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Vasco Sul-Americana: Chaveamento, Altitude e Desafios Geográficos | Análise
Por Redação FutVasco em 02/06/2025 14:40
O sorteio da Copa Sul-Americana de 2025 revelou um panorama particularmente desafiador para o Vasco da Gama. A disposição dos confrontos colocou o clube carioca diante de uma sequência de potenciais adversários que mandam seus jogos em regiões de elevada altitude. Este arranjo geográfico impõe uma condição singular ao time, que pode se ver obrigado a atuar em estádios situados a mais de dois mil metros acima do nível do mar em praticamente todas as fases eliminatórias, até as semifinais do certame.
A Rota Vertical do Cruzmaltino: O Desafio Imediato
O primeiro obstáculo de natureza geográfica para a equipe vascaína surge já nos playoffs da Sul-Americana. O confronto inicial será contra o Independiente del Valle, do Equador. O clube equatoriano tem como sua praça esportiva principal o estádio Banco Guayaquil, localizado na cidade de Quito, a impressionantes 2.850 metros de altitude. Este embate inaugural, portanto, já exige uma preparação física e tática específica para mitigar os efeitos da rarefação do ar.
Caso o elenco cruzmaltino consiga superar essa primeira barreira, o desafio altitudinal se estende para as oitavas de final. O provável oponente nesta fase seria o Mushuc Runa, outra equipe equatoriana, que atua no Estádio Olímpico de Riobamba. Este palco esportivo se encontra a 2.754 metros de altitude, reforçando a tendência de uma jornada verticalizada para o Vasco .

O Trajeto Ascendente: Confrontos Potenciais nas Alturas
A complexidade do chaveamento se acentua nas quartas de final. Das três possibilidades de adversários que aguardam nesta etapa, duas representam novamente a imposição da altitude. O San Antonio Bulo Bulo, da Bolívia, joga a 2.574 metros, e o Once Caldas, da Colômbia, a 2.160 metros. Apenas o Huracán, da Argentina, oferece a perspectiva de um jogo em nível do mar, constituindo uma rara exceção neste lado da chave. Para ilustrar a dimensão do desafio, apresentamos a seguir os clubes e suas respectivas altitudes que podem cruzar o caminho do Vasco :
Clube | Altitude (m) | Fase Potencial |
---|---|---|
Independiente del Valle | 2850 | Playoffs |
Mushuc Runa | 2754 | Oitavas de final |
San Antonio Bulo Bulo | 2500 | Quartas de final |
Once Caldas | 2160 | Quartas de final |
Cienciano | 3350 | Semifinais |
Bolívar | 3637 | Semifinais |
Analisando o lado do chaveamento onde o Vasco está inserido, observa-se que seis dos onze clubes jogam em estádios que ultrapassam os dois mil metros de altitude. Este cenário contrasta marcadamente com o outro lado da chave, onde se encontram três representantes brasileiros ? Grêmio, Fluminense e Bahia ? nenhum dos quais possui seu estádio em altitudes elevadas, sugerindo um percurso potencialmente menos desgastante do ponto de vista geográfico para essas equipes.
Aspectos Estratégicos e o Calendário de Competição
Os playoffs da competição estão agendados para as semanas de 16 e 23 de julho, imediatamente após a interrupção para a Copa do Mundo de Clubes. A logística da primeira eliminatória prevê que o confronto de ida entre Vasco e Independiente del Valle ocorra em Quito, com a partida de volta sendo disputada em solo vascaíno. Um eventual avanço de fase garante ao Vasco o direito de realizar o jogo de ida das oitavas de final em seus domínios, um fator que pode ser decisivo para a estratégia da equipe.
Em suma, o trajeto do Vasco na Sul-Americana desenha-se como uma verdadeira prova de resiliência e capacidade de adaptação. A constante ameaça da altitude, somada à exigência do calendário pós-Copa do Mundo de Clubes, transforma cada etapa em um desafio multifacetado que demandará do clube carioca não apenas talento técnico, mas também uma robusta preparação física e uma sagaz leitura tática de seus confrontos.
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