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Vasco Vence Sport 3-2: Pontos Cruciais, Desempenho Questionável e Diniz
Por Redação FutVasco em 01/09/2025 03:12
A conquista dos três pontos é, sem dúvida, o objetivo primordial em qualquer confronto do Campeonato Brasileiro. No cenário atual do Vasco, a vitória por 3 a 2 sobre o Sport, em partida válida pela 22ª rodada, representou um alívio imediato, tirando a equipe da incômoda zona de rebaixamento e proporcionando um respiro antes da pausa para a Data Fifa. Contudo, a maneira como o triunfo foi alcançado na Ilha do Retiro levanta questionamentos pertinentes sobre a consistência e a capacidade de gestão do resultado, mesmo contra um adversário na lanterna da competição.
O time comandado por Fernando Diniz, embora tenha cumprido a missão de somar pontos cruciais, pareceu jogar apenas o estritamente necessário para superar o último colocado. Essa postura, que resultou em um desfecho mais dramático do que o esperado, exige uma análise mais aprofundada, especialmente com o decisivo clássico contra o Botafogo pela Copa do Brasil no horizonte.
O Preço da Pragmatismo: Vitórias "Sofridas" e a Visão do Treinador
A percepção no vestiário, expressa pelo artilheiro Vegetti, que marcou mais um gol e atingiu a impressionante marca de 24 na temporada, foi de um pragmatismo inegável. Para o atacante, "o importante era ganhar, mesmo que a equipe não tivesse jogado bem." Fernando Diniz, por sua vez, reforçou a relevância do resultado na coletiva pós-jogo, lembrando que em confrontos recentes, o Vasco demonstrou boas performances, mas não conseguiu converter em vitórias.
Curiosamente, este embate pode ser classificado como a primeira vitória "sofrida" sob a batuta de Diniz. As cinco conquistas anteriores foram marcadas por placares elásticos e um domínio evidente em campo. Embora a capacidade de resistir à pressão e garantir o resultado seja um atributo valioso, a forma como o Cruzmaltino permitiu que uma partida aparentemente controlada se transformasse em um teste de nervos é um ponto de atenção. Não havia, a rigor, a necessidade de tal desgaste emocional e tático contra um oponente em situação tão delicada.
A Transição de Domínio à Vulnerabilidade na Ilha do Retiro
O início do jogo na Ilha do Retiro foi auspicioso para o Vasco . A equipe impôs uma pressão alta, surpreendendo o Sport e dificultando a saída de bola adversária. Aos quatro minutos, Hugo Moura já testava o goleiro com um chute de fora da área. Pouco depois, aos sete, Nuno Moreira finalizou uma bela jogada trabalhada desde o arremesso lateral, com a ultrapassagem de Puma Rodríguez pela direita, abrindo o placar. Aos 12, Puma quase ampliou em chute cruzado que Rayan não conseguiu desviar. O Vasco parecia soberano, sentindo-se em casa.
No entanto, a narrativa do jogo começou a mudar a partir dos 15 minutos. O Sport, gradualmente, encontrou meios para se reorganizar, explorando espaços, principalmente pelo lado direito, com as investidas de Matheusinho. Foi por ali que Matheus Alexandre, em uma jogada crucial, invadiu a área e sofreu a penalidade máxima de Lucas Freitas. Apesar dos veementes protestos dos jogadores vascaínos e da discordância de PC de Oliveira, comentarista de arbitragem do SporTV, sobre a marcação do árbitro Raphael Claus, o lance não foi revisado pelo VAR, e Lucas Lima converteu, restabelecendo a igualdade.
Diniz e as Substituições: Uma Análise Tática
A gestão do elenco por Fernando Diniz durante o segundo tempo merece uma avaliação crítica. Com exceção da entrada forçada de Mateus Carvalho na vaga do machucado Jair ainda na etapa inicial, a primeira substituição estratégica do treinador ocorreu somente aos 33 minutos da segunda etapa. Um timing que se mostrou tardio, considerando que o Sport já havia marcado seu segundo gol e demonstrava claro crescimento no confronto, assumindo a superioridade no momento da intervenção.
O Vasco , que havia construído uma vantagem de dois gols com certa facilidade e ampliado com a cobrança de pênalti de Vegetti no início do segundo tempo, deu a impressão de que poderia liquidar a partida a qualquer instante. Contudo, a incapacidade de "fechar a tampa do caixão", como se costuma dizer no jargão futebolístico, fez com que a equipe cedesse espaços gradualmente, permitindo que o lanterna do campeonato reacendesse suas esperanças e colocasse a vitória vascaína em xeque.
Destaques Individuais e a Lição da Partida
Apesar da oscilação coletiva, alguns jogadores se destacaram individualmente. Nuno Moreira , com um gol e uma assistência, e Vegetti , que além de converter o pênalti sofrido por Lucas Freitas ? seu 24º gol na temporada ? demonstrou uma versatilidade interessante ao participar da origem dos dois primeiros gols, saindo da área para construir jogadas, foram os pilares ofensivos da equipe.
No intervalo, os números já indicavam uma pressão do Sport, mas com pouca efetividade. Ambas as equipes finalizaram sete vezes, mas o Vasco acertou quatro no alvo de Léo Jardim, contra apenas uma do Leão. Antes do término do primeiro tempo, uma movimentação inteligente de Vegetti fora da área abriu espaço para Nuno, que lançou Coutinho para marcar um gol que replicava a jogada do primeiro, evidenciando a inteligência tática da equipe na construção.
"Vasco vence com mais sorte que juízo", analisa João Almirante | A Voz da Torcida
A frase de João Almirante resume bem o sentimento. A vitória foi crucial para a tabela e para o moral, mas o desempenho levanta um alerta. É imperativo que a equipe e a comissão técnica utilizem a pausa da Data Fifa para refletir sobre a necessidade de manter a intensidade e a concentração ao longo dos 90 minutos, especialmente em jogos que parecem encaminhados, para evitar sustos desnecessários e consolidar a busca por objetivos maiores na temporada.
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