1. FutVasco

Vasco na Semifinal: Léo Jardim Brilha em Vitória Épica nos Pênaltis

Por Redação FutVasco em 12/09/2025 00:01

A classificação do Vasco para as semifinais da Copa do Brasil não se desenhou conforme o manual tático de Fernando Diniz. Em um confronto de quartas de final contra o Botafogo, o Cruzmaltino viu a posse de bola ser dominada pelo adversário, sofreu um volume de finalizações quase três vezes superior ao que conseguiu impor e ainda precisou lidar com a perda de jogadores cruciais ao longo dos 90 minutos. Contudo, foi a resiliência que prevaleceu. A equipe suportou a pressão intensa do anfitrião, encontrou momentos para ameaçar e, com uma dose extra de nervos de aço, carimbou sua vaga na próxima fase através da disputa de pênaltis.

O sucesso nas cobranças decisivas foi absoluto, culminando com Robert Renan selando a série. Mas o protagonismo, mais uma vez, recaiu sobre a capacidade e a estrela de Léo Jardim. O goleiro vascaíno defendeu a primeira cobrança de Alex Telles, no seu canto direito, e, pela quinta vez desde sua chegada ao clube, foi o pilar para uma classificação eliminatória. Sua performance reafirma sua importância em momentos de alta tensão para o Vasco .

Confronto Tático: As Escolhas Iniciais e o Desenrolar do Jogo

As formações iniciais apresentaram abordagens distintas. Pelo lado do Botafogo, Davide Ancelotti optou por preservar Vitinho, visando um compromisso futuro pela seleção, e escalou Mateo Ponte na lateral direita. A surpresa ficou por conta da manutenção de uma base ofensiva similar àquela que goleou o Bragantino, com Newton e Marlon Freitas formando a dupla de volantes, Santiago Rodriguez e Jeffinho nas pontas, e Corrêa atuando como meia-central, deixando Savarino no banco.

Fernando Diniz, por sua vez, contou com os retornos de Paulo Henrique e Tchê Tchê, embora Cuesta ainda não estivesse apto para ser regularizado. A dupla de zaga foi composta por Hugo Moura e Lucas Freitas, enquanto Cauan Barros foi o volante mais recuado, buscando dar solidez ao meio-campo vascaíno.

Os 49 minutos iniciais no Nilton Santos foram um espelho da fervura esperada para um clássico que valia uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. Apesar de ter saído em desvantagem no placar, o Botafogo demonstrou superioridade na maior parte do primeiro tempo, conseguindo o empate antes do apito para o intervalo. O time da casa, inclusive, esteve perto de virar o jogo em uma sequência de contra-ataques velozes e cruzamentos perigosos nos minutos finais da etapa.

Primeiro Tempo: Pressão Alvinegra e a Resposta Cruzmaltina

O Glorioso tomou a iniciativa, movimentando a bola com maior velocidade nos instantes iniciais e subindo suas linhas de marcação. Chegou a levar perigo em duas investidas na área vascaína: Léo Jardim fez uma boa defesa em cabeçada de Barboza e quase foi driblado por Jeffinho, que perdeu o controle da bola na sequência. Contudo, a volúpia inicial dos donos da casa, aos poucos, transformou-se em certa afobação, permitindo que o Cruzmaltino crescesse no confronto.

Em um ritmo mais cadenciado, os visitantes se organizaram para trocar passes, principalmente pelo lado esquerdo do campo, e conseguiram adiantar brevemente seu bloco de marcação. Logo após perderem o lesionado Tchê Tchê, que deu lugar a Mateus Carvalho, o Vasco abriu o placar com Nuno Moreira. Coutinho sofreu uma falta de Barboza em um contra-ataque centralizado e ele mesmo cobrou com efeito, buscando o ângulo esquerdo. Um vacilo de Neto no rebote foi capitalizado pelo português, que não perdoou.

O Botafogo viveu cerca de 15 minutos de desordem. Chegou a correr o risco de sofrer o segundo gol em uma finalização de Rayan da entrada da área, mas o Vasco não conseguiu ser suficientemente criativo em um momento crucial da partida, falhando em ter mais posse de bola perto da área e em encaixar suas combinações ofensivas.

Virada de Roteiro e o Impacto das Alterações

O Vasco começou a sofrer com os contra-ataques do Glorioso. Jeffinho, um dos destaques da primeira etapa, levava vantagem sobre Paulo Henrique . Joaquin Correa e Santi Rodriguez elevaram o nível de acerto de suas ações. Arthur Cabral passou a ser mais acionado nas transições rápidas e nos cruzamentos para a área, o que culminou no empate. Joaquin Correa foi derrubado por Léo Jardim dentro da área após uma excelente trama envolvendo Jeffinho e Santi Rodriguez. Alex Telles converteu a penalidade, igualando o placar. Lucas Freitas evitou um gol de Joaquin Correa na sequência, e Mateo Ponte e Arthur Cabral também causaram sustos. Para piorar a situação vascaína, Lucas Piton sentiu e não retornou para o segundo tempo, obrigando Puma Rodríguez a atuar improvisado na lateral esquerda.

O Botafogo manteve a superioridade no início da segunda etapa, recuperando o controle da posse e circulando a bola com mais paciência. A equipe de Ancelotti apresentou uma estrutura mais clara, com Alex Telles operando mais próximo dos zagueiros, Jeffinho e Mateo Ponte oferecendo amplitude, e Santi Rodriguez se aproximando de Correa e Cabral pelo centro do campo. Ancelotti colocou Vitinho e Savarino em campo antes dos 15 minutos, substituindo Mateo Ponte e Joaquin Correa. O Vasco , então, voltou a crescer, conseguiu reter a bola no ataque e esteve muito perto de reassumir a liderança no placar. Philippe Coutinho criou uma boa jogada sobre Barboza e finalizou por cima. Pouco depois, recebeu um cruzamento rasteiro de Paulo Henrique e chutou para fora.

As questões físicas forçaram ambos os treinadores a novas substituições na metade da segunda etapa. Jeffinho e Santi Rodriguez cederam seus lugares a Matheus Martins e Artur. Philippe Coutinho , que vinha tendo uma excelente atuação, foi substituído por Matheus França. Savarino e Barboza assustaram Léo Jardim , inaugurando um novo período de pressão do Botafogo, com o Vasco visivelmente retraído e sem capacidade de reter a bola no ataque após a saída de Coutinho. A equipe cruzmaltina não tinha mais a mesma capacidade física para puxar contra-ataques e era constantemente acossada pelo Glorioso. Robert Renan e David foram as últimas apostas de Diniz, entrando nas vagas de Mateus Carvalho e Nuno Moreira , e Hugo Moura foi deslocado para a função de volante.

A Decisão nos Pênaltis: Léo Jardim, o Grande Herói

Artur sentiu uma lesão e precisou sair, com Chris Ramos sendo o último suplente do Botafogo a entrar em campo. O Cruzmaltino passou por mais um susto em uma finalização de Matheus Martins da entrada da área, mas conseguiu respirar nos últimos minutos, depois dos 40, e assustar os donos da casa. As mexidas surtiram efeito, e Vegetti e Rayan forçaram Neto a realizar defesas seguras, injetando um novo gás na equipe vascaína.

O empate persistiu, e a definição dos semifinalistas foi para a loteria dos pênaltis. Léo Jardim , o herói da noite, defendeu a cobrança de Alex Telles logo na abertura da série. Robert Renan bateu o derradeiro para o Vasco e converteu, selando a classificação. Vegetti , Rayan , Puma Rodriguez e Matheus França também converteram suas cobranças. Pelo Botafogo, Savarino, Matheus Martins e Marlon Freitas fizeram suas partes, mas a defesa de Léo Jardim foi determinante para a vitória do Vasco , que avança para as semifinais da Copa do Brasil após uma batalha intensa e cheia de reviravoltas.

Curtiu esse post?

Participe e suba no rank de membros

Comentários:
Recentes:
Diego

Diego

Nível: Semipro

Rank: 22456

Comentado em 12/09/2025 04:20 Que coração dos nossos hoje, mano! Sofremos, tomamos pressão, perdemos titulares, mas o Vasco não desliga nunca. Léo Jardim mostrando pq o mlk é gigante aqui, pegou o pênalti crucial e garantiu essa classificação que vale ouro. E a galera ali na frente velocizando e segurando a bronca, dé dá orgulho demais. Pode vir a semifinal, tamo chegando forte!
Rafael

Rafael

Nível: Semipro

Rank: 22552

Comentado em 12/09/2025 02:10 Léo Jardim pegou tudo mano, safado brabo! Botafogo surtou na hora dos pênalti rsrs.
Ranking Membros em destaque
Rank Nome pontos