto de volta. Em São Januário, após um primeiro tempo que terminou em 1 a 1, Rabanal, do Universitario, marcou, colocando o placar em 2 a 1 para os peruanos e exigindo que o Vasco marcasse quatro gols para avançar, dada a regra do gol fora de casa. Com gols de Dedé (duas vezes), Elton e Alecsandro, o Gigante da Colina operou um épico 5 a 2, consolidando mais uma virada inesquecível. Confira a sequência de resultados na tabela abaixo:
Adversário | Fase | Jogo de Ida (Fora) | Jogo de Volta (Casa) | Resultado Agregado |
---|---|---|---|---|
Aurora (BOL) | Oitavas | Derrota por 1-3 | Vitória por 8-3 | Vasco avança (9-6) |
Universitario (PER) | Quartas | Derrota por 0-2 | Vitória por 5-2 | Vasco avança (5-4) |
Anteriormente, em 2007, o Vasco já havia demonstrado sua capacidade de superação na Sul-Americana. Após uma derrota por 2 a 0 para o Lanús, na Argentina, a equipe carioca precisava de um desempenho improvável em seus domínios. Contudo, com gols de Wagner Diniz e Leandro Amaral (duas vezes), o Cruzmaltino garantiu um convincente 3 a 0, avançando na competição sem a necessidade da disputa de pênaltis.
O Espírito de 1999: Múltiplas Reviravoltas no Rio-São Paulo
A semifinal do Torneio Rio-São Paulo de 1999 é um exemplo notável da resiliência vascaína, exigindo duas viradas para que o clube alcançasse o título. No jogo de ida, contra o São Paulo, no Maracanã, o Tricolor Paulista abriu uma vantagem de 3 a 0 já no intervalo. No entanto, na etapa final, o Cruzmaltino conseguiu descontar para 3 a 2, minimizando o prejuízo para o confronto de volta no Morumbis (à época, Morumbi).
Mesmo atuando fora de casa, o Vasco demonstrou sua força. Abriu o placar com um gol de falta de Ramon Menezes. Warley empatou para o São Paulo aos 11 minutos do segundo tempo, e o Gigante da Colina necessitava de mais dois gols para progredir. Aos 32 minutos, Vagner marcou um golaço, fazendo 2 a 1. No minuto seguinte, Guilherme selou a vitória por 3 a 1, garantindo a classificação do Vasco para a final.
Na decisão do torneio, o Vasco novamente se viu em desvantagem no Maracanã contra o Santos, mas conseguiu reverter o placar para 3 a 1. Na partida final, uma nova vitória por 2 a 1 assegurou o título para São Januário. Curiosamente, o Vasco já havia vencido o Peixe na fase de grupos por 3 a 2, em São Januário, após estar perdendo por 2 a 0 aos 16 minutos da etapa final. Esses episódios reforçam a identidade de um clube que, historicamente, se agiganta diante das adversidades.
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